Capítulo 12

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São 3hs da manhã e nada dela aparecer. Dou um gole no meu conhaque e mantenho os meus olhos na porta. A preocupação de ter acontecido algo mistura-se à raiva pela falta de consideração pelos pais. Eles estão loucos ligando para ela. Escuto um barulho na porta. A porta abre-se e ela entra e o meu corpo todo enrijece. Solto o copo na mesinha. Maitê fecha a porta com dificuldade. Ela não usa a mesma roupa de ontem e isso deixa-me me ainda mais irritado. Maitê vira-se e assim que me olha, começa a rir. Merda!!!! Ela está bêbada. Completamente bêbada. Levanto-me do sofá e olho para ela que não para de rir.

Eu: Onde esteve? 

Maitê: Silêncio!!!!! 

Diz andando meio estranho com o dedo na boca. 

Maitê: Não podemos acordar a sua namorada. 

Para de andar e levanta uma sobrancelha. 

Maitê: Como era o nome dela mesmo!?!?! 

Fecha um olho. 

Maitê: Lacraia!?!? 

Mordo a boca para não rir.

Maitê: Lembra muito a palavra raiva. 

Eu: Laila... 

Maitê: Isso... 

Sorri para mim.

Maitê: Não podemos acordar a Laila. 

Eu: Ela não está aqui. 

Revira os olhos e vira-se para ir embora. 

Maitê: Já deve ser outra. 

Sussurra e eu ando até ela. 

Eu: Onde esteve, Maitê!?!? 

Seguro o seu braço e ela para de andar. 

Maitê: Sr. Levy, devo informar que apesar de sua vasta idade, você não é o meu pai. 

Diz sem me olhar e puxa o braço do meu aperto. 

Maitê: Durma bem. 

Eu: Eles ligaram o dia todo atrás de você e se eu fosse o seu pai, dar-te-ia uma surra por causa dessa sua bebedeira. 

Maitê vira-se irritada. 

Maitê: Você mexeu no meu telemóvel?

A sua voz está estranha e parece brava.

Eu: Sim. Você desapareceu por mais do que um dia. Precisava de alguma forma saber onde estava. 

Maitê: Você não precisa saber de nada da minha vida.

 Ergue o dedo para mim e o meu sangue ferve. 

Maitê: Não sou nada sua, minha vida não lhe diz respeito. 

Seguro o seu dedo e puxo ela para mim. Envolvo o meu braço na sua cintura para ela não perder o equilíbrio. O seu peito bate no meu e ela olha para mim assustada. 

Eu: Nunca mais fale comigo assim ou lhe darei umas belas palmadas. 

Maitê aproxima a sua boca da minha. 

Maitê: Quando eu queria levar essas palmadas, você não me quis dar. 

Enfia as mãos no meu peito e tenta empurrar-me. 

Maitê: Agora quem não quer mais sou eu. 

Ela debate-se nos meus braços para sair e eu mantenho-me firme.

Eu: Vamos curar essa sua bebedeira. 

Abaixo-me um pouco e agarro o seu traseiro. Ergo ela e coloco-a sobre o meu ombro. 

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