Capítulo 23 Parte II

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Narração Maitê (vinte e dois dias antes)

As sensações das cordas roçando o meu corpo, misturado ao prazer de sentir ele dentro de mim é enlouquecedor. William investe mais e mais e as suas mãos percorrem o meu corpo. Eu o amo... Simples assim e eu não posso ficar longe dele. Paris não é maior que o amor que sinto pelo William. Mesmo que ele não diga o que sente por mim, cada ação sua diz-me que ele também está apaixonado. A sua mão toca o meu rosto e ele inclina-se e beija-me. A minha mãe estava certa. Nada supera um amor. Eu não vou para Paris. Quero ficar aqui com ele. As mãos dele descem para o meu pescoço e seguram-me ali. Ele fecha os olhos e desesperado começa a se mover como louco. As suas mãos apertam-me um pouco e a sensação de prazer só aumenta. O meu corpo começa a sentir as sensações do orgasmo e a sua mão me apertando é incrivelmente intenso. O seu aperto aumenta e começou a me sufocar. Tento chamar por ele, mas a minha voz esta presa nas suas mãos que apertam a minha garganta. William não abre os olhos e tudo começa a ficar desfocado. Tento soltar as minhas mãos, mas não consigo. Quero dizer a palavra de segurança ou mostrar que estou sem ar, mas não consigo. Tudo vai ficando escuro. William... A minha consciência grita. Os meus olhos vão se fechando, mas ainda posso ver ele abrir os olhos e me encarar assustado.

 William: Maitê... 

Tudo some... Tudo se silencia. Abro os meus olhos com calma. Olho em volta e não vejo William. Arrasto-me na cama onde estou e paraliso, vendo o meu pai na ponta da cama olhando para mim com os olhos sombrios. Olho o meu braço e vejo o acesso que leva uma medicação. Estou num hospital. Volto os olhos para o meu pai. 

Eu: William... 

Sussurro tentando falar, mas uma dor na minha garganta impede-me de continuar. O meu pai roda a cama e para do meu lado.

Perroni: Como pode cair nos encantos dele assim? 

Eu: Pai... 

Perroni: Não continua. 

Ele está bravo. Diria puto. Entendo que ele esteja irritado pelo fato de me envolver com o seu chefe. Provavelmente puto por me ver num hospital, o que me faz pensar se ele descobriu que estávamos no quarto de jogos. Olho os meus braços marcados pelas cordas e isso provavelmente deve dizer alguma coisa a ele. Mas eu amo o William e acho que ele também sente algo por mim. 

Perroni: Como pode se envolver com ele? Com um homem que trata as mulheres como um objeto. Algo que ele pode descartar facilmente. 

Passo a mão no meu cabelo. Ele não vai fazer isso comigo. Sei que temos algo forte. 

Perroni: Quando a sua mãe me contou sobre o envolvimento de vocês, pediu-me para não interferir. 

Dá uma risada nervosa. 

Perroni: Ela nem faz ideia do tipo de homem que ele é e o que faz naquela merda de quarto com as mulheres. 

Os seus olhos percorrem o meu corpo e eu tento esconder as minhas marcas com o lençol.

Perroni: Quando eu vi você nos braços dele daquele jeito... 

Soca a cama e afasta-se a passos pesados. 

Perroni: Como você pode aceitar isso? Como pode aceitar ser mais uma, Maitê?

Abro a minha boca para me defender, mas ele lança-me um olhar que me congela. Fecha os olhos tentando se acalmar. 

Perroni: Passei estes 8 anos me livrando das mulheres que infelizmente se envolveram com ele.

Vem andando de volta para perto de mim e para ao meu lado me olhando. 

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