Me liberte

53.

Persa e Reymond prepararam tudo para invadir um dos negócios de Raoul, o local era longe da cidade e tinha uma forte vigilância.

- Amigo... Iremos nos divertir aqui. Reymond tirou as adagas do casaco e sorriu.

Persa observou toda movimentação de homens daquele lugar e caminhou com seu revólver para a parte de trás do prédio.

- Isso será... Interessante. Persa agarra um dos seguranças pelo pescoço e o abate.

Reymond e Persa se infiltram no prédio, percebem que várias mulheres eram mantidas presas em pequenas celas, ambos se sentiram mal por ver tudo aquilo.

- Vamos soltá-las. Você vai para frente e ensine uma lição nesses cretinos! Reymond começa a abrir as celas e Persa avança para outro cômodo.

Reymond tinha estudado em grandes universidades, sua família era de prestígio, mas o homem nunca foi feliz sendo um mero membro da sociedade francesa, num dos encontros com Persa, o homem conheceu Erik. E daí, a amizade dos dois foi se formando.

Reymond era um vigarista nato, tirava das pessoas mais ricas seus bens e os distribuía. Era uma espécie de justiceiro, andando por Paris fazendo justiça e ajudando os mais pobres.

As jovens estavam assustadas, muitas eram jovens demais e estavam chorando. Reymond abriu todas as celas e direcionou as jovens para fora do prédio.

- Vocês, fiquem escondidas. Irei retornar. O homem tentou acalmar as jovens que estavam felizes e ainda sem saber o que estava acontecendo.

- Eu vou com o senhor!! Uma voz tímida agarrou o braço do homem.

- Senhorita... Isso é perigoso...

- Não! Eles...eles machucaram minha irmã... Eu quero ajudar! Eu quero matar esses desgraçados. Uma jovem de cabelo loiro se aproximou de Reymond.

- Helena minha irmã, ela está grávida de um daqueles monstros! Eu quero vê-los sofrer. Senhor, por favor... A jovem aponta para uma menina mais nova que ela que tremia e tentava puxar a irmã para perto dela.

- Posso ser útil. Por favor. A jovem suplica com os olhos marejados.

Reymond suspira e acena com a cabeça. Ambos entram novamente no prédio.

Persa tinha abatido seis homens, escondido via que ainda tinha mais uma dezena deles no salão principal.

- Persa... Bom trabalho. Reymond surge com a jovem atrás dele.

Persa encara o amigo e depois a jovem, estava confuso.

- Não pergunte. Agora tenho que olhar a mim e a jovem. Perigo em dobro, isso não é magnífico! Reymond sorri e corta uma corda com a adaga deixando cair um lustre no meio no salão.

- Você e sua cuidadosa entrada. Persa observa os homens assustados, muitos foram atingidos pelo lustre.

- Não me faça elogios... Agora vamos. Senhorita, por favor fique atrás de mim. Reymond balança os braços em direção a escada.

A jovem estava decidida em matar aquele que tinha feito aquela monstruosidade. Mas observando todo o salão, não via a pessoa que abusava de sua irmã mais nova.

- Ele não está aqui... O visconde, onde ele está! A jovem repetia várias vezes para Reymond que tenta evitar que ela fizesse algo absurdo.

- Senhorita... O visconde não está. Viemos aqui justo hoje porque ele não iria estar, queremos deixar um recado para ele. Reymond agarra o braço da jovem e desfere um golpe no pescoço de um dos homens que tentava atingir a jovem.