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Durante toda ida até a cidade Raoul era seguido por Erik, nas sombras o homem observava seu cotidiano e a rotina que era basicamente ficar durante toda a tarde na companhia de alguns nobres que haviam caído no papo do visconde.

Cecile não havia recebido mais visitas de Erik, estava cansada de estar longe de seu marido e enojada em ter que conviver com Raoul, que cada dia mais ficado mais obsessivo por ela, fato que em partes era bom vê-lo comendo em sua mão. Raoul não mais pedia que ela se deitasse com ele, somente a agradava com abraços e beijos, e alguns passeios pela cidade, Cecile suportou cada toque e caricia com um sorriso meigo em seu rosto, Tamara a ajudava com seu disfarce de grávida, comentando a todos em como Cecile estava com sintomas e mal estares.

Reymond havia recebido uma carta de Janice e Helena, as garotas estavam com saudades do homem, e informava sobre o que estava acontecendo com Meg e Colin que ficaram na residência, Meg havia estado com alguns enjoos e Persa ficou apressando o plano para voltar e ver a sua esposa.

Leslie e Hugh tinham voltado a sua rotina, ao saber que Cecile estava cm Raoul, Leslie se apavorou, queria a amiga o mais rápido possível ao seu lado, e Hugh estava retornado para o trabalho, tinha algo muito importante e ser feito, e seria mais uma derrota para Raoul quando tudo estivesse certo.

- Meg está enjoada? Oh ... isso é suspeito, talvez nosso amigo tenha deixado a esposa gravida e saído para se aventurar com os amigos. Reymond viu que Persa estava agitado diante a notícia.

- Não vamos perder tempo agora, não é Erik? Vamos pegar esse visconde e dar um jeito nele... o mais rápido possível. Persa andou de um lado para o outro pensando em sua amada Meg.

Erik assentiu, tinha noites que ele acordava com medo de deixar Cecile tão desprotegida, em outros pesadelos ele via sua amada caída como Christine, tudo estava sendo demais para ele.

Já na cidade, Raoul conversava sobre seus negócios em Londres e Paris, tinha decidido que quando Erik aparecesse seria a única coisa que o colocava entre os bens de Cecile.
Se Erik fosse morto, ninguém iria mais o importunar, e pelo jeito de Cecile, ela iria concordar em bom grado ceder o controle de tudo para ele.

- Não achamos mais Erik em Londres, desde o dia que a senhorita foi levada com o senhor, ele sumiu. Alguns homens disseram que ele fez um grande estrago na sede dos leilões. Um dos homens de confiança de Raoul estava de volta de suas buscas.

- Aquele desgraçado, não se dá por vencido. E os homens que coloquei para vigiar a casa de Cecile, houve algo suspeito?? O visconde anotava em seu caderno alguns nomes, todos aqueles estavam dispostos a negociar com ele.

- Na residência não houve nada suspeito, Erik não apareceu e nenhum de seus amigos. Só apenas um dia que... O homem foi pego pelo pescoço por Rauol, o aperto estava deixando o guarda azul e sem ar.

- Você estava escondendo algo de mim? Seu desgraçado!! Vamos, conte-me!!

Raoul o jogou no chão, estava furioso. Ele tinha colocado homens por toda a parte e parecia que ninguém tinha notícias de Erik.

- Alguns homens foram encontrados mortos, quando ficamos sabendo até Reymond veio para acabar com os outros homens que sobraram. Em Londres, todos estão comentando que Reymond se uniu a Erik e que até Persa está envolvido. O homem se levantou em dificuldade e ficou ao lado de Raoul.

- Eu coloquei centenas de homens para uma simples missão. Poderiam ter matado aquele filho da mãe do Reymond e aquele indiano de merda! Mas Erik, ele deveria ser entregue a mim!! Uma simples coisinha, e ninguém vez corretamente. Raoul gritou e lançou um dos livros contra a parede.

- Estamos todos a procura deles, visconde. Nos perdoem, mas logo Erik irá aparecer, é o que o senhor deseja?

- Sim. Quero encontrar aquele verme, quero ver como será a reação ao ver que sua amada o odeia e que ela está comigo... Quero matá-lo com minhas próprias mãos. Aquele desgraçado sempre ficou em meu caminho. Raoul colocou a mão sobre a mesa, pousou seu revólver em cima de um dos livros, observando o objeto.

- Vá e chame pelos outros guardas, quero que montem uma estação de vigilância no arredor do castelo. Raoul dispensou o homem e suspirou, estava longe o suficiente para manter Cecile sob controle, mas tinha esperado muito tempo para terminar com Erik.

" Logo ele vai me encontrar e quando isso acontecer, ele vai se arrepender de ter roubado Cecile de mim"

Depois de reunir todos os homens, Raoul ameaçou matar um por um se eles não tivessem notícias de Erik logo, após um ataque de fúria o visconde atirou na cabeça de um dos guardas, que alegou ter tido dificuldade em achar a esposa de Persa.

- O destino de vocês se não arrumarem algo de útil, será esse! Quero algo para atrair Erik e aqueles seus comparsas, se for necessário usar a criança ou a jovem, que seja! Matarei a todos se for preciso!! Raoul estava descontrolado, a lançar uma das cadeiras em direção aos homens, todos entenderam que o visconde havia enlouquecido.

Cecile começou a bordar naquela semana, Tamara estava a ensinando a fazer uma toalha com delicados bordados.

- Esse desenho fica lindo para um enxoval de bebê. Um lindo ursinho, viscondessa. Tamara falava alto para todos que vigiava elas ouvirem, até lá todos estavam sabendo sobre a gravidez de Cecile.

- Oh, sim... Eu irei fazer em azul. Sei que vou ter um menino. Um lindo viscondinho. Cecile ao perceber que Rauol estava se aproximando ficou emocionada e apertou o bordado contra o peito.

Tamara ficava impressionada por toda aquela encenação, em uma noite a jovem via a visconde chorando com Cecile, que estava sensível demais por conta dos hormônios. Numa outra tarde, Raoul estava dando uvas e cortando peras para a jovem, que estava com desejo pelas frutas tão difíceis de achar naquela região.

- Oh, amor!! Você chegou. E me viu toda desarrumada, estou uma bagunça. Não me olhe assim. Cecile se fez de inocente e escondeu o rosto com a toalha.

Cecile não via a hora que Erik a resgataria daquele louco, mas por hora ver Raoul tão submisso a ela a divertia.

Me liberteOnde histórias criam vida. Descubra agora