Me liberte

30.

Erik para o carro e segue primeiro até a porta de entrada da casa e pegou na mão de Cecile a levando com cautela até onde se ouvia uma confusão de vozes alteradas.

- Algo deve ter acontecido. Você fique atrás de mim. Erik puxa a jovem para atrás dele.

Os empregados estavam chorando e desesperados, alguns policiais tentavam acalmar os nervos de todos, tudo em vão.

- Senhor policial, é esse o homem que sumiu com nossa patroa!! A empregada aponta para Erik, que fica sem entender nada.

- Sim!! Ele a sequestrou, e sumiu com ela! Só para pegar o dinheiro!! É um descarado!! Susie gritava com os olhos vermelhos de tanto chorar.

Erik riu ao ver aquele alvoroço entre os empregados. Cecile que estava atrás do homem, se sentiu aliviada, pensava que tinha sido algo grave, mas era apenas um mal entendido.

- Céus, eu não tenho um momento de paz mesmo. Por que vocês estão chorando e porque a polícia está aqui? Cecile saiu de trás de Erik, e esperou alguma resposta.

Os empregados correram ao ver a jovem sã e salva, abraçando e agradecendo a Deus por ela estar viva.

- Eu estou viva... Nossa, o que... Porque tudo isso. Meu Deus, me desculpa senhor policial... Eu não sei o que deu neles. A jovem olhou furiosa para todos, principalmente para Susie.

- Vejo que está tudo bem, senhorita seus empregados estavam dando queixa pois aparentemente era para a senhorita voltar de viagem cedo, e não estava disponível para avisá-los sobre o atraso. O policial fechou o bloco de notas, balançando a cabeça.

- Nós estávamos em lua de mel, e eu expliquei a todos... Realmente eu saio por um momento e a casa vira esse circo. A jovem se desculpou com o policial e fechou a porta irritada.

- Agora ... Quero saber... Por que vocês fizeram esse escândalo?? Se eu falei, muito bem que era para manter o meu casamento em segredo? Hein? Cecile colocou a mão na cintura, esperando.

- Senhora, a gente só ficou preocupada. Você e esse senhor. Ele poderia ter feito algo e a gente ficou pensando muita coisa... A empregada mais antiga da casa falou apreensiva.

- Mas, como podem ver. Cecile chegou em casa inteira, sem nenhum pedaço faltando. Nós apenas ficamos entretidos e bem... Era nossa lua de mel. Erik caminhou até Cecile e abraçou por trás a jovem.

Cecile se assustou com aquilo, mas o toque do homem era tão forte que ela desfez a cara de espanto e sorriu rapidamente.

Os empregados ficaram aliviados, Cecile era uma pessoa muito boa, e parecia que o casal estava se dando bem, ainda bem já que todos acreditavam que o homem assustador iria fazer algo com a jovem.

- Eles são bem desesperados. Você tem empregados fiéis até demais. Erik riu e se jogou na poltrona do quarto.

- Eles me viram crescer, nossa conexão é antiga e bem... eu também me importo com eles. Isso foi só um mal entendido. Cecile se sentou na beirada da cama, retirando a prótese.

Erik percebeu a feição de dor da jovem, a viagem foi demorada e ela estava realmente cansada. Caminhando até ela, o homem se ajoelhou e começou a massagear seu pé.

- Permita-me ser um marido atencioso, mesmo você me irritando, eu odeio te ver assim. Erik apertava o pé da jovem, relaxando cada músculo dele.

Cecile se calou, ela na primeira oportunidade iria xingar, gritar. Mas agora, ela só queria que Erik fizesse aquilo mais vezes.

No lado de fora da mansão, uma sombra estava vigiando a movimentação de policiais e depois uma chegada repentina.

- Senhor, creio que será divertido o que irei lhe falar. O homem misterioso havia saído da vigia e já em outro local, estava ao telefone.

- O que você descobriu?? A pequena Belfond está viva ainda?

- Sim, senhor. E casada...

- Casada? Como? Se... Não houve nenhum proclame oficial ...

- Se eu ouvi direito, a senhorita está casada e com um velho conhecido...

- Pare de ser um estorvo e fale logo, merda!!

- O mascarado voltou, visconde.

Raoul bateu o telefone com toda a força na mesa, como era possível aquele desgraçado voltar e logo estar casado com a Belfond.

" Mas essa alegria de novo casal vai ser destruída, logo...logo" Raoul pegou uma palmatória e atingiu a pobre garota que estava naquela noite com ele.