A caminho de Amsterdã...
Erik, Persa e Reymond já estavam na estrada a dois dias, os três se revezavam e assim estavam próximos a chegar. Para as contas de Erik, chegariam a dois dias mais cedo que o navio de Raoul.
Foi difícil deixar Meg e Colin em Paris, Persa pensou em deixá-los na cabana onde ninguém poderiam encontrar, mas para sua surpresa, Meg o fez prometer que iria deixá-la na residência de Reymond, cuidando das jovens irmãs, depois de pouco tempo todas se deram bem e seria mais fácil ter todos num único lugar, claro que Persa e o amigo não economizaram em segurança.Até Toby estava cuidando de sua segurança, e de Leslie e Hugh que se recuperavam em casa dos danos causados pelo visconde e além disso todos os empregados da residência de Cecile estavam atentos a qualquer movimentação estranha.
Erik sabia que Raoul tinha mandado um recado muito cruel, saber que a sua esposa estava presa com um homem sádico e instável, o apavorou.
- Nunca em minha vida pude pensar que estaria nessa situação... Depois que Christine se foi ... Todos os demônios estão de volta. Erik estava perdido, queria retomar sua vida com Cecile, não queria voltar a ter aquelas ideias, tão brutais.
- Erik, Faremos o que for preciso ... Se for a morte de Rauol, então iremos fazer... Se quer saber, eu poderia pensar em mais de um jeito de matá-lo. Reymond apertou o volante do carro, irritado pensando no que aquele visconde fizera a jovem e a outras garotas.
- Nunca tivemos muito senso de justiça, aliás... Não sei como Erik aguentou tanto tempo sem matar Raoul na primeira oportunidade. Persa observava o mapa e verificava se estavam no caminho correto.
- Foi por amor... O amor faz essas coisas. Eu confesso que nunca matei ninguém, quer dizer... Quase nunca. Sabem, as vezes precisamos nos controlar... O que um grande homem, como eu, foi ensinado a vida inteira a ter, controle... Em tudo. Reymond suspirou, viver sob os olhares da aristocracia, o fazia temer e ser cauteloso em suas ações, mesmo que sua identidade nunca fora revelada.
- Reymond tem razão. Antes, vivendo no Ópera, eu apenas me vingava daqueles que eram cruéis ... Depois que conheci Christine, não matei uma alma sequer. Fui me tornando um homem, um ser humano... Não um monstro, que eu sempre fui ensinado a ser ... Erik lembrava com carinho de Christine, sabia que ela estaria contente em vê-lo feliz com Cecile, e sentia que ela estava olhando por ele, onde estivesse.
- Você sempre foi um ser humano, amigo. Persa tentou reconfortar o homem, sabia que tinha muita coisa pela frente.
- Sempre fui um monstro... E o que sou agora, serei o mais temido monstro, matarei quem se ousar a entrar em caminho... Para enfim, matar a Raoul... Erik rangeu os dentes, todos aqueles dias de estrada estavam o enlouquecendo.
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A bordo,
Cecile não sabia se havia passado horas ou minutos que estava amarrada na cama, seus olhos eram poços salgados ... como o mar que rodeava aquele maldito navio.
" Porque ele me diz que me ama e me trata deste jeito!?" Cecile se cansou de gritar por Raoul, implorava que ele a soltasse, que a deixasse em paz.
Já fora, Raoul chutou a porta da cabine onde Oto e Tamara estavam. Furioso, retirou o revólver de seu casaco e apontou para a jovem.
- Agora... Se não estou atrapalhando os pombinhos, quero que você faça seu bendito trabalho corretamente!! Raoul estava descontrolado, apontava para Oto e depois para a jovem que estava assustada.
- Ou senão, eu irei estourar os seus miolos e irei acabar com sua estimada namorada de todas as maneiras possíveis!! O visconde estava gritando, nada iria dar errado, não agora que estava tão perto de conseguir o que queria.
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Me liberte
RandomCecile é uma jovem determinada, e sempre lutou para conseguir sua tão sonhada liberdade. Com a morte de seu pai, e um estranho contrato para a decisão da herança. A jovem parte em busca de uma alternativa para continuar trabalhando e não depender d...