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Cecile ouviu passos vindo de fora, Tamara estava ansiosa e observava a jovem com curiosidade.

- Senhora Chag... Tamara se aproximou de Cecile que ergueu o braço em defesa.

- Não, não me venha com essa merda de nome .... eu sou a senhora Destler ... não sei como pude ter estomago para ser chamada por isso. Cecile cruza os braços e observa Tamara sorrir.

- Oh, Cecile ... então, você se recorda? Isso é maravilhoso! Mas, você não foi embora ... eu pensei que...

- Seria o mais fácil a se fazer ..., mas eu quero estar aqui quando meu marido matar esse filho na mãe. Então, vamos juntas ter que atuar bem e sobre isso, por favor sente-se irei explicar algo.

Cecile queria evitar ser tocada por Raoul, naqueles poucos momentos sozinha pode pensar em algo, seria arriscado, mas se Tamara a ajudasse aquele visconde iria acreditar.

- Você vai comentar que eu tive náuseas e falta de apetite, pode aumentar isso ... pode falar que eu quase desmaiei e estou sensível a cheiros. Raoul pode pensar que eu estou ... Cecile não acaba a frase e Tamara a olha assustada.

- Gravida? Mas ... vocês ... ah...

- É, ele se deitou comigo a pouco tempo, mas se ele achar estranho, eu posso desconfiar dele, como eu posso estar grávida antes dessas ocasiões. Ele vai aceitar, achará que o filho não é dele por dentro, mas como louco que ele é, vai ficar feliz, achando que eu estou plena que o "filho" é dele. Cecile sorri com sarcasmo e completa.

- Assim, eu vou estar indisponível ... ele não vai ousar tocar em mim, e se ele quiser que seu namorado me hipnotize, vou saber evitar isso ... espero que você me ajude. Cecile olhou para o relógio, já era de noite e logo Raoul voltaria.

Tamara assentiu, aquele era um plano bem ousado, mas Cecile parecia disposta a ficar ao lado de Raoul, a jovem era mesmo muito corajosa.

Era quase hora do jantar, Raoul voltará da reunião dos aristocratas daquela região, parecia que lá ninguém conhecia a sua fama e suas dívidas. Pode se aliar à alguns homens e iriam começar a montar um negócio de fachada para recolher impostos dos aldeões.

"Minha Cecile, me pergunto se ela estará com saudades de mim" O homem entrou no quarto e viu a jovem deitada na cama.

- Amor, oh ... está se sentindo bem?? O visconde beija a testa da jovem.

- Estou com náuseas ... tive que ficar chamando Tamara a cada hora para ela me ajudar e ir ao banheiro, estou com dores em meu corpo e ... eu acho que estou grávida ... e o que Tamara me falou, ela disse que todos esses sintomas. Cecile começou a chorar e se agarrou no casaco do homem.

Raoul acariciava a cabeça de Cecile, estava pensativo, Cecile poderia estar grávida é claro, mas não era dele ... ele não poderia falar aquilo, pois estragaria tudo que ele tinha conquistado.

- Isso ... isso é ótimo!! Um filho, meu! Raoul sorriu, mesmo que aquele bastardo nascesse iria até o fim naquela farsa.

- É? Oh ... amor, eu estava com medo!! Cecile ficou agora realmente nauseada em ter que beijar os lábios daquele louco, mas queria fazê-lo acreditar que estava sob seu controle ainda.

Raoul abraçou a jovem, pensava que agora ela iria estar mais disposta a acreditar que era mesmo sua esposa, porém só de pensar que que nasceria um filho de outro homem o fez cerrar os punhos de raiva.

- Se for um belo garotinho ... ele se chamará igual ao pai! Eu gostaria que fosse um menino, amor? Cecile acariciou o ventre e observou Raoul fazendo uma careta.

- Ah?? Oh, sim ... podemos dar esse nome a ele. Mas vou ter de chamar um médico, para que confirme sua gravidez. Raoul olhou para Cecile que começou a chorar.

Raoul não entendia, por que num momento para outro a jovem estava tremendo e chorando?

