Cecile ficou enrolada no cobertor por tempo, estava sozinha e inquieta.
- Prontinho. Aqui, você precisa comer. Erik chegou com uma bandeja para a jovem.
- Ah... você se importaria... de comer lá no outro cômodo?
- Oh. Sim, sem problemas. E ... você tem certeza que aquela mala no banheiro é sua? Porque....
- Susie... Ela... Achou que estaríamos de lua de mel e tentou me "ajudar" com a mala.
Erik abafou a risada.
- Hey!! Isso... não é engraçado!
- Sim... certo. Não... nada engraçado. Verdade. Mas aquela mala seria mesmo ótima para uma lua de mel. Só estou dizendo ...
- Cala a boca Erik! Uma lua de mel não é.... Só... Cama! Eu acho.... Um casal deve passear, ficar juntos, curtir o pôr do sol.... Cecile por um momento suspirou.
Erik observou a reação da jovem, parecia tão normal... E bonita. É... Cecile não era feia, muito pelo contrário, tirando sua boca suja, a jovem era muito confiante e bela.
- Hum... certo. Bem, vou me retirar. Espero que aproveite a refeição. Erik faz uma referência e sai.
A jovem esperou o homem sair, estava faminta. Mas não iria comer com ele a olhando, não quando tudo que ela estava vestindo era uma camisola transparente.
Cecile empurrou a bandeja já vazia, e se deitou. Estava cansada, tinha tido um longo e estranho dia.
Erik limpou os cacos de vidros e esperou um pouco para ver Cecile. A jovem estava dormindo profundamente, e não quis acordá-la. Ela estava enrolada no cobertor, encolhida num canto da enorme cama.
" Sério... O que eu estou pensando em ter concordado com isso. Só posso estar realmente louco"
O dia amanheceu, e Cecile acordou. Ainda estava pensando em tudo que rolou na noite anterior, ainda com aquele problema de vestuário a ser resolvido.
A jovem virou e viu Erik dormindo na cama, ele calado não era tão ruim assim...
" Se não fosse por isso, ele seria um cara muito desejado" Cecile tocou na máscara do homem.
Enrolada na coberta, Cecile se levantou e tentou arrumar seu vestido. Ainda estava molhado e agora estava olhando para os lados, tentando pensar em algo.
- Hey... Erik! Acorde!!
O homem abriu os olhos, e viu Cecile o encarando.
- Bom dia para você também. O que houve?
- Você vai precisar me comprar roupas, eu não tenho nenhuma.
- Hum... ora roupas íntimas tem aos montes. Erik sorriu e esperou algum ataque da jovem.
- Idiota!! Vamos, saia dessa cama e.... A barra da coberta que estava enrolada, ficou presa e a jovem tropeçou caindo direto no peito do homem.
- E...?? Erik agarrou a cintura da jovem e sorriu maliciosamente.
- Me solta!!
- Ok. Livre. Bem... O que eu comprarei para você? Erik soltou Cecile e se levantou.
- Você ainda pergunta??
- Brincadeira. Eu sei ... já volto, Mon cher.
Cecile achava que tudo de ruim já tinha acontecido, mas a última seria cair nos braços daquele homem...
" E ficar com o coração ... palpitando" Cecile cora ao perceber que seu coração estava saindo de seu peito.Erik atravessou a rua do hotel, a boa localização dele permitia prover muitas outras lojas próximas.
O homem entrou numa boutique, assustando todos os que lá estavam. Era incomum ver um homem de quase 2 metros, vestindo apenas preto e uma máscara, caminhando por Paris.
- Com licença, eu... preciso comprar algumas roupas... O homem olhou para a vendedora, que o encarava.
- Senhor... Ah... aqui é uma boutique feminina. Não temos...
- São para minha esposa. Nós recentemente nos casamos, e estamos em lua de mel. Queria comprar algumas roupas novas...
" Esposa... Aquilo foi estranho de se disser"
- Oh... Sim. Por aqui senhor. Ah, qual o gosto de sua esposa? A vendedora apontou para diversos modelos de vestidos.
- Ela... deve gostar desse aqui. Desse e desse, e daquele outro, vermelho. O homem apontou para os vestidos, 8 no total.
- Oh ... E.... ela precisa de novas camisolas e ... Roupão? Erik estava confuso.
- Sim, senhor.... Aqui, temos essas lindas camisolas ... São bem delicadas, não é? A vendedora tinha mudado seu comportamento, ao ver que Erik tinha dinheiro e muito dinheiro, já que estava levando os mais caros vestidos.
Erik olhou as camisolas, eram cheias de babados, em cores claras e não eram transparentes igual à que a jovem estava usando.
- Irei levá-las. Por favor, embrulhe tudo isso.
A vendedora estava sorridente, tinha ganho o mês com aquela enorme venda.
Erik voltou cheio de sacolas para o hotel, e pegou Cecile andando de um lado para o outro, enrolada na coberta.
- Aqui, espero que sirvam.
- Você demorou!! Cecile pegou as sacolas da mão do homem, e corre se trocar.
A jovem agora estava olhando todos aqueles vestidos, de certo eram caros e bem bonitos. Erik não era tão bobo assim... Escolhendo um vestido na cor vermelha com um decote ombro a ombro e um lindo corset de Rosas, a jovem até que não estava mal.
- Sério Erik! Precisa ter mais cuidado ao escolher as roupas difíceis de serem colocadas sozinhas, aqui. Feche para mim!! Cecile saiu pisando firme e mostrando os laços do Corset.
- Ótimo, eu te ajudo e só ganho isso. Reclamações.
- Não sabe abotoar essas coisas? Você já deve ter tirado de alguma jovem, é igual, mas agora você precisa fechar. Cecile deu de ombros.
- Eu sei... muito bem como fazer isso. Cecile. Erik se aproximou atrás da jovem e sussurrou.
- O.. Ótimo... nós vamos ver o que você está atrás hoje. Ou devemos ir para a cama, e esperar sua vontade? Cecile era dura na queda, mesmo sem jeito, não iria dar o braço a torcer
- Se você quiser ...a cama sempre é a melhor opção. Mon cher.
Cecile corou, era óbvio que ela iria ficar com vergonha. Mas caramba, não tinha essa reação com ninguém.
- Você que começou .... Vamos, preciso encontrar alguém. Erik deu um sorriso vitorioso e caminhou para fora do quarto.
Cecile o acompanhou, e entrou no carro. Erik estava dirigindo, parecia que o homem estava tentando se recordar de muitas coisas.
" O que será que ele tanto pensa?" A jovem ficou em silêncio, olhando a paisagem de Paris, e percebeu que estava saindo do perímetro da cidade, e entrando para uma estrada deserta.
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Me liberte
RandomCecile é uma jovem determinada, e sempre lutou para conseguir sua tão sonhada liberdade. Com a morte de seu pai, e um estranho contrato para a decisão da herança. A jovem parte em busca de uma alternativa para continuar trabalhando e não depender d...