Me liberte

Epílogo

Paris, 6 anos depois ...

O Opera pode aproveitar de anos de prestígio e gloria com os antigos administradores, agora quase vinte anos da mesma gerencia, estava finalmente na hora de novos talentos comprarem o teatro.

- Lili, não corra deste jeito com Colin, vocês podem se machucar! Persa pega a menina pela mão e o filho na outra os levando até a saguão.

- Pai!!! Eu iria levar a Lili conhecer onde o fantasma cantava, lá no camarote!! Colin reclamava por ser pego no flagra.

Cecile e Erik estavam conversando com alguns cantores que iriam se apresentar naquele dia, o dia em que Erik e Cecile seriam apresentados como novos donos do teatro.

Depois de 3 anos, Cecile entregou parte da administração das empresas para Toby e Hugh, as empresas estavam crescendo e ela estava ficando muito atarefada, tinha um desejo de passar um tempo descansando, e assim quando o casal desacelerou nos negócios, Cecile tinha finalmente realizado um grande desejo ao casal.

- Certo amiga, eu posso com certeza afirmar que Hope é sua cópia, ela estava lá xingando os pássaros que tentaram correr atras do Noir, você já viu gato tão medroso que até os pássaros o atacam? Leslie aponta para a menina de cabelos pretos acariciando o gato que havia sido encontrado a dois anos atras nas ruas de Paris.

- Hope adora defender os mais fracos, isso é coisa de meu marido ..., mas os palavrões ... acho que eu tenho essa culpa. Cecile ri e depois é recebida por um abraço por sua filha.

- Mamãe, vamos logo com isso ... quero assistir ao lago dos cisnes, papai me contou sobre a história e agora quero ver!! Noir também está muito animado. Erik tinha contado toda a história noites anteriores a filha, que ficou animada por aquilo.

- Sim, fleur ... vamos indo para nosso camarote exclusivo. Erik segura a filha e todos seguem até o início do show.

- Vê, aqui o fantasma misterioso cantava e atacava suas vítimas, com seu chicote cruel! Colin contava a história para Lili e Hope, diferente de Lili que estava tremendo de medo, Hope ouvia atentamente tudo.

- O fantasma não era malvado, ele só machucava pessoas ruins, ele é como um herói ... e pare de deixar Lili com medo, ela vai fazer xixi na cama hoje! Hope defendeu o fantasma e a amiga, e fez com que Colin parasse de amedrontar a menina.

- Você viu, sua filha é a fã número um do fantasma. Temos um fã clube já, que fantasma mais sortudo. Cecile sussurra para o marido que ri.

- Minha filha sabe das coisas, além disso, eu só fazia mal a pessoas malvadas mesmo, Colin que está contando a história mais mirabolante para assustar a pobre da Lili. Erik percebe que sua filha estava sentada, agora que a peça iniciara, prestando atenção em cada fala, canção ...

Ao final da peça, todos estavam animados para conhecer os novos donos do teatro, ao serem apresentados, todos os jornalistas ali ficaram em pavorosa, os ver Cecile, ao decorrer dos anos toda caminhada profissional de Cecile foi sendo noticiada por toda Europa, todos sabiam quem era a mulher determinada e quebrar os padrões da época, onde somente homens comandavam empresas.

Eugene Hill e sua esposa Marguerite estavam contentes em rever o amigo, Erik estava sorridente ao lado da esposa, e naquele ano eles decidiram que iriam passar por uma temporada em Paris, comandando o teatro.

- Sei que a casa está como você imaginou, amor ..., mas tem certeza de que não tem problema eu estar aqui? Cecile entrou no quarto da mansão que Erik tinha imaginado cada detalhe, Paris era um lugar bom agora para ambos, mesmo assim as lembranças sempre viriam hora ou outra.

- Sim, mon chèri ... sei que Christine está feliz em me ver feliz, tenho tudo que sempre ousei sonhar, uma esposa linda e uma filha perfeita, que vai me deixar de cabelos brancos logo, logo. Erik observa pela janela a filha correndo com Noir no jardim agora florido e bem cuidado.

- Não sabe como estou feliz, acho que Paris é uma cidade de recomeços, talvez eu possa deixá-la mais agitada ... com minhas ideias que são sempre ótimas. Cecile se aproximou do marido e o abraçou por trás.

- Te apoiarei em tudo, não importa se for uma fim de semana pelados no meio do nada ou uma escapatória para meu refúgio no Opera? Erik se vira e sorri para a jovem a provocando.

- Oh ... isso, isso não é ruim ... Persa, Meg, Hugh e Leslie estão aqui mesmo ... ninguém vai dar falta da gente ... Depois da reforma do Opera, seu refúgio ficou bastante acolhedor, Hope vai adorar conhecê-lo depois. Cecile ajeita seu cabelo num coque e coloca seu casaco pesado.

- Isso é um sim? Podemos sair daqui sem que ninguém perceba, só observe. Erik aperta um livro que estava sob sua mesa de centro e uma parede se abre.

- Esperto, sempre com suas ideias ... agora vamos? Cecile estende a mão para o marido que a pega.

- Com certeza, mon chèri ... irei a qualquer lugar como você. Erik a direciona até a saída, já fora da mansão partem em um cavalo até seu refúgio.

A história assim se encerra, mas não é um final e sim um começo para novas aventuras, Cecile pode se reconectar com sua família, se viu em muitas situações, mas nunca desistiu. Pode conhecer seu grande amor, através de muitas confusões, entre insultos e beijos, o casal enfim estava livre para ser quem realmente nasceram para ser, ter o apoio de amigos que eram como família, e construírem uma família para deixar um legado cheio de carinho e determinação.

FIM-