- Você não acredita em mim? Desde nossa viagem eu estava mal, pensava que era por conta do navio ..., mas agora eu tenho certeza ... você pode chamar um médico, mas seria como você não confiasse em mim ... eu te amo tanto! Cecile se impressionou em como tudo saia tão convincente.

O visconde estava diante um dilema, estava feliz em ver Cecile tão carinhosa e era a primeira vez que ela falava que o amava. Iria esperar um pouco, observaria o comportamento de Cecile e por ora aceitaria o que ela pedia.

- Certo, amor ... nada de médicos por enquanto. Mas se você ficar doente vou ter que chamar, tudo bem? Raoul se aproximou da jovem e se sentou ao se lado.

Cecile parou de chorar, olhou para Raoul e sorriu, com graça o abraçou o beijando com delicadeza nos lábios.

- Obrigada! Sim, com certeza com o tempo você pode chamar um médico, mas por enquanto eu gostaria de aproveitar essa grande notícia. Imagina, querido ... iremos ser pais e ... estou feliz! Cecile tentou manter o semblante alegre, depois disso os dois saíram para jantar, Raoul ficou satisfeito que Cecile tinha ficado mais dócil, mesmo que aquele filho não fosse seu ele iria manter a farsa para tentar controlá-la.

Cecile depois de ouvir tudo que Raoul estava ansioso para falar sobre o grande negócio que iria fechar com alguns nobres daquela área, ficou por um tempo observando o grande jardim do castelo.

- Gostaria de pedir algo, querido. Cecile estava ao lado do homem que naquele dia estava mais controlado em seu comportamento.

Com o suposto bebê, Cecile pode pedir que Raoul não a procurasse na cama, com um grande sorriso e carinhos feitos no rosto do visconde e juras de amor, Cecile pode conseguir o que queria, parecia que o visconde estava agora na palma de sua mão.

Alguns dias depois ...

Erik voltará para onde estavam Persa e Reymond, estava contente, mas receoso em deixar sua amada com um maluco. Temendo que Raoul descobrisse que Cecile havia se recordado de tudo, apressou seu plano junto a seus amigos.

- Conseguiremos afastar Raoul daqueles soldados que ele colocou no castelo? Talvez podemos dar um jeito nele sem que Cecile saiba ... Reymond olhou para a planta do lugar, como tinha investigado era difícil todos se infiltrarem de uma vez.

- Raoul está saindo de manhã, podemos interceptar o carro nessa parte da estrada, é vazia e ele é burro nunca leva alguém com ele. Persa tinha seguido o visconde por dias e viu ali uma oportunidade.

- Vamos mantê-lo vivo, ele será entregue para a polícia ... eu sei que é pouco para tudo que ele fez ..., mas Cecile vai querer vê-lo pagar na justiça. Os seguranças deixam que eu cuido, eles são medrosos estão todos seguindo ordens de outras pessoas ... na verdade, essas pessoas ainda estão esperando por Reymond ... Erik ri ao ver o amigo fazer uma cara de inocente.

- Á merda que eles vão me ter ... Raoul prometeu o impossível e esses idiotas acreditaram. Se bem que eu posso roubar algumas coisas desses "nobres" que Raoul anda se encontrando ... Reymond puxa o mapa da mesa e pisca para Erik.

- Faça o que quiser ..., mas logo vamos capturar Raoul ... imagina que ele achou que eu iria ser louco de invadir o castelo ... ele iria usar Oto para me hipnotizar, um patético. Erik estava se distraindo, Tamara contara que Cecile tinha Raoul na palma de sua mão.

Aos poucos Cecile pode usar seu comportamento meigo e comportado com Raoul, que agora a levava para a cidade a exibindo com orgulho, havia até se esquecido de chamar a um médico, o visconde via que a jovem se sentia nauseada e tivera alguns desmaios, todos eram encenação, mas a cada desmaio a jovem pedia com carinho para Raoul ficar com ela, para cuidar do futuro filho deles.

Me liberteOnde histórias criam vida. Descubra agora