Dias se passaram e Cecile obedeceu às ordens médicas. Mesmo que para isso precisou de Erik e Susan montando guarda no quarto da jovem.
- Sério, Erik... Eu não preciso disso. Eu estou bem. Você e Susan não precisam mais me vigiar. Me sinto como estivesse presa. A jovem estava costurando uma máscara sentada na cama, aqueles dias Cecile se pegou fazendo seu passatempo favorito.
- Eu sei que você está bem... Só estou me certificando disto. E aliás, linda máscara. Combina comigo. Erik se aproxima de Cecile e pega a máscara na mão.
- Não combina não! Elas têm penas e bordados ... Você é todo soturno... Cecile ri ao ver o homem experimentando a máscara.
- Soturno? Quem? Eu? Oh... Mon chéri, como você pode falar isso? O homem sorri e se senta na cama, se inclinando para a jovem.
Cecile prende a respiração, estar tão próxima dele era uma perdição. Sempre que ela sentia seu cheiro, algo dentro dela despertava.
- Você transmite sempre isso... Por ser tão misterioso. Não estou certa? Cecile arruma uma das penas vermelhas da máscara que tentou cair da máscara.
Erik sorriu, Cecile era tão difícil, porém do mesmo modo que o irritava, ele aprendeu a conviver com ela e depois nutrir sentimentos por ela.
- Não irei ficar bravo. Você está doente. O homem provocou a jovem e deu um beijo rápido em seu lábio.
Cecile passou a tarde na biblioteca, Erik estava cuidando junto a Hugh das indenizações dos funcionários feridos e dos mortos. Cecile deixou claro que todos iriam receber um valor justo para sobreviverem enquanto estiverem em tratamento. Depois de deixar a perícia investigar a fábrica, todos os funcionários daquela fábrica seriam admitidos em outras empresas de Cecile.
- A polícia já nos deu um relatório. E tudo indica que o incêndio foi criminoso. Hugh deixou o relatório da polícia na mesa para Erik.
O homem tinha certeza de que o incêndio tinha sido provocado. Lendo o relatório, ele constatou que todas as saídas de emergências tinham trancos por fora e certas regiões o incêndio foi intensificado pois tinham bombas caseiras que não foram ativadas.
- Eu sabia disso... Então era isso que Cecile me alertou ao me conhecer. Espero que quem esteja por trás disso saiba que não vou ficar de braços cruzados. Erik jogou os papéis na mesa e passou a mão no cabelo.
- A sociedade é cheia dessas confusões. Como advogado, vejo tanta coisa nos tribunais. Mas, Erik... Tenha certeza de que estaremos ao lado de Cecile e vamos descobrir quem fez isso.
Erik passou a admirar Hugh, talvez o homem fosse muito conservador, mas no seu íntimo, o advogado apenas queria justiça.
- Agradeço, Cecile tem ótimas pessoas cuidando dela. Aliás, preciso de uma ajuda... Quer dizer... Erik olha para a porta e se levanta.
- Preciso de uma ideia, com Cecile recuperada eu queria fazer uma surpresa a ela. Erik tranca a porta do escritório.
- Surpresa? Hum... Hugh ficou pensativo, aquilo era estranho.
- Sim, eu a conheço pouco tempo. Nós casamos e não tenho todos os seus gostos. Então ... Erik estava ridículo naquela sua tentativa de ser romântico.
- Eu sei. Bem ... Minha esposa que seria a melhor das suas escolhas a perguntar isso.... Mas, eu sei que você não quer deixar Leslie animadinha pensando em mil e uma ideias. Hugh ri e Erik acena com a cabeça.
- Eu só quero algo certeiro. Eu seu que sua esposa iria ter muitas ideias, mas você também conviveu com elas desde pequeno. Erik sabia que Leslie, Hugh e Cecile eram amigos desde a infância.
- Bem, Cecile uma vez disse para Leslie e eu, que tinha um sonho de ter um encontro usando máscaras. Eu sei. ... É estranho, mas Cecile é estranha. Ela me contou sobre o restaurante que ela visitou em Veneza quando estava com seus pais. Ela comentou que seus pais saíram de noite para jantar e ao questionar por que eles não a levariam, eles disseram que era um encontro para adultos.
