Toby reuniu dezenas de policiais para fazerem uma busca ao arredor do teatro, enquanto os amigos de Erik tinham recebido a notícia com desespero e rapidamente se colocaram a chegar em Londres o mais rápido possível, o advogado e os policiais começaram uma busca que se estendeu ao teatro e aos arredores do lugar.
Erik tinha deixado sua casa, os funcionários ficaram inconsolados com a notícia e muitos foram com ele para ajudar com as buscas. Os donos do teatro começaram a interrogar os funcionários que restavam para dar seus depoimentos, muitos na confusão fugiram e outros muitos agora falavam que nunca tinham vistos no teatro, comprovando que havia ali alguns infiltrados.
- Nossos funcionários ficam neste registro, estamos fazendo de tudo para pegar as pessoas que mataram os nossos seguranças e músicos. Sentimos muito por isso ter acontecido com sua esposa, senhor. O dono do teatro estava abalado, o pianista era seu neto, um jovem muito carismático e com a vida toda pela frente.
Erik pode ver a tristeza nos olhos daquele senhor, era dolorido ver que Raoul tinha tirado vidas tão preciosas para as pessoas, sentia um medo que invadia todo seu ser, queria correr e gritar, queria matar aquele desgraçado.
- Sr. Destler, os policiais estão fazendo de tudo para achar alguma pista. Perguntamos ao bistrô vizinho sobre movimentação do local quando o desfile aconteceu ... muitos comentaram sobre um caminhão que estava estacionado a poucos metros da entrada do teatro. Toby entregou um papel com o número da placa do automóvel, e depois seguiu a procura de outras provas.
Uma movimentação se iniciou ao amanhecer atras do teatro, Erik passará sem dormir com os policiais vasculhando cada pedaço do teatro, dentro de um compartimento de esgoto que ficava escondido pela lata de lixo do beco na porta de trás do lugar, encontraram um vestido branco, molhado e ensanguentado.
"É o vestido de Cecile .... o que eles fizeram a ela?" Erik agarrou o vestido e seguiu até a parte mais sombria de Londres, onde ele ficou preso antes de ser salvo por Cecile.
Sentia que lá ele iria achar alguma informação, mesmo que para isso ele tivesse que matar metade daqueles crápulas.
2 dia, alto mar ....
Raoul ao ver que Oto era um ótimo recurso a ele, permitiu que o jovem e a namorada ficassem juntos em uma das cabines do navio.
Estava pensando que naquela exato momento, Erik estaria desesperado e sem rumo, tudo que ele planejou não tinha erro, nenhuma brecha, aquele homem nunca iria descobrir sobre o paradeiro de Cecile.
Aquilo a fazia rir, tinha dado sua jogada final e estava como sempre ganhando, poderia ter perdido Christine, mas agora tinha Cecile que estava sendo manipulada a sentir um amor ardente para com ele.
Ao sair do teatro, Raoul deixou o vestido branco de Cecile escondido, queria colocar medo em seu inimigo, queria deixá-lo apavorado ... poderia que Cecile estivesse morta?
"Oh ... se ele sabe interpretar ... eu poderia matá-la afogada e deixar um souvenir para ele ... "Raoul riu, lembrou que tinha tirado as vestes da jovem e depois cortado de proposito seu braço para deixar um rastro de sangue pelo vestido.
Estava deitado admirando sua linda mulher dormindo, depois que Oto saiu da cabine pode conversar com Cecile, que ainda estava confusa sobre tudo aquilo. Retirará sua prótese e jogado ao mar, queria deixá-la dependente dele e ao explicar que ela não poderia andar por conta de um acidente fez a jovem cair aos prantos.
Oto tinha direcionado em sua mente que ela não podia andar, mesmo que ela fosse perfeitamente saudável com sua prótese, a jovem agora não sentia nenhum movimento em suas pernas.
Sendo reconfortada por Raoul que acariciava seus cabelos, Cecile se sentia mal, sua cabeça estava dolorida e tudo que ela se lembrava era que não podia andar e que estava em um navio para algum lugar desconhecido.
Cecile estava adormecida, diversos fragmentos de memória iam e voltavam em seu sono, tudo era confuso e o que sempre vinha a ela era um homem, não Raoul, mas sim um homem mascarado.
Não entendia aquilo, quem seria aquele homem que a olhava com ternura, que fazia seu corpo estremecer e desejar pelo seu toque?
Abrindo os olhos, observou Raoul a olhando, seu sorriso era estranho, poderia ter carinho, mas ... ela se sentia mal ao ver aquele homem.
Estava deitada em uma luxuosa cama, e a cabine daquele quarto era ornamento com pinturas e esculturas, todo num tom vermelho e madeira nobre escura, os cortinas verdes eram pesadas e tinham uma estampa em flores delicadas, como estava se recordando, ela estava em uma viagem pelo mar e apenas isso que ela sabia.
- Olá, meu amor ... como se sente? Raoul se sentou na cama e ajudou a jovem a se endireitar.
- Eu ... eu acho que estou bem. Obrigada.
- Quero te levar até o convés, meu amor ... o mar está tão lindo ... está quase amanhecendo ... o que acha? Raoul sai da cama e abre as cortinas da cabine, revelando um extenso mar.
- Pode ser, Ra...Raoul. Cecile sentia até estranha ao falar aquele nome, o que estava acontecendo a ela?
- Amor, que tanto me observa ... não recorda das nossas noites de amor em minha casa? Você está distante ... por isso que planejei essa viagem, um tempo longe de tudo pode te faz bem. O homem se aproxima da jovem, que o olha com cautela.
Os olhos azuis de Raoul eram como uma nuvem negra, seu rosto era mantido por um sorriso tão irritante e sua aparência, nada aquilo a fazia atraída por ele.
"Ele se parece com um esnobe da sociedade ... alguém que eu nunca olharia" Cecile pensou, Raoul nunca foi seu ideal para parceiro.
- Eu ... eu não sei ... eu, nós ... realmente estamos juntos, eu nunca ... Cecile ficou confusa e desviou o olhar do homem.
- Claro, amor ... estamos juntos e felizes, não se recorda de nada? Nem de nosso casamento?
Cecile se espanta, ela estava casada ... com aquele homem?
- Qual é o motivo do espanto, amor .... você é a viscondessa Chagney ... não acredito que esteja esquecendo disso? Raoul beija a mão da jovem com delicadeza.
- Eu ... me desculpe, mas ... as coisas estão muito confusas ... o que houve comigo? Cecile estava desesperada, queria correr para longe daquele homem.
- Tudo isso aconteceu pois você foi vítima de um de meus inimigos ... desde o acontecido você tem ficado deste jeito e isso .... isso meu amor, me faz sofrer ... Raoul começa a chorar e abraça a jovem que sem entender e o questiona.
- O que houve, o que fizeram comigo?
Raul por trás do abraço reconfortante sorri, seria divertido aquilo.
"Erik .... você vai ser odiado por quem mais amou e agora torço que você descubra o nosso paradeiro".
VOCÊ ESTÁ LENDO
Me liberte
RandomCecile é uma jovem determinada, e sempre lutou para conseguir sua tão sonhada liberdade. Com a morte de seu pai, e um estranho contrato para a decisão da herança. A jovem parte em busca de uma alternativa para continuar trabalhando e não depender d...