68.

23 2 0
                                    

3 dias antes...
Paris

A noite estava tranquila na residência de Reymond, Janice tinha oferecido a sua companhia para o homem que gostava de ler durante seu tempo livre em sua biblioteca.

Nada estava sendo anormal naqueles dias, Reymond tinha passado mais tempo dentro de casa e não deixava nem Janice ou a irmã sozinhas, sabia que Raoul iria revidar e não queria estar despreparado para qualquer situação.

- Rey, irei me retirar. Está tarde, preciso descansar... Você sempre foi tão noturno, não consigo ficar acordada até tarde. Por favor, não vá dormir muito tarde, você precisa me ajudar a montar o berço amanhã. A jovem que tinha começado a chamá-lo de Rey, sorriu e guardou o livro que estava lendo na estante.

O homem beijou levemente a jovem e a acompanhou até seu quarto.

Reymond era perspicaz e ouve alguns passos no telhado, sem alarmar as jovens o homem só acompanhou os sons que o levou até os fundos da casa.

" Quem for que seja, não está aqui para uma visita de cortesia" Reymond pensou tirando de seu casaco uma adaga.

O jardim estava silencioso, nada ouvirá de lá, apenas os cantos dos grilos. Mais adiante o homem avistou algumas pegadas e finalmente uma sombra.

"É tão patético essa tentativa de me matar" o homem sorriu ao se esconder e ver um outro movimento entre as árvores.

O ataque foi rápido, Reymond ainda deu uma oportunidade para o homem misterioso, mas foi tudo em vão. Ele era mais habilidoso, tinha anos de experiência e treinamento para qualquer situação.

- Você achou que vindo de noite poderia me matar? Reymond apertou o pescoço do homem que tentava se desvencilhar.

- Diga-me, quem te mandou? Um estúpido de fato, já que foi burro o suficiente para mandar um inútil... Ou... Esperem.... Olá, cavaleiros! Reymond empurrou o homem que caiu e depois ficou em posição de ataque ao ver mais sombras entre as árvores.

- Estava quase desacreditando de seu chefe. Vejo que ele não é tão bobo assim... Aquele filho da puta, ainda pode usar seu cérebro para além de transar. Reymond sorriu sarcasticamente, seria divertido aquilo.

Se livrar dos outros homens foi como uma brincadeira de criança, uma adaga foi suficiente para cortar alguns pescoços e ferir outros.
Pediu pelo nome de quem havia mandado aquelas pessoas, ninguém estava disposto a cooperar, porém ele não pode deixar de notar que conhecia alguns daqueles homens.

" Então... Meus velhos amigos retornaram..."

- Sei que roubei o seu chefe... Aquelas joias foram muito bem usadas para a vila que ele mesmo destruiu ao pegar pela madeira... E oh, sim... Você é um dos capangas daquele conde sádico! Fui bonzinho ao deixá-lo vivo..., mas ele não foi grato... Reymond se aproximou do homem que tentava se levantar, mas estava ferido.

- Você o castrou!! Você acha que, meu senhor, está feliz assim!!! O homem gritou.

Reymond riu, de fato... Aquele conde seria conhecido agora como um conde "eunuco".

- Ele estava usando aquilo de forma errada e nojenta... Reymond pisou na mão do homem que se contorceu em dor.

- Então, diga-me... Essa reunião de meus adoráveis amigos, se deve por qual motivo? Não foi apenas um que mandou... Reymond se afastou ao ver que o homem iria falar.

- O visconde Chagney! Ele nos contou que iria dar carta branca a quem conseguisse matar você! Ele recompensaria, e iria deixar a sua cabeça para quem você provocou. Todos estão atrás de você! O homem vociferou tentando estancar o sangramento em seu lado.

Me liberteOnde histórias criam vida. Descubra agora