Estou aqui, caso você precise!

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Algumas semanas depois.

Já faz um mês desde que as aulas voltaram, junto com a minha rotina. Eu trabalhava, estudava e às vezes saia com meus amigos.

Eu não tenho visto muito o Castiel, somente nos finais de semana, aonde nós aproveitamos sempre ao máximo.

A questão é que ele tem estado bem ocupado ultimamente com os ensaios e tal... mas temos trocado bastante mensagens e ligações.

Eu e a Ambre acabamos mantendo o contato, ela estava bem mal com o que aconteceu com o Nathaniel. Ele até agora não deu um sequer sinal de vida, nem nada.

Mas a Ambre marcou um tipo de reunião entre algumas pessoas mais próxima a ele. Não sei direito quem vai, mas sei que vai ser na casa do Castiel.

Ela disse que não aguentava mais ficar sem notícias e para ser sincera, é compreensivo, imagina alguém tão importante para você sumir assim do nada, por um mês...

O Nathaniel é a única família dela, os pais deles sempre foram conservadores e sempre os encheram de críticas. Lembro, que o pai do Nath até batia nele e tal.

Era realmente muito complicado... eu nem imagino como seria minha reação ao ter ou a Sarah ou o Arthur desaparecidos assim.

Visto um cropped preto e um shorts curto jeans, ponho um cinto preto e calço um tênis branco. Deixo meu cabelo solto, colocando a bandana que a Sarah me deu.

Saio de casa de moto, já sendo unas 10 da noite. Estava indo para aquela reunião que a Ambre combinou na casa do Castiel. Assim que toquei o seu interfone a porta se abriu quase que instantaneamente.

- Castiel? - O chamo ao entrar em seu loft. Vejo o mesmo na sala.

- Oi - Ele sorriu. - Você chegou um pouco cedo. Os outros ainda não chegaram, mas não vão demorar. - Sorri ladino.

- Que bom... Assim tenho tempo de te dar alguns beijos. - Corri para ele, rodeando meus braços em seu pescoço e beijando sua boca.

A verdade é que eu estava com saudades dele. Parecia que fazia uma eternidade desde a última vez que nos vimos. O mesmo correspondeu de boa vontade o meu beijo.

- Uau... - Ele riu quando nos separamos. - Também senti sua falta. - Ele me roubou um selinho.

Eu me sentei no sofá, já familiarizada com o ambiente. O Castiel serviu dois copos de refrigerante, enquanto suspirava. Só aí eu percebi olheiras profundas debaixo de seus olhos.

- Está tudo indo bem... com os ensaios e tudo mais? - Ele suspirou, parecendo cansado.

- Está bem puxado ultimamente... quanto mais nos aproximamos da chegada da turnê, mais ensaiamos... - Ele boceja. - Normal que seja puxado.

- Eles não podem pegar um pouco mais leve, Castiel? Olha como você está cansado. - Comento. - Fale com eles! - Ele arqueiou a sobrancelha, sorrindo.

- Se não você vai fazer o quê? Quebrar a cara do meu produtor? - Sorri ladino. Não seria má ideia.

- Talvez... - Dou de ombros. - Não é como se eu não tivesse coragem para isso... - Ele ri.

- Realmente eu não duvido de nada... - Ele deu um beijo em minha testa. - Eu estou bem, fique tranquila. - Suspiro. Se é o que ele diz...

- Ok, mas se precisar de alguém para socar a cara do seu produtor ou qualquer outra pessoa, pode me chamar. - Ele ri novamente, negando com a cabeça.

- Apesar do cansaço, estou feliz de ter companhia essa noite. Voltar para ficar sozinho aqui à noite está ficando cada vez mais difícil. - Ele suspirou. - O loft é quase grande demais para mim...

- Se você não voltasse tão tarde dos seus encontros e ensaios com o grupo, eu até poderia vir te ver. - Comentei.

- Se eu não saísse de lá mais de 4 da manhã, poderia rolar... - Assinto.

- Fora de cogitação eu acordar no meio da noite e sair da minha cama tão macia, quando estou em meu quinto sono. - Digo decidida. - O jeito é eu ficar aqui para sempre... - Brinco, fazendo o mesmo sorrir.

- Mas falando sério, o problema não é só o loft. Estou quase sempre compondo ou ensaiando sozinho. Pensei em pegar outro cachorro, mas... - Ele suspirou. - Não sei. - Ele negou com a cabeça. - De qualquer jeito, não vai ser o Dragon... Nenhum cachorro vai poder substituí-lo.

Dei um beijo em sua nuca e ele terminou de preparar os aperitivos para noite. Peguei um salgadinho de batata e levei até a boca.

- Estou aqui, caso você precise. - Dei de ombros.

- Eu sei... Obrigado. - Dois minutos depois a porta se abriu com tudo e a Ambre e a Kim entraram no loