Capítulo 1

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Finalmente chegou o final de semana e posso parar de pensar em trabalho. Guardo as minhas coisas para ir embora quando oiço baterem à porta.

Eu: Entra!

Quando olho para a porta vejo que é o meu segurança Perroni que aparece sempre com a sua cara antipática. Eu pergunto se podemos sair em cinco minutos e ele responde que sim. Ele mantém a sua cara de quem comeu e não gostou e eu começo a rir. Eu digo que ele devia sorrir mais vezes e ele pergunta se eu vou aumentar o seu salário para que ele comece a sorrir. Aumento o meu sorriso e eu noto que ele começa a sorrir também mesmo que seja um sorriso fraco.

Eu: Imagino que seu sorriso custar-me-ia um grande aumento.

Perroni: Muito grande, senhor.

Fecho minha mala e vou até ele. Eu pergunto se há alguém que o faça sorrir bastante e vejo os seus olhos brilharem quando eu falo. Ele responde que só a filha dele que o faz sorrir assim. Saímos da minha sala e caminhamos até ao elevador e enquanto isso vou me despedindo dos funcionários.

Eu: Como esta a jovem Maitê?

Perroni: Bem, senhor!

Eu: Faz tempo que não o oiço falando da sua filha.

Perroni: É que já há algum tempo que não a vejo senhor.

Entramos no elevador e vejo uma bela loira.

- Sr. Levy!

A loira diz o meu apelido de forma sexy e dando-me aquele olhar de quem " quero dar para você, aqui e agora".

Perroni: É funcionária. [Sussurro ao ouvido dele]

Quando o meu segurança sussurra ao meu ouvido a dizer que era uma funcionária, isso faz com que a minha quase ereção voltasse para o seu estado normal. Nada de comer as funcionárias Levy. Sorrio como forma de pedir desculpa e viro-me, ignorando seus enormes seios de silicone. Não curto muito esses seios artificiais, mas peito é peito, não se deve ignorar. As portas do elevador se abrem.

Funcionária: Boa noite, Sr. Levy!

A loira fala e entrega-me um papel que é imediatamente retirado das minhas mãos por Perroni. Eu digo que queria ler e ele diz que não. Vejo o meu segurança rasgar o papel na minha frente sem saber o que estava lá escrito. Eu tento fazer ele entender que podia ser algo importante e o Perroni responde-me que do jeito que a loira me olhava, ela só queria ver a minha importância, se é que o fazia entender e eu rio-me do humor estranho dele.

Eu: Você consegue ser um empata foda.

Perroni: É para isso que me paga, senhor.

Vejo ele abrir a porta sorrindo e quando repara que eu estou a olhar, ele acaba por falar.

Eu: Não se preocupe em aumentar o meu ordenado por causa deste sorriso porque este é grátis.

Amo esse homem. Ele já faz parte da minha vida desde há oito anos para cá e é o único que o quero ter por perto. Ele é como um pai que nunca tive. Sento-me no banco de trás do carro enquanto ele vai para o lugar do condutor. Ele antes de colocar o carro a trabalhar pergunta-me se é para irmos para o Escala e eu respondo que sim. Enquanto nos dirigíamos para o Escala, eu tiro o telemóvel do meu bolso do casaco e olho as minhas mensagens que tinha recebido durante o dia. Hum!!!! Helen mandou foto dos seios dela. Viro a cabeça para ver melhor o angulo da foto. Passo para a próxima mensagem e logo aparece o traseiro da Luna no ecrã. Elas estão bem safadas hoje. Sou tirado dos meus pensamentos quando o meu segurança fala. Ele aconselha-me a não ver a outra foto e eu levanto a cabeça curioso e noto Perroni a olhar para mim pelo retrovisor. Eu pergunto se ele leu as minhas mensagens e ele diz que precisa de saber de tudo o que recebo e que todas as mensagens que eu recebo passam pelo telemóvel dele.

Eu: Então você viu os grandes peitos da Helen.

Mal acabo de falar isto vejo o seu rosto ficar vermelho, respondendo assim à minha pergunta.

Eu: Safado.

Ele tenta não rir, mas é impossível. Eu pergunto o que vem depois do traseiro da Luna e quando ele me diz que é a mata atlântica da Gy eu faço uma careta.

Eu: Está com muito pêlo?

Perroni: Sim senhor.

Eu: É melhor apagar sem ver.

Enquanto apago as minhas mensagens, o meu segurança pergunta-me se eu vou sair hoje e eu respondo que não. Hoje vou ficar sozinho porque amanhã estarei acompanhado por duas beldades. Quando eu falo isto ele revira os olhos porque ele não gosta muito do meu estilo de vida mas respeita-me. Ele é o único que conhece meus gostos excitantes. Ao chegarmos à garagem no Escala ele estaciona o carro e quebra o silêncio.

Perroni: Gostaria de poder fazer um pedido senhor.

Eu: Pode pedir Perroni.

Olho para ele e vejo que ele está sem jeito para falar. Diz que quer pedir o dia de folga de amanhã e eu sorrio e pergunto se ele vai sair com alguém e ele diz que não. Nós saímos do carro e dirigimo-nos para o elevador. Ele diz que gostaria de ver uma casa para ele e eu entro no elevador assustado. Eu pergunto se ele está a pensar abandonar-me e ele olha-me assustado e responde que não. Mas acabo por insistir no interrogatório.

Eu: Não está a gostar de morar comigo? Eu pensei que o espaço estivesse do seu agrado.

Perroni: E está senhor, mas...

Quando chegamos ao andar do meu apartamento as portas do elevador abrem-se e nós saímos. Ele acaba por dizer que a filha dele terminou os estudos e que queria vir morar aqui no México.

Eu: A Maitê acabou os estudos na escola?

Ele começa a rir e eu fico sem entender.

Perroni: Não, senhor. Ela acabou a faculdade

Eu: Já???

Como o tempo passa. Quem diria que aquela jovem que o Perroni me apresentou quando veio para cá trabalhar comigo já é uma mulher.

Perroni: Sim...

Eu: Estamos velhos.

Perroni: Muito velhos, senhor.

Coloco minha pasta na mesa e pergunto se ele gostaria procurar uma casa para ficar ao lado dela aqui no México e ele responde que sim porque quer ficar de olho nela e nos rapazes à volta dela. Eu começo-me a rir e pergunto se ele tem medo que ela encontre alguém como eu e ele responde que seria o seu maior pesadelo. Olho pra ele fingindo que estou zangado, mas não consigo manter essa postura por muito tempo.

Eu: É melhor mantê-la debaixo dos seus olhos porque assim evita o aparecimento de homens como eu.

Perroni: É o que pretendo.

Pego um copo e sirvo-me de whisky e acabo por dizer que não me importo que ela vá morar com ele no espaço que eu criei para ele quando ele veio trabalhar comigo. Eu digo que ele tem uma sala, cozinha e dois quartos e que por isso tem espaço suficiente para ele poder receber a filha dele. Ele diz que não quer incomodar ao trazer a Maitê para minha casa e eu respondo que não tem problema porque como nunca paro em casa e o espaço deles é reservado, a Maitê teria a sua liberdade e eu a minha. O meu segurança ainda inseguro acaba por perguntar.

Perroni: Tem certeza, senhor?

Eu: Sim, tenho. Traga sua filha para morar aqui.

Perroni agradece e em seguida eu digo que ele pode tirar o resto da noite para descansar porque eu vou curtir a minha noite sozinho. Nós despedimo-nos e dirigimo-nos para os nossos quartos.

Continua...

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