Capítulo 14 Parte II

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Sigo ela sem entender nada do que está a acontecer.

 xX: Maitê... 

O segurança diz com um enorme sorriso. 

Maitê: Lucca... 

Assim que ele me vê o seu sorriso desaparece. 

Lucca: Sr. Levy... 

A sua voz é de assustado. 

Eu: Boa noite! 

Eu sigo com a Maitê para dentro da minha empresa. Eu pergunto-lhe porque é que o meu segurança a conhece e ela responde-me que é por ser filha do Perroni. Encaro ela bravo pelo seu deboche. Entramos no elevador e ela aperta o último andar, onde fica a minha sala. 

Eu: O que vamos fazer na minha sala? Aliás... o que você faz nas madrugadas dentro da minha sala? 

Maitê: Não fico na sua sala.

 As portas abrem-se e ela puxa-me para a saída de emergência. Começamos a subir as escadas e em seguida ela para em frente a uma porta e tira uma chave do bolso. Como ela tem a chave da porta da minha empresa? Antes que eu consiga questiona-la, abre a porta e passamos por ela. O vento bate com tudo em meu corpo.

Maitê: Vem... 

Estou ficando irritado de ser arrastado por ela. O telhado da empresa é todo aberto e não tem nada aqui. Paramos perto de uma pequena mureta. Maitê abre a mochila e tira duas cobertas e estende uma no chão. 

Maitê: Deita... 

Eu: No chão!?!? 

Maitê: Sim... 

Respiro fundo e sento-me.

Maitê: Deita... 

Eu deito irritado. Maitê joga a mochila num canto e vem-se deitar ao meu lado e em seguida joga a coberta sobre nós os dois. Estamos em silêncio, apenas observando o céu. 

Eu: É aqui que você fica até amanhecer? 

Maitê: Sim... ver o sol nascendo daqui é mágico. Daqui a pouco vai ver. 

O silêncio surge novamente e eu decido puxar o assunto "nós" novamente. 

Eu: Maitê... 

Maitê: Espera... 

Diz virando-se para mim. 

Maitê: Antes que você comece a falar sobre tudo o que aconteceu, quero que me entenda e para isso precisa saber de algo sobre a minha vida. 

Não gosto da tristeza nos seus olhos.

Maitê: O meu pai te contou porque é separado da minha mãe? 

Eu: Não... 

Maitê fecha os olhos. 

Maitê: Quando eu tinha 14 anos eles separaram-se. 

Abre os olhos e eu vejo que estão marejados. 

Maitê: O meu pai traiu a minha mãe. Mesmo dizendo que a amava muito ele a traiu. Passei esses anos todos secando as lágrimas dela, ouvindo os seus choros pelos cantos. Porque apesar do que ele fez, ela o ama ainda. 

Acho que agora consigo entender o lado dela, quando não aceitou o fato de possivelmente eu estar com outra enquanto estávamos juntos. 

Maitê: Quando eu decidi viver a minha vida e não ser mais a Maitê filha perfeita, o meu pai perguntou-me se eu não queria tentar alguma coisa aqui no México. 

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