Capítulo 8

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A claridade faz arder os meus olhos. Abro eles com calma e olho à volta do quarto e não vejo a Maitê. Ela deve ter voltado para a casa dela. Sento-me na cama e não consigo tirar o sorriso idiota do rosto ao lembrar do que fizemos. Levanto-me e vou até à casa de banho. Paro em frente ao espelho e começo a rir vendo o recado dela. 

"O senhor está muito velho. 

Dormir depois do sexo é coisa de idoso. 

Beijos... Maitê." 

Paro de rir ao imaginar esse recado chegando até ao Perroni. Pego a toalha e limpo ele. Essa mulher vai me dar um infarto ainda.

Tomo o meu banho e visto-me. Desço as escadas e vejo Perroni. 

Eu: Vamos? 

Perroni: Podemos esperar só mais 5 minutos?

Eu: Claro... 

Então as portas se abrem e então a Maitê aparece. 

Maitê: Oi !!! 

Ela vai até ao pai com um sorriso e beija o seu rosto.  

Perroni: Tudo bem?

 Maitê: Sim... 

Ela saiu do meu quarto e foi para a rua!?!?!? Não acredito nisso. Que porra de lugar ela vai toda a noite. 

Perroni: Vai descansar. 

Perroni fala com um sorriso estranho e a Maitê olha para mim.

 Maitê: Bom dia, Sr. Levy! 

Eu: Bom dia! 

Respondo irritado. 

Maitê segue para a casa dela e o pai dela olha para mim ainda sorrindo. 

Perroni: Sabe a entrevista de ontem que ela teve? 

Ai merda!!!! A entrevista que eu estraguei. 

Eu: Sei... 

Perroni: Ela conseguiu o emprego. Começa semana que vem. 

Eu: O que!?!?!?

Perroni: Maitê conseguiu o emprego. 

Como assim ela conseguiu o emprego? Ontem ela estava toda irritada porque eu acabei com a oportunidade dela. Fez-me... Oh!!!!! Filha de uma... Começo a contar até mil mentalmente para a minha raiva diminuir, mas não resolve. Ela usou-me. Fez-se de coitada que perdeu o emprego por minha culpa e eu idiota fodi ela para arrumar a merda que fiz.

Perroni está a olhar para mim.

Perroni: Está tudo bem?

Eu: Claro. Fico muito feliz que ela tenha conseguido o emprego. 

Tento sorrir e o fato de estar a forçar o sorriso faz o meu rosto doer.

Perroni: Agora podemos ir, senhor.

Vou com ele até à porta, mas estou muito puto e não posso ir sem antes descontar essa minha raiva nela. 

Eu: Perroni, esqueci alguns documentos no meu escritório. Vai descendo que já vou. 

Perroni: Não quer que eu espere aqui? 

Eu: Não... 

Minha resposta sai nervosa.

Eu: Deixe o carro ligado que eu já vou. 

Perroni: Tudo bem! 

Assim que Perroni entra no elevador, vou acelerado para a casa dele. Sigo para o quarto dela, mas Maitê não está. Escuto barulho de chuveiro e vou para a porta da casa de banho. Seguro a maçaneta e giro. Ela não trancou a porta. Abro a porta e entro na casa de banho. Maitê está de olhos fechados em baixo da água. 

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