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Normalmente Cecile era mais racional do que sentimental, sabia que por ser uma mulher deveria lidar com tudo de maneira mais rígida, no mundo dos negócios não era diferente. Saber que estava a poucos passos de se vingar de Raoul aquele que fez a vida dela e de muitos outros um inferno a fez pensar sobre como seria aquele plano.

Seu lado simples e direto dizia a ela que deveria voltar a Londres, conhecer sua afilhada e ficar ao lado de sua amiga, mas o outro lado que enumerava as tantas maldades que Raoul e seu pai fizera a sua família dizia para deixar tudo nas mãos de Erik, que ele iria saber o que fazer.

"Talvez ser preso não será o bastante para ele ... ele deveria sofrer..." Cecile ponderou, esperando alguma resposta divina de algum lugar.

Erik estava arrumando suas armas e conversando com Reymond e Persa, eles pareciam estar em desacordo, ou pelo que Cecile viu, apenas Persa estava tentando convencer a ambos que aquilo era uma péssima ideia.

- Reymond, você nunca foi de se vingar, sei que seu estilo é diferente, vamos não dê mais ideias à Erik! Persa tentou atrair a atenção do amigo que sempre foi junto.

- Persa, sei que você no fundo quer isso também ... não venha me dizer que apenas a prisão é o suficiente para aquele verme! Reymond rebate aquele comentário.

- Talvez, mas temos Cecile, não seria melhor voltarmos, ela pode se machucar. Persa aponta para a jovem que estava sentada observando o grupo conversando.

Erik e Reymond olham para a jovem, ela estava prestando atenção a cada palavra dita e ao se levantar caminhou ao encontro deles.

- Eu pensei nisso, durante a noite e agora, sei que você está querendo o meu bem e segurança, mas Persa ... eu sei que Erik sabe o que está fazendo.

Erik enlaça com a mão a cintura da esposa e sorri, Cecile sempre foi muito sincera e ele sabia que ela queria que Raoul fosse pego e sofresse por suas maldades.

- Mas, eu não quero que você o mate ... não cabe a você tirar a vida dele, ele irá para a cadeia e assim será julgado. Cecile olhou firme para o marido que assentiu.

- Assim seja, mon chèri ... podemos dar continuidade ao plano original? Erik olha para os amigos que assentem.

Raoul caminhava furioso pelo castelo, estava sem pistas e aquilo e fazia ferver de raiva. Tinha avisado a seus capangas de Londres sobre o ocorrido e ninguém soube resolver, já que ninguém sabia do paradeiro de Erik.

Tamara e Oto ainda estavam sob olhar atento de alguns soldados, estavam em segurança por hora, mas ainda sentiam uma atmosfera estranha.

- Visconde!! Visconde!! Encontramos isso preso no portão hoje pela manhã! Um guarda se apresou e entregou um envelope para o homem.

"Vejo que não soube me encontrar, não achou nenhuma pista? Quero lhe dizer que preciso de sua presença para acalmar Cecile, o que Diabos fez com ela? Está querendo me enlouquecer? Vá a esse endereço, e sozinho ... saberei que for com mais pessoas. - ED"

Raoul ainda lia a localização de Erik, algo nele fez sorrir, podia ficar sem Cecile, mas ver Erik tão desesperado a ponto de pedir sua presença ... aquilo era divino.

Ao cair a noite daquele mesmo dia, Raoul pegou seu revólver e uma adaga e os colocou no casaco, tinha avisado a alguns soldados que ele estaria fora de casa e pediu que ninguém o seguisse.

"Cecile vai destruir Erik, sem que ela se recorde, e o pior ... ela gravida de mim, isso será o suficiente para pegar aquele desgraçado e matá-lo" o visconde pensou vitorioso.

Me liberteOnde histórias criam vida. Descubra agora