21.

87 12 4
                                    

Cecile acordou com uma dor de cabeça terrível, o sol de Paris estava no alto, ondas quentes e uma suave brisa em seu rosto.

- Bom dia! Erik saiu do banho, enxugando os cabelos.

A jovem fez uma careta ao ver o homem gritar, sua cabeça estava latejando.

- Você dormiu além da conta, eu me pergunto se foi por causa do champanhe ou do Whisky?

Cecile ficou calada, era cedo demais para discutir. Levantou-se da cama, e com passos pesados entrou no banheiro.

- Certo, não vamos falar mais sobre ontem. A jovem saiu do banheiro com um vestido verde com um corset apertado, as mangas de um tecido suave caiam nos ombros e braços.

- Se você quer assim... Assim será. Mas eu acho engraçado que.... Você não me disse que tinha uma voz tão bonita. O que você pensou a fazer aquilo? De certo, não tinha nada nessa cabecinha. Erik cruzou as pernas e bebericou seu café.

- Liberdade. Só quis me sentir livre. Satisfeito? Os olhos da jovem estavam cansados e tristes.

- E você não tem? Convenhamos, você é herdeira de uma grande fortuna.

- Você é dono disso. Eu não. E... Bem Erik se você quer a verdade, aqui está, meu pai ao longo da vida contraiu inimigos, por conta disso eu não tenho muita liberdade, se você acha que tenho, achou errado.

- Inimigos? Que tipo de... inimigos?

- Da indústria, da sociedade... de todo lugar, meu pai nunca quis se juntar a eles, nos seus esquemas sujos e corruptos. Como filha única, preciso tomar cuidado e não me expor muito... por isso... você deverá ficar aí meu lado.

- Você se expôs ontem...

- Sim. Foi ótimo. Sentir que eu poderia estar livre. Mas não sei que não será possível. Meu pai fez de tudo para juntar pistas e entregar esses bastardos para a justiça, mas eles são espertos...

- Você corre perigo, senhorita? Erik lançou um olhar preocupado.

- Senhorita? Cecile achou graça em ouvir o homem falando tão formalmente com ela.

- É... De certo, eu te avisei que queria uma arma. A qualquer momento, você deverá me proteger. Gostaria de viver sem nada disso. Mas... E deixar tudo que tenho, para algum idiota que iria torcer para que algo de ruim me aconteça? Prefiro me arriscar com você, pelo menos você é forte e dá medo a às pessoas. Cecile apontou para o homem que riu.

- Corajosa. Se depender de mim... você será protegida. É o que ando fazendo desde que te conheci, não é?

- Não faz mais do que a obrigação. Mas mudando de assunto... Novo dia e novo mistério, onde iremos? Cecile pegou um biscoito da mão do homem e sentou em sua frente.

- Se você estava querendo biscoitos, aqui.... Tem muitos deles. Francamente Cecile... Erik bufou.

A jovem apenas assentiu e lançou um olhar sarcástico.

- Irei te mostrar onde vivi e ver se ainda tenho minhas coisas.

- Hum... interessante. Você viveu em algum esconderijo? Do jeito que você fala deve ser.... Cecile riu e tomou um pouco de chá.

Erik apenas sorriu, aquela jovem era impertinente e sem noção.

Erik saiu alegando que precisava comprar algumas coisas, Cecile estava já recuperada de sua ressaca, e sem que o homem a visse o seguiu.

"Não estou o seguindo ... eu apenas quero sair um pouco do quarto e respirar um ar novo" A jovem deu de ombros, ela não estava preocupada e nem curiosa, não ... era apenas um passeio ... uma exploração.

Me liberteOnde histórias criam vida. Descubra agora