Me liberte

83.

Londres,

Leslie cantava para a filha enquanto Hugh colocava alguns papeis em sua maleta, aqueles dias se passaram e a jovem quase não via o marido em casa por conta de tantos afazeres que ele estava cuidando ao lado do advogado de Cecile.

- Quando tudo isso acabar, eu, você e Lily vamos fazer uma longa viagem. Não me importo o destino, apenas quero ter um tempo com a minha família. Amor. Leslie faz um biquinho para o marido, ele sabia que estava trabalhando demais e deixando a jovem sozinha.

- Feito, podemos fazer um cruzeiro ... ouvi que Grécia tem ótimos navios. Hugh beija a esposa e depois a filha.

Hugh tinha enviado os documentos para a polícia naquela manhã, as descobertas de Raoul não paravam e cada vez mais as denuncias eram piores do que as outras. Um parente distante do visconde pode entregar algumas provas que Raoul estava envolvido em um clube de libertinagem, algo que envolvia um culto com sacrifícios e abusos de jovens.

A notícia se espalhou e muitas vítimas que puderam fugir vieram para denunciar os ataques de Raoul, Londres e Paris estava em choque com tamanha crueldade do visconde Chagney. Assim, a polícia se pôs a procurar Raoul, que estava foragido.

Ninguém sabia seu paradeiro, apenas Hugh que naquela manhã colocou todos em estado de atenção, diversos policiais foram avisados e logo mais estariam invadindo o castelo onde estava o visconde.

Tobey e Hugh visitaram algumas vezes Meg, Helena e Janice. Eles eram responsáveis em contar como tudo estava acontecendo com Erik fora. Helena estava quase para ter o bebê e Janice como irmã dedicada estava a ajudando em tudo. Colin pedia para sua mãe que se fosse um menino ele iria brincar muito com o novo amigo, Meg se divertia com as histórias que o filho inventava e sempre que podia costurava fantasias para o menino atuar no palco improvisado da casa.

- Com isso podemos salvar a casa do visconde de ir à leilão, todo o resto será retido pela polícia e vendido para sanar as dívidas que ele tem para Deus e o mundo. Helena pode herdar a casa, nós temos provas que a criança que ela está esperando é de Raoul. Todos daquele lugar horroroso me falaram que a jovem era apenas requisitada por ele. Tobey, advogado de Cecile lia um documento com as dezenas de depoimentos realizados no mês que passou.

Helena não queria nada daquele homem, ela queria apenas ter seu filho em segurança, não queria sofrer mais. Janice, sua irmã estava feliz em ter encontrado Reymond, e ela apenas iria trabalhar para dar o seu melhor ao filho.

- Pense, senhorita Helena que isso pode lhe fazer bem, venda a casa se não quiser e viva com seu filho em paz, e saiba que logo Raoul estará preso. Hugh convencerá a jovem em aceitar aquilo e a depor contra o visconde quando a hora chegar.

De volta a cabana, Cecile não ousou entrar onde estava Raoul, apenas sentia que tinha feito justiça pelos seus pais, imaginava que se não conhecessem os Chagney ambos estariam vivos e ela estaria feliz ao lado deles.

Lagrimas brotaram em seu rosto, ao lembrar de sua última conversa com seu pai. Antes dele fechar os olhos para sempre, o homem estava sorrindo ao ver a sua filha que tinha os olhos generosos de sua amada esposa. Queria ter mais dias, meses e anos ao lado de Cecile, mas aquilo era impossível, apenas a abraçou com dificuldade e pediu que sempre fosse aquela jovem determinada e espontânea que sempre o acompanhava nas reuniões de suas empresas.

Cecile pode se despedir de seu pai, mesmo sendo tão jovem ela sabia que tinha que ser forte, pensava que agora sua mãe estava recepcionando seu amado marido no céu e iriam ter a eternidade para continuar aquele amor tão forte entre eles.

- Amor, o que houve ... por que está chorando? Erik tinha deixado a cabana para ver pela primeira vez o estado de como Raoul estava encolhido na jaula com parte de seu corpo queimado, mesmo tão ferido o homem ainda estava orgulhoso e se vangloriava em ter dormido com Cecile. O que Erik não deixou barato, arrancando três dentes do homem com um alicate que estava em uma caixa de ferramentas do galpão.