Capítulo 18

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O meu despertador apita sem parar e aos poucos eu solto-me da Maitê. Sento-me na cama e desligo o despertador. Maitê dorme como uma pedra. Espreguiço-me e o meu corpo todo estrala. Preciso voltar a exercitar-me. Levanto-me da cama e ando até à casa de banho para um banho. Enquanto tomo banho, a minha mente repassa a nossa conversa de ontem. Ainda é difícil aceitar que ela vai embora. Mesmo que ainda não tenha passado na segunda fase, a possibilidade dela ir deixa-me inquieto.Termino o meu banho e enrolo-me na toalha. Seco-me rápido e sem paciência escolho a minha roupa.Levo para o quarto e enquanto me troco, observo ela a dormir.Serena e linda.Amarro os meus sapatos e arrumo a minha gravata.Ando até à beira da cama onde ela está deitada.Sento-me e olho detalhadamente o seu rosto.

Eu: Maitê... 

Toco de leve a sua pele quente.

Maitê: Hum... 

Ela resmunga fazendo-me sorrir.

Eu: Estou indo trabalhar. 

Não diz nada e continua de olhos fechados. 

Eu: Se quiser, pode ir para o seu quarto. 

Maitê: Não...

 Faz um bico e abraça mais o travesseiro. 

Maitê: Vou ficar aqui. 

Beijo o seu bico. 

Eu: Não esquece de ir ver os seus documentos.

Maitê: Hum...

 Beijo a sua testa. 

Eu: Tchau...

Levanto-me da cama e quando vou me a virar ela segura a minha mão.Olho para baixo e ela está com um olho aberto. 

Maitê: Você está gostoso e cheiroso. 

Eu: Obrigado. 

Abre o outro olho.

Maitê: Fique longe das vagabundas da empresa. 

Começo a rir e ela fecha os olhos. 

Maitê: Agora vai que eu estou com muito sono.

Eu: Sim, senhora! 

Passei a manhã toda tentando arrumar a minha agendapara viajar com ela. Raquel está quase enfartando, mas eu a ignoro. 

Raquel: Você sabeque temos um projeto importante para apresentar amanhã. 

Eu: Raquel, você é aresponsável pelo projeto e o meu braço direito. Confio em você para apresentar.

Raquel: William, o presidente da empresa tem que estar na apresentação... 

Ela fala semparar e o meu telemóvel para falar com a Maitê, toca. 

Eu: Um minuto... 

Interrompo Raquel e atendo o telefone. 

Eu: O que houve? 

Maitê: Não vou poder viajar. 

A sua voz é de choro. 

Eu: Por que?

Maitê: Eles não liberam os documentos até à data daviagem. 

Raquel olha para mim irritada.

Maitê: Não vou conseguir ir tentar a bolsa. 

O meu coração aperta ao ouvir agora o seu choro. 

Eu: Você ainda está aí com eles? 

Maitê: Sim... 

Eu: Fique aí. 

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