73.

27 2 0
                                    

Na surdina Reymond entrou no castelo, se viu cercado de guardas que estavam em pontos estratégicos, todos comentavam sobre o comportamento do visconde.

- Esse visconde, certamente está louco! Dizem que ele está mantendo um casal preso aqui no castelo! Um dos guardas comentou a outro que vigiava a torre.

- Sim! Estamos todos alerta pois há algumas pessoas que o visconde deixou para trás, essas estão furiosas com ele! Tudo isso deve ser alguma fuga, dizem que ele está devendo para muitas pessoas. O guarda retrucou com o outro, eram tantos boatos sobre o visconde Chagney, que era difícil saber o que era realmente verdade.

Reymond ouviu todos os boatos, escondido caminhava com destreza até uma outra parte do castelo, a ala dos empregados.

- Querida, deve ir levar o chá ao visconde. Sabe que ele é muito rígido com horários. A empregada entrega a bandeja a uma jovem que tremia.

- S-senhora. Por favor, não pode levar a senhora? Eu não estou me sentindo bem... Estou, um pouco nauseada. A jovem cambaleou e se sentou numa cadeira.

A empregada mais velha, assentiu. Sabia que a jovem tinha trabalhado muito e merecia um pouco de descanso.

Reymond se viu sozinho com a jovem, ela vestia um uniforme de empregada e apertava as mãos nervosas.

- Bom dia, senhorita. Reymond surgiu das sombras, espantando a jovem.

Tamara tinha trabalhado sem parar nos dois dias que estava naquele lugar, servia Cecile e ao visconde que sempre a assediava quando estavam sozinhos.

- Calma! Não farei mal. Vi que está nervosa, isso se deve ao fato de estar servindo o visconde??

Tamara se calou, quem seria aquele que fazia perguntas tão invasivas?

- Não se preocupe, não sou amigo desse crápula! Estou aqui em busca de informações, se me ajudar prometo te tirar daqui. É o que deseja? Reymond ofereceu a mão a jovem que hesitou.

- Irá ajudar a meu noivo? Pode fazer isso?? A jovem falou a primeira vez com Reymond que concordou com o comentário.

- Claro! Pode falar um pouco do que está acontecendo aqui. Venha, tenho um lugar que ninguém nos achará. O homem abriu uma passagem secreta ao lado da dispensa, revelando uma escada sem fim.

Tamara ponderou, seria sensato estar se arriscando com um desconhecido?

" Mas, se eu não o seguir... Vou perder a minha única chance de sair daqui" a jovem seguiu o homem, parando em um cômodo iluminado apenas por velas.

- Esse castelo é muito antigo, muitas passagens eram feitas para os donos se esconderem de ataques. Agora, essas passagens só são meras memórias... Reymond limpa uma cadeira com seu lenço e oferece para a jovem se sentar.

Tamara ouve o que aquele homem misterioso tinha a falar. O que ele contará era algo muito difícil de se acreditar, mas levando em consideração o que ela estava passando com seu noivo, aquilo poderia ser muito bem verdade.

- Pois bem, senhorita Tamara. Essa é a história. Estou aqui para coletar informações do castelo, uma amiga muito querida está aqui. Ela está sendo presa por Rauol. Reymond olhou para a jovem que começou a contar a ele tudo que sabia.

Meia hora depois, Tamara estava com Cecile em seu quarto.
A jovem se sentia culpada em ver a pobre Cecile presa naquela cama, muitas vezes ela se distraia com Tamara com alguma conversa, mas sempre a via com um olhar vazio e triste.

- Sabe, Tamara... Meu marido me disse que posso sair um pouco. Não queria usar aquilo. Cecile aponta a cadeira de rodas e suspira.

- Mas, estou cansada de estar nesse quarto. Me sinto presa. Você poderia me ajudar?

Me liberteOnde histórias criam vida. Descubra agora