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Cecile retornou da sua empresa naquela noite exausta, tivera uma discussão com os fornecedores e Erik deve que intervir, já que a jovem estava irritada e ofendida por ser ignorada pelos homens.

- Onde já se viu ... aqueles filhos da puta me ignorando, eles acharam que eu não sabia nada sobre os negócios? Você deveria ter me ajudado a dar uma coça neles! A jovem entrou aos gritos na residência assustando os empregados.

- Cecile ... por favor não se irrite ... você queria que eu batesse neles? E o que as pessoas iriam achar? Que o marido da senhorita Belford é um desiquilibrado? Gostaria das fofocas? O homem retirou o casaco e olhou para a jovem.

- Sim! Não me importo com as fofocas ... eu gostaria que você me defendesse!

Erik revirou os olhos, o que ele estava fazendo naquele momento? Era tentar proteger a jovem e defender a sua inteligência.

- E O QUE EU FIZ? Cecile, você me viu sempre pedi sua opinião, a última palavra sempre foi a sua ... céus ... o que está acontecendo com você?

Os empregados estavam todos reunidos na cozinha escutando os gritos, aquilo era novidade para eles, já que o casal sempre foi muito harmonioso.

- Eu vou lá tentar ajudar eles. Susan foi agarrada pelo braço pela cozinheira.

- Não mesmo, deixem que eles se resolvam ... A patroa está furiosa e se você for lá, irá sobrar até para você.

Erik subiu as escadas e percebeu Cecile lançar longe o vestido, o homem pegou a peça de roupa do corredor e esperou a jovem se vestir.

- Eu realmente estou irritada! Erik ... por que está parado aí no corredor? Venha para cá! Cecile estava de robe e observou o homem no meio do corredor com o vestido na mão.

O homem se aproximou de forma cautelosa, Cecile estava lançando fogo pelas ventas e de repente começou a chorar.

"Isso acontece sempre ... porque ela está chorando agora?"

- Eu odeio ser mulher! Queria ter nascido um homem ... vocês não têm problemas algum ... já nós, temos tanta coisa ... A jovem se sentou na cama e apertou o estômago.

"Isso ... deve ser ..." Erik parou um pouco e não completou o pensamento, certamente a jovem estava naqueles "dias".

- O que eu posso para fazer sua batalha mais amena, Cecile? E não chore, você é muito bonita para ficar com esse rosto azedo. Erik provoca a jovem que ri.

- Você poderia me ajudar com isso ... e depois me trazer um pouco de chã, sinto muito por gritar com você. Cecile se deita na cama e mostra o pé inchado.

Erik ri, aquela jovem era tão diferente, deveria ser terrível quando mais nova, imaginava uma Cecile birrenta quando criança.

- O que tanto ri? Não sou nenhuma palhaça para você rir igual um tonto.

- Eu estava imaginando você ... mais nova, sabe ... fazendo birra e todo este escândalo.

Erik massageou o pé da jovem e observou o rosto de Cecile de amenizando, seria sempre assim agora que ele estava com ela?

- Eu tinha uma personalidade forte ... ainda tenho. Eu era uma criança curiosa e vivia escondida ouvindo as reuniões que meu pai fazia aqui em casa. Um dia eu me escondi em seu carro e ele apenas percebeu quando estava fora da cidade. Passei minhas férias de verão de castigo naquele ano. Cecile recordava de tantas travessuras.

- Estou falando, você ... é uma diabinha. Erik finaliza a massagem e sem perceber a beija na bochecha antes de sair do quarto.

Cecile estava boba sorrindo, o que era um mero beijo na bochecha fazer aquilo com ela?

"Mas foi muito bom, ele simplesmente me beijou ..." a jovem riu sozinha.

Erik tinha preparado uma bandeja com chã, pães, chocolates e para provocá-la uma taça de champanhe.

- Tudo pronto, agora eu posso ficar tranquilo que você vai voltar a ser a Cecile calma e adorável que eu conheci aquele dia no leilão? Erik sorri e coloca a bandeja no colo de Cecile.

- Talvez ... estou um pouco mais calma. Obrigada por cuidar de mim ... sei que às vezes eu não facilito. Você também não ajuda muito ... oh, chocolates! Cecile se cala e começa a comer.

Erik esperou a jovem terminar a refeição e depois voltou para a cozinha, pediu que o servissem na sala de estar e depois de ler o jornal do dia o homem se irritou ao ler sobre seu inimigo que estava numa viagem de negócios em Londres.

"Esse bastardo, deveria ir até onde ele se hospedou e matá-lo logo!" Erik leu a notícia enojado, todos teciam elogios para o visconde, um homem que pensava no futuro e com uma veia nata para o comercio.

"Desgraçado! Você está com os dias contatos ... e eu espero que você não mexa com a minha esposa, se isso ocorrer vou caçá-lo e desmembrar cada parte de seu corpo nojento!" Erik irritado amassa o jornal e tenta se acalmar.

Cecile percebe a mudança do homem, voltando para o quarto em silencio. A jovem queria saber mais sobre a vida dele, seu passado com Christine, e logo disse.

- Você e Christine ... como se conheceram? A jovem olhou para o homem que fechava os botões do pijama.

- No Opera, eu a salvei ... Erik disse ríspido e depois de colocar o pijama se sentou na cama.

- Hum ... você sempre banca o herói?

- Quando é necessário ... sim.

- Certo ... ela deve ter sido muito especial, ela era muito bonita e cantava muito bem ... sinto muito por ... Cecile parou de falar, não iria chegar naquele ponto naquela noite, ela queria apenas que Erik confiasse nela e a confidenciasse as coisas sem ser coagido a aquilo.

- Você deve estar cansada ... eu estou pelo menos, vamos conversar mais amanhã, que tal? Erik suspirou e observou Cecile assentir.

- Boa noite, Erik. Cecile percebeu que o homem estava cansado e com um olhar bastante profundo.

Depois de alguns dias, Cecile se recuperou de suas dores de cólica e os empregados agradeceram por não presenciar nenhuma discussão entre o casal.

O baile iria acontecer naquela noite, Susan tinha ficado honrada em ser responsável pelo vestido de Cecile, passando diversas noites sem dormir e ficando ainda mais feliz por ter um orçamento tão pomposo para fazer o vestido mais lindo de todo baile.

- Senhora Destler, esse vestido ficou incrível! Susan se animou ao ver a jovem vestida com o vestido.

O modelo era ousado, como todos os vestidos feitos pela jovem, tinha amplas mangas e o ombro nu, era em crepe branca com plissados e na cintura um corpete embutido desenhava as curvas de Cecile.

- Branco ... achei bem diferente ... eu achei que você iria usar cores. Cecile se viu no espelho e se virou para ver as costas nuas apenas adornadas com correntes finas douradas e perolas.

- Ninguém usa branco em bailes, mas a senhora vai ser o centro das atenções, afinal é isso que importa! Sabe, mostrar que a senhora está feliz e com um marido, perdão pela palavra, um marido muito bonito. Susan cora e ajeita a bainha do vestido.

- Eu gostei ... muito. E eu acho que o vestido vai cumprir com o objetivo, serei o centro das atenções desta vez ... e estou muito animada! Cecile sorri.

Erik tinha ficado o dia inteiro sem ver a jovem, curioso imaginava Cecile vestida com diversos modelos de vestidos, desde os mais recatados aos provocantes. Imaginar a jovem usando apenas uma fina camada de tecido como ele a encontrou em Paris na primeira noite, o fez ficar excitado.

"Céus ... preciso de um banho gelado ... como posso pensar isso de Cecile!" O homem se despediu do alfaiate e pode relaxar pela tarde.

O baile iria ser a primeira aparição do casal para a sociedade, muitos estavam curiosos para conhecer o misterioso marido da jovem herdeira Belford, muitos tinham ouvido rumores sobre o rosto de Erik e poucos sabiam de fato a origem o homem, aquele baile seria o ponto alto daquele ano e sem dúvidas muitas coisas iriam acontecer naquela noite além do baile. 

Me liberteOnde histórias criam vida. Descubra agora