Capítulo 21 Parte IV

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Beijo a sua cabeça e abraço o seu corpo, ela começa um choro baixo, molhando o meu peito. 

Eu: O que foi? 

Solto o seu corpo e seguro a sua cabeça, erguendo-a para olhar para mim. 

Eu: O que foi, Maitê? 

Os seus olhos desviam dos meus e isso deixa-me preocupado. Ela nunca desvia os olhos assim. 

Eu: Olha para mim. 

Finalmente ela encara-me e eu não consigo decifrar os sentimentos neles. Ela funga e tenta parar de chorar. Viro Maitê para deitar na cama e fico do seu lado, virado para ela. Não sei o que fazer. Quando acho que ela vai parar de chorar, as suas mãos erguem-se cobrindo o seu rosto e ela começa a chorar ainda mais. Puxo ela para mim. O seu rosto enfia-se no meu peito e apenas a prendo nos meus braços, tentando afastar qualquer coisa que lhe esteja causando dor. Quero saber o motivo do seu choro. Quero tentar acabar com o seu sofrimento, mas não sei como. Não faço ideia do que se passa na cabeça dela. Afago o seu cabelo esperando ela acalmar-se. O choro vai cessando e o quarto fica em total silêncio. Maitê ergue a cabeça e olha para mim. Olhos vermelhos do choro, assim como o seu nariz. Acaricio o seu rosto, afastando o cabelo molhado pelas suas lágrimas, grudados na sua bochecha. Ficamos olhando um para o outro por um bom tempo. 

Eu: Você mesmo chorando consegue ficar linda. 

Ela sorri de forma carinhosa e da mesma forma que eu acaricio o seu rosto, ela ergue a mão e acaricia o meu. 

Eu: É sua mãe? 

Maitê apenas suspira, ainda me olhando. 

Eu: Fala comigo. 

Praticamente imploro.

Maitê: Eu não sei o que dizer. 

Confessa baixinho. 

Eu: Diga-me o que está sentindo. 

Maitê: Medo... 

Eu: De que? 

Novamente os seus olhos se enchem de lágrimas. 

Maitê: De tudo que tem dentro de mim. 

O seu dedo passa pela minha boca.

Maitê: Medo do amanhã... 

Vem se aninhando mais em mim. Os seus lábios roçam os meus de leve. 

Eu: Não precisa ter medo. 

Ela sela os nossos lábios de leve e o que era para ser apenas um beijo suave, este torna-se intenso. Esfrega-se em mim cheia de desejo e isso logo acende em mim a vontade de me enfiar nela. É assim que curamos os nossos medos. É assim que afastamos o mundo da nossa bolha. Fazendo o que fomos feitos para fazer juntos. Foda... Sexo... Amor... Seja qual for o nome. As minhas mãos percorrem o corpo dela, contornando cada curva perfeita do seu corpo. Aperto os seus seios e ela geme na minha boca. As suas mãos descem para a minha ereção e o seu aperto firme faz-me gemer. Maitê começa a masturbar-me com vontade.

Eu: Maitê... com calma. 

O meu apelo surte um efeito contrário e ela vai com mais intensidade ainda movendo a mão.

Eu: Merda!!! 

Puxo o quadril, fazendo o meu membro sair da sua mão e ela sorri travessa. 

Eu: Demónia... 

Sussurro e ela afasta-se rindo. 

Maitê: Velho... 

Morde o lábio e vai se arrastando para a ponta da cama. Ela quer provocar-me. Quer esquecer o medo e eu sou a sua distração. Ergo uma sobrancelha e preparo-me para agarra-la, caso queira correr de mim. 

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