Capítulo 19 Parte VII

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Entramos no bar do hotel e sentamo-nos a um canto. O som sensual de um homem tocando piano, faz o ambiente ser bem acolhedor. Um jovem empregado vem atender-nos. Peço whisky e Maitê acompanha-me. 

Eu: Não acha que é uma bebida muito forte para você? 

Maitê: Se eu ficar bêbada, pode comer o meu traseiro de novo. Afinal, traseiro de bêbado não tem dono. 

Tento não rir, mas é impossível. 

Maitê: Gosto de te ver assim...

Diz com a voz baixa olhando para mim. 

Maitê: Não deixe o Paulo estragar tudo. 

Ela arrasta-se no pequeno sofá onde estamos e o seu corpo logo está colado ao meu. As suas mãos no meu peito e os seus olhos jovens encarando-me. Aquele olhar "pidão" que ela tem. 

Maitê: Estávamos tão bem.

Roça o seu nariz no meu e depois no meu queixo. Ela não faz ideia que o meu problema não é o  Paulo. É ela... O que eu sinto por ela. O sonho dela. A vida que ela quer e como eu vou viver sem ela. 

xX: As suas bebidas... 

O empregado diz, colocando na nossa mesa os dois copos e afasta-se. 

Maitê vira-se, e ficamos a olhar o senhor que toca o piano. Pego o meu copo e dou um gole. Vejo Maitê pegar o copo dela e assim que dá um gole, cospe, fazendo-me rir.

Maitê: Isso é horrível...

Ela faz uma careta engraçada e eu estou rindo alto, chamando a atenção das pessoas à volta.

Maitê: Como pode tomar algo tão ruim assim?

Eu: Não é ruim. 

Dou mais um gole da minha bebida.

Eu: Vai se acostumar com o gosto dela. 

Maitê: Não vou não...

Aproximo a minha boca do seu ouvido. 

Eu: Você engole coisa pior. 

Sussurro e ela morde a boca, segurando o sorriso. 

Maitê: Eu não acho ruim. 

A sua confissão apanha-me de surpresa. A maioria das mulheres sentem nojo quando engolem o gozo do homem.

Eu: Você gosta? 

Maitê vira-se para mim. 

Maitê: Não disse que o gosto é dos melhores. 

Faz uma pequena careta. 

Maitê: Mas saber que ali é o seu prazer. O prazer que eu estou te dando, torna o gosto mais apreciado. 

Eu: Você é uma safada. 

Maitê morde o meu queixo.

Maitê: Você gosta de me chupar.

Eu: Gosto... 

Maitê: Gosta quando gozo na sua boca.

Eu: Gosto... 

Maitê: O prazer que sente nisso, é o mesmo que eu sinto. 

Observo o seu rosto depravado falando isso. Sabe quando parece que está vendo a sua versão feminina? Sim...Maitê é uma versão mais jovem minha, só que mulher. 

Maitê: Por que está olhando para mim assim? 

Pergunta sorrindo. 

Eu: Temos muita coisa em comum. 

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