Paris,
Reymond se empenhou para buscar provas para acabar com Raoul. As provas eram essenciais pois só assim iria poder processar o visconde sobre o caso da gravidez da jovem Helena e aumentar as acusações para Cecile e Erik se verem livres desse homem.
Ele tinha meios para buscar informações, gostava de ser sempre minucioso, e muitas vezes ajudava Erik e Persa a pegar pessoas de má índole que trabalhavam no Opera.
- Esse aqui abriu a boca logo na primeira tentativa de quebrar em de seus dedos. Reymond riu, a cena de ver um brutamontes chorar ao ver que iria perder um dedo era impagável.
Janice tinha se encarregado em ajudar o homem, sua irmã era muito inocente e apenas queria viver livre e longe do homem que abusava sempre dela. Janice não queria apenas a liberdade, e sim vingança por tudo que ela e sua irmã passaram.
- Queria ter visto isso... Como descreve deve ter sido engraçado. Janice olhou para Reymond que estava brincando com uma adaga.
- Sim, de fato. Agora temos uma confissão de três capangas. E amanhã irei visitar o Sr. Banqueiro. O homem sorriu e depois observou a jovem se aproximar.
Janice sempre o agradecia, sem ele ou Persa ainda estaria presa naquele lugar. Reymond era um bom homem, mesmo com seu trabalho em roubar e enganar, ele nunca escondeu nada dela e sempre contava sobre sua vida.
- Eu agradeço por fazer isso por nós. Se fosse outra pessoa, iria esquecer dessas jovens pobres órfãs. Janice segurou a mão do homem e o olhou com ternura.
- Não é necessário me agradecer. Faço isso pois sou um homem com senso de justiça. Nunca irei saber a sensação de ser um órfão, pois meus pais mesmo que distantes ainda mantém contato comigo. Porém eu quero que você e sua irmã não tenham que passar por algo ruim nunca mais. Reymond apertou de leve a mão da jovem e retribuiu o olhar tenro.
- A bondade que não vi por metade de minha vida, vejo em você. E ... Quem diria num vigarista. Janice provoca o homem, ultimamente os dois trocavam olhares e provocações constantes.
- Nunca me vi como um vigarista. Talvez alguém que leva para os mais necessitados, doações. Reymond dá de ombros e sorri sarcasticamente.
Janice esconde o sorriso, aquele homem sempre a fazia rir. Com aquele sarcasmo e longas conversas sobre suas aventuras.
- Você aceita novas doações, Sr. Reymond? A jovem se aproxima do rosto do homem que ao ver aquilo pisca sem entender.
- Doações? Ah ... O que....
Janice beija suavemente os lábios do homem, envolvendo seus braços em seu pescoço.
Reymond ao sentir o toque quente dos lábios da jovem, apenas a segura pela cintura e a equilibra ainda de pé.- Sinto muito... Eu ... Janice estava assustada, nunca tivera vontade de beijar ninguém. Sempre sentia nojo de ser tocada ou beijada pelos homens que a usava, mas com Reymond, aquilo era diferente.
- Eu não sinto muito. Eu gostei desses tipos de doação.... Se eu tivesse diariamente doações deste tipo... Quer dizer, doações exclusivamente suas, deste tipo. Iria ter uma vida longa e feliz. Reymond se enrola para falar, mas não escondia seu sorriso.
- Não pense que fiz isso pois você foi bondoso, não é uma recompensa. Eu fiz isso pois eu senti dentro de mim que era o certo a se fazer. Que você era o homem certo.... Eu... Me desculpa. Janice corre e sai do cômodo, deixando um Reymond confuso.
No dia seguinte Reymond visitou um dos banqueiros mais poderosos da cidade, aquele homem tinha perdido uma fortuna com um dos negócios de Raoul e estava possesso para colocá-lo na prisão também, ao saber que o visconde tinha sumido de Paris o banqueiro tratou de contratar investigadores para rastrear seu paradeiro, e para a surpresa de Reymond, os homens tinham achado Raoul que estava hospedado em um dos hotéis que ainda pertencia a ele em Londres.
- Reymond, sei que temos um passado complicado ... sobre seus roubos aqui neste banco ... O senhor fumava um charuto e observava o homem que o interrompeu.
- Roubos? Oh, Sr. Banqueiro .... aquilo foi um mal-entendido, como alguém como eu, roubaria alguém? Um podofilo e um infiel marido ... céus ... eu nunca iria fazer tamanha maldade. Reymond cruzou os braços e observou a sala elegante do banco.
- Garoto ... você sempre tem uma explicação para as suas malcriações ... seus pais devem penar em educá-lo. O banqueiro ri e dispõe do que ele tinha investigado para o homem.
Reymond voltou para casa radiante, tudo estava chegando ao fim e apenas iria esperar o sinal de Persa para colocar o que ele estava planejando fazer em ação.
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Me liberte
RandomCecile é uma jovem determinada, e sempre lutou para conseguir sua tão sonhada liberdade. Com a morte de seu pai, e um estranho contrato para a decisão da herança. A jovem parte em busca de uma alternativa para continuar trabalhando e não depender d...