A noite estava tão bonita, através da janela Cecile observava as belas estrelas. Já tinha bebido todo e champanhe e agora tinha pego uma garrafa de Whisky que estava já no quarto.
" O que ele pensa que eu sou? Uma criança que precisa ser cuidada? Eu estou super bem, não preciso daqueles sermões intermináveis dele" a jovem pousou o copo na mesa e saiu do quarto.
Não sabia muito bem o que estava fazendo, era fato. Ela estava querendo simplesmente se divertir, viver e sentir que era livre.
Passando pela recepção, a jovem viu a senhora que a aguardava com um olhar cauteloso.
- Boa noite, Carlota. Sobre mais cedo, eu... realmente não deveria ter falado aquelas coisas, eu sinto muito. Espero que a senhora me perdoe, por eu ter tido um comportamento tão lastimável.
A senhora estava perplexa, a senhorita petulante estava pedindo perdão? Aquilo era novo.
- Eu estou um pouco nervosa, eu me casei e estou tentando ser uma boa esposa, eu apenas fui rude. Cecile continuou.
- Senhora Destler, não há necessidade de desculpas, eu compreendo. Mocinhas assim ficam nervosas, e bem... Cada uma reage de uma maneira, eu agradeço por se importar comigo. Carlota sorriu gentilmente.
" É... A menina não era tão malcriada, certeza que seu marido a fez ter um pouco de juízo"
- Ótimo! Isso é ótimo! Cecile sorriu e entrou no bar do hotel.
Era madrugada, e havia poucas pessoas. O bar tinha uma decoração muito fina, com madeiras entalhadas, lustre e um palco.
" Nem posso pedir uma bebida..., mas" a jovem sorriu ao ver o palco vazio, sem pensar dias vezes, ficou no meio dele, com uma iluminação baixa, o bar parecia muito acolhedor.
A bebida estava começando a fazer efeito, Cecile deveria ter se controlado, misturar tudo aquilo era de fato uma bomba relógio, prestes explodir.
Mas no centro do palco, talvez aquele instante ela apenas queria cantar... sim, como sua mãe sempre cantava, e a fazia tão feliz, cantar e sonhar com sua família reunida, aquilo era bom.
"Parlez-moi d'amour
Redites-moi des choses tendres
Votre beau discours
Mon cœur n'est pas las de l'entendre
Pourvu que toujours
Vous répétiez ces mots suprêmes
Je vous aime"*Os poucos clientes do bar se animaram ao ver a jovem tão concentrada naquela canção, era estranho ver uma dama com um penhoir de babados, no meio de um palco num bar de madrugada.
Carlota ouviu o barulho vindo do bar, eram aplausos e gritos.
Se aproximando de lá, viu Cecile no palco e ao olhar dos lados nem sinal de seu marido.
Se fosse a uma hora atrás, Carlota não iria se importar, na verdade a jovem petulante tinha sido tão mal educada, mas agora... Que Cecile foi tão verdadeira a respeito do pedido de desculpas. A senhora iria informar sobre aquilo para seu esposo, não era muito seguro uma jovem andar sozinha, mesmo sendo um bar de um hotel sofisticado, coisas ruins poderiam muito bem acontecer.De volta ao quarto, Erik estava dormindo profundamente. Mas algo o tirou do seu sono, um barulho irritante. Era o telefone do quarto, que tocava e tocava sem parar.
Ainda sonolento, Erik foi até o telefone e atendeu.
- Sim? O homem falou sem paciência.
- Senhor Destler? Oh ... finalmente! Senhor.... Sua esposa ela está aqui no bar do hotel. Percebi que ela está desacompanhada, e bem... resolvi avisá-lo.

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Me liberte
RandomCecile é uma jovem determinada, e sempre lutou para conseguir sua tão sonhada liberdade. Com a morte de seu pai, e um estranho contrato para a decisão da herança. A jovem parte em busca de uma alternativa para continuar trabalhando e não depender d...