16.

84 14 7
                                    

Do lado de fora do chalé, Erik e Persa estavam sentados observando o horizonte repleto de arvores. Já era estava anoitecendo e persa estava ansioso para saber mais de Cecile e de como Erik a conhecerá.

- Tudo isso é uma história e tanto, eu tentei de achar por um bom tempo, nunca iria imaginar que você acabaria em Londres! Persa colocou as mãos no cabelo, ainda processando tudo que Erik tinha contato.

- Eu sei... quando eu estava perdendo as esperanças, Cecile apareceu ... eu não sei o porquê eu ainda estou com ela, não que ela seja uma dama ruim... ela, apenas está tentando se defender... eu acho. Erik respirou fundo, toda aquela brisa da floresta, era de fato muito boa.

- Certo, eu lhe proponho esquecer tudo isso, por alguns dias. Senti sua falta, você pode ficar aqui. Persa colocou a mão no ombro do amigo.

- Seria ótimo, Colin está tão grande. Me sinto tão chateado em não ter visto ele crescer. Christine iria ficar tão feliz, em mimar essa criança, e Persa gostaria de lhe perguntar, onde ela foi enterrada? Erik ficou cabisbaixo, pensar que ele e sua musa iriam dividir uma vida juntos e tudo se foi tão rápido.

- Colin iria amar ter os tios por perto ... e Erik, a gente a enterrou no mausoléu da família Daae. Persa confortou o amigo num abraço.

Colin saiu em direção ao pai e ao amigo, eles estavam tristes e o garoto simplesmente pulou no colo de Erik tentando o agradar.

- Tio! Porque você não vem ver minhas varas de pesca? Papai que fez e a mamãe sempre assa cada peixão assim! O menino abriu os braços sorrindo.

Persa deu um sorriso e bateu nas costas de Erik.

- Você pode ir ver esse exímio pescador, depois vamos conversar e nos distrair por uns dias, que tal? E posso conhecer um pouco sua esposa ... Cecile, não é??

- Sim... Cecile não é muito contida, na verdade ela poderá soltar alguns palavrões...

Persa riu e mudou de assunto, estavam tentando se recuperar, dois anos longe e sem notícias, era de se desesperar, mas agora teriam um tempo para colocar tudo em dia.

Cecile já estava melhor, sua perna não estava mais doendo e agora estava ajudando Meg no jantar.

- Nossa, eu pensei que você seria uma dama sem nenhum dote culinário, e vejo que você se vira bem... Meg olhou a jovem cortando algumas batatas.

- Eu sei me virar, minha mãe sempre me ensinou a fazer as coisas, ela me falava que se eu quisesse algo, independente do que seja, eu deveria correr atrás e conseguir.

- Um bom conselho. Eu te julguei por conta desse vestido, e de sua postura tão altiva.

- Ah ... esse vestido? Sim, ele não foi feito para longas caminhadas..., Mas, Erik não me deu muitas opções...

- Calma... Erik que escolheu esse vestido??

- É uma longa história...

- Hum... você tem todo tempo do mundo, se quiser contar...

- Resumindo, minha empregada mais jovem quando eu disse que iria viajar para Paris, pensou que seria uma lua de mel, eu não quis falar que não era... E bem... ela arrumou minha mala, e colocou apenas lingeries e camisolas transparentes...

Meg estava escutando com atenção, porém não segurou o riso ao ouvir aquela história.

- Sua empregada foi bem ousada. Admito que foi algo muito engraçado. E Erik... Ele te viu com alguma das lingeries??

Cecile quase se cortou ao ouvir aquilo, seu rosto mudou de cor, estava azul de vergonha e olhando sem graça para a jovem.

- Também é uma longa história...

- Conte-me! Nossa, eu estou começando a adorar vocês juntos. Meg abriu um largo sorriso.

Assim, Cecile contou tudo que aconteceu nesse período que esteve em Paris, todas as desventuras que sempre fazia a jovem ficar tão próxima de Erik.

- Cecile!! Realmente... tudo o que você me contou. Não é todo dia que ouço... você é legal... Gostei de você. Meg e Cecile já estavam sentadas, com o jantar pronto, conversavam sem parar.

Erik e Persa entraram no chalé, estavam sorridentes e viram as mulheres também conversando animadamente na mesa.

- Elas se deram bem. É um bom sinal, não é? Persa sussurrou para o homem.

- É.. Talvez, ou não. Elas podem estar tramando algo.

Colin ficou praticamente todo o tempo com Erik e seu pai, achava aquele homem mascarado muito curioso e queria ficar perto dele, pois assim poderia descobrir se ele era algum super-herói, ou algo do tipo.
Com alguns questionamentos o garoto arrancou alguns sorrisos de Erik, que achava graça em ver que Colin estava disposto a revelar uma identidade secreta de um suposto super-herói.

- Erik? Você e aquela moça... vocês são namorados?? Colin já estava no colo do homem, todo curioso.

- Filho, eles são casados. Igual a mamãe e eu. Persa comentou para o menino.

- Oh... legal. Vocês formam uma boa dupla de dois. Né, pai? Colin cutucou o braço de Persa.

- É sim... eles iram passar a noite aqui, você não acha super legal?? Persa olhou para o filho.

- Super!! E... Agora eu vou comer, mamãe!??? Colin pulou do colo de Erik e correu para Meg.

Meg serviu o jantar a todos, Cecile achou estranho ter uma mesa assim tão cheia de pessoas. Era interessante ter com quem conversar, Colin era uma criança muito arteira e animada, ela gostava disso.

- Final do dia, e eu não te matei ou te deixei sozinha na mata. Ganho pontos por isso, não é? Erik se deitou na cama, e virou para Cecile que estava sentada.

- Engraçadinho. Sim, estou viva. E seus amigos são normais, e eu duvidando que você teria algum amigo, Meg é realmente muito gentil e bem-falante.

- Oh sim, ela gosta de conversar. E sim, senhorita Cecile eu tenho amigos, creio que você ainda tem em mente a imagem de um monstro não? Porém obrigado por aceitar ficar aqui hoje, prometo que amanhã cedo podemos partir...

- Não. Vamos ficar mais um dia. O ar do campo faz bem. E eu estou um pouco cansada. Mais um dia de descanso irá ser melhor, você sabe...

Cecile tocou na perna, já estava sem a prótese, mas ainda estava com um pouco de dor.

- Certo. Quando voltarmos iremos ao médico. Se continuar as dores.

- Não é preciso. Estou bem, eu apenas andei demais hoje ... só isso. Agora vamos dormir.

O homem apenas assentiu e virou para o outro lado, aquele dia foi muito bom. Reencontrou seu amigo, Meg e o pequeno Colin.

" Para ficar perfeito, só faltava matar aquele maldito visconde!" Erik ainda planejava um meio de acabar com o motivo do seu sofrimento.

Me liberteOnde histórias criam vida. Descubra agora