Somos dois insanos, então!

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2 anos atrás

- Peter? - Entro na sua garagem em sua procura - A sua garota preferida no mundo está aqui, e ela trouxe pizza.

- Maya? O que está fazendo aqui? - O Peter diz surpreso.

Eu tenho passado bastante tempo com o Peter, mesmo o Arthur me aconselhando a não fazer isso. Acabamos virando muito amigos, mesmo eu sentindo certa atração física por ele.

- Desde quando eu devo avisar quando eu venho aqui? - Digo colocando a pizza na mesa.

- Você não deveria estar aqui! - Ele suspira meio triste.

- Porquê? - Digo brava e ele me analisa - É por causa daquela lei idiota, né? - Ele assente.

- Você sabe que é contra a nossa lei - Eu o olho atentamente e ele abaixa a cabeça.

Na gangue que o Peter participa, é proibido eles se envolverem amorosamente com alguém de outra gangue. Ele poderia ser morto, se algo assim acontece.

- Primeiro: Eu não sou membro de nenhuma gangue - Eu enumero nos dedos - Segundo: Mesmo considerando muito o Arthur, ele não é meu irmão de sangue - Eu suspiro - E terceiro: Não estamos fazendo nada de errado, somos só amigos - O Peter arqueia as sobrancelhas.

Ok. Eu menti na última parte!

- Ok, Maya! - Ele vem até mim - Primeiro: Você sabe mais do que deveria, ou seja, você meio que faz parte da gangue, só que inativamente - Ele dá dois passos até mim - Segundo: Sendo irmã de consideração do Arthur, que é líder de uma gangue, a lei te inclui também - Ele dá mais dois passos até mim - E terceiro: Você sabe que o acontece entre a gente não é só amizade - Ele dá mais um passo, ficando na minha frente.

- Devo entender que vivemos um amor proibido? - Pergunto brincando.

- Parece que sim - Ele ri e rodeia os braços em minha cintura.

- É insano eu disser que isso torna as coisas mais excitantes? - Eu rodeio os meus braços em volta do seu pescoço.

- É insano eu querer te beijar, mesmo sabendo que não devo? - Eu sorrio.

- Somos dois insanos então! - Digo me aproximando.

No momento seguinte estamos nos beijando com pressa e urgência, mas cheios de paixão e fervor. Como se tivéssemos esperado uma eternidade por isso.

Uma parte de mim, diz que devemos nos separar, que isso é loucura, que isso vai dar merda. Mas a outra parte, que é a mais forte, diz que devo esquecer tudo e simplesmente me deixar levar.

Eu enfio as minhas mãos nos seus cabelos e mordo o seu lábio inferior, ele me puxa mais para ele enquanto aperta a minha cintura.

Eu posso não saber o que está acontecendo, mas eu estou disposta a arriscar, afim de viver o que estamos fazendo.

Atualmente

Ouço alguém batendo na porta, mas não levanto da cama para ir. Olho para a Sarah pedindo silenciosamente para ela ir.

Ela ri e vai até a porta, alguns minutos depois ela volta pro quarto com um sorriso maroto no rosto.

- É pra você! - Eu a olho desconfiada, mas me levanto.

- Nath? O que está fazendo aqui? - Me escoro no batente da porta.

- Oi, Maya! A Ambre me convenceu a falar com você sobre a aula de hoje! - Eu cruzo os braços - Desculpe!

- Eu confesso que por pouco eu não te dava um chute! - Eu sorrio debochada - Mas não tem problema Nathaniel, foi só no momento mesmo - Dou de ombros - E quem nunca quis dormir na sala? - Ele ri.

- Eu ainda nem sei porque ainda frequento a facul, não tem nada pra mim mesmo - Ele dá de ombros - Mas a Ambre acaba se preocupando comigo e eu preciso que ela só se preocupe com ela agora.

- Tem algo acontecendo com ela, né? - Ele fica sério.

- É melhor mudarmos de assunto! - Dou de ombros - Ah! Quase me esqueci... - Ele tira um CD do casaco - Eu te trouxe isso.

- Um CD do Crowstorm? - Eu pego o CD e analiso a capa.

- Pois é! Só vê se não vira uma daquelas fãs histéricas que usam uma camisa "Castielove". Isso dá nojo - Eu rio.

- Vou te dar uma dessas de presente. - Eu brinco.

- Você nunca vai me fazer usá-la! - Ele ri - Até, Maya - Ele se distância e eu entro dentro de casa.

- Quem era o Gatinho? - A Sarah pergunta quando entro no quarto.

- Nathaniel, amigo meu! - Ela sorri maroto. - Não começa, se não te taco uma almofada! - Eu a ameaço e ela ri.

- Foi mal! Esqueci que seu lance é com o roqueiro ruivo - Lhe lanço um olhar mortal.

Me sento na cama, mas alguém bate na porta novamente, eu murmuro alguns palavrões e me levanto.

- O que estão fazendo aqui? - A Rosalya e o Alexy entram no meu apartamento.

- Ela tá louca! - O Alexy diz - Ela me arrastou até aqui, dizendo ter algo importante para dizer. - A Rosalya se senta em uma cadeira na nossa frente.

- Faz um tempo que quero falar uma coisa para vocês! Por isso eu chamei vocês naquele dia na loja do Leigh. - Eu olho para o Alexy.

- Se alguém não tivesse trazido penetras junto com ele, nós já saberíamos disso! - A Rosalya suspira.

- Eu não podia adivinhar - Eu reviro os olhos.

- Se ela chamou só nós dois, era só nós dois Alexy! - Eu digo brava.

- Parem de me interromper! Já que vocês não atendem telefone - Ela me olha - E saem convidando metade da turma para uma conversa íntima - Ela olha o Alexy - Eu tive que tomar uma atitude.

Ela altera o olhar do Alexy para mim, o Alexy se inclina para mim e cochicha em meu ouvido.

- Eu disse que ela está maluca! - Eu rio.

- Eu não estou maluca, eu estou grávida! - Eu e o Alexy arregalamos os olhos e caímos sentados no sofá.

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