Capítulo 17 Parte II

247 19 4
                                    

Coloco a minha camiseta e pego no meu telemóvel. São 5hs da manhã e quero saber o que essecara está a fazer aqui a essa hora. Mesmo que Perroni o tenha enviado, a formacomo entrou e a hora, não foram nada agradáveis. Olho o meu telemóvel e tem muitasmensagens do Perroni e ligações. Olho todas as mensagens desesperadas dele e vejoa que fala do tal amigo. 

De: Perroni Para: Levy 

Não sei quanto tempo ficarei àdisposição de Lúcia, então estou enviando um amigo que trabalhou comigo para mesubstituir. O nome dele é Paulo. Chegará cedo para alojar as suas coisas em minha casa, onde se hospedará até ao meu retorno. É um homem de confiança. Aguardo a sua confirmação para a substituição. 

O caralho que ele vai ficar na mesma casaque a Maitê. Quarto próximos e tudo fácil para ele ficar com ela. Passo a mão no meu cabelo. Vou para a última mensagem. 

De: Perroni Para: Levy 

Vou entenderesse silêncio como aceitação. Paulo chega às 5hs da manhã. Ele possui as chavese estará já pronto para acompanha-lo na empresa. 

PS: Se estiver com algumamulher, espero que não seja outra funcionária ou uma louca. Juízo. 

Coloco o meu telemóvel na cama e respiro fundo. Não posso expulsar esse babaca, sem um motivo.Conheço o Perroni e sei que ele me faria mil perguntas sobre o porquê de não aceitar o Paulo. É melhor irconversar com esse cara e fazer ele desistir de ficar. 

Eu entro no escritório de forma violenta. Vejo o Paulo em pé no canto da sala. Bato a porta para fechar e entro. Vou até à minhamesa e sento-me. 

Eu: Acabei de ver os recados do Perroni. 

Falo mais calmo, outentando ser mais calmo. 

Eu: Não preciso que o substitua. Posso ficar semsegurança até ele voltar.

Paulo: Sr. Levy, fui enviado por ele como pedido deajuda. Se não me quer aqui, diga isso a ele.

Inferno!!!!

Paulo: Perroni disse-me que era um homem de posses e que precisava manter os meus olhos no senhor,constantemente. 

Passo a minha mão no rosto.

Eu: Nunca sofri atentado ou qualquercoisa grave. 

Paulo: Nunca sofreu, porque estava com Perroni, senhor. 

Ele diz sério e eu observo-o.

Eu: É por mim mesmo que está aqui? 

Ele estreita as sobrancelhas como se nãotivesse entendido a pergunta. 

Eu: Vi a forma como ficou com a filha do Perroni.Cheio de intimidade. 

Ele tenta segurar o sorriso. 

Paulo: Não parece que sou eu queestou com intimidade com ela, senhor. 

E lá está a minha raiva crescendo de novo.

Eu: O que eu tenho ou deixo de ter com ela, não lhe diz respeito.

Paulo: Claro que não.Diz respeito a vocês e à família dela. 

Esse babaca esta me a tirar do sério. 

Paulo: Imagino que o pai dela não saiba o que está acontecendo. 

Levanto-me e vou até ele. 

Eu: Aposto que lhe vai contar na primeira oportunidade. 

Paro à sua frente.

SubmissaOnde histórias criam vida. Descubra agora