- Certo... Isso é estranho. Ela... Gosta mesmo de mistério. Erik atravessa o escritório e para na mesa.
- Sim... Desde criança ela fazia essas máscaras. As usava para assustar as empregadas. Eu lhe daria essa ideia, faça um jantar romântico, tenha toda essa atmosfera e Cecile irá te amar mais do que já ama.
Erik fica surpreso com aquele comentário.
" Como assim, mais do que já ama? Ela já falou para eles que me ama?"
O dia passou rápido para Erik, depois de alinhar a surpresa e primeiro encontro do casal, Hugh e ele se despediram.
- Ela vai gostar muito do que você irá fazer. Não se preocupe, e... Não irei falar com Leslie sobre isso. Hugh coloca seu casaco e parte para casa.
Cecile estava lendo um livro quando Erik se aproxima dela.
- Matemática para negócios? Sério, Cecile? Erik lê o título do pesado livro e faz uma careta.
- O que foi? Eu não estou indo trabalhar eu só achei que seria bom... Estudar. A jovem cerra os olhos e encara o homem.
" Por que ele tem que ser tão bonito? Sempre tão impecável..." A jovem fica por um tempo encarando Erik.
- Apaixonada por meu rosto, mon chéri? Erik provoca a jovem que se levanta.
- Você como sempre ... Cecile é calada por Erik, na verdade pelos lábios dele.
Seu toque tão desesperado, sua urgência de tê-la em seus braços. Erik não sabia, mas ele tinha se entregado para Cecile, tocá-la e sentir seu aroma tão doce.
- Você me enlouquece. Fico contente que você esteja bem. Céus... Você me deu motivos para viver.... Erik coloca a jovem sentada na mesa.
Os olhos brilhantes de Cecile não se mexiam, observavam ainda confusa o homem diante dela.
- Eu te enlouqueço em várias situações. Cecile ri e se ajeita na mesa.
- Em todas praticamente. Não iria saber que sentiria isso novamente. Você foi uma grata surpresa. Erik acaricia o rosto da jovem que segura sua mão.
" Ele talvez... Vai se abrir comigo?" Cecile sorri gentilmente ao homem.
- Christine foi minha salvação. Ela era tão gentil, delicada e bondosa. Era a melhor soprano de Paris! Erik dizia aquelas memórias tão boas para ele.
- Ela teve sorte em tê-lo. Ser amada por você. Sei que ela estará feliz ao vê-lo bem. Também te protege de onde estiver, como a meus pais. Você tem um anjo que te guia e ajuda. A jovem sorriu, estar com Erik e saber que ele estava confiando nela, era muito bom.
- Ela é um anjo. Passei meus últimos anos preso numa jaula e Cecile, você não tem ideia no sofrimento. Eu agora que te encontrei irei fazer de tudo para não a perder. Você não se livrará de mim... Serei como um carrapato em sua cola, menina. Erik brinca e enlaça a cintura da jovem.
- Um carrapato? Credo... Poderia ser um bichinho mais agradável. Como um cachorrinho... Por exemplo. Cecile beija o rosto do homem e depois retira sua máscara.
- Você ainda me provocando, senhora Destler. Como vou lidar com você? Erik se aproxima de Cecile e a beija.
As coisas entre Cecile e Erik estavam indo muito bem. O casal se permitiu se abrir para o amor e estavam construindo aquela relação.
Em outra parte de Londres, especificamente na região mais afastada dos casarões. Raoul se encontrou com seus capangas, iria voltar a Paris a pouco dias, mas queria deixar preparado seu próximo golpe contra Cecile e Erik.
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Me liberte
RandomCecile é uma jovem determinada, e sempre lutou para conseguir sua tão sonhada liberdade. Com a morte de seu pai, e um estranho contrato para a decisão da herança. A jovem parte em busca de uma alternativa para continuar trabalhando e não depender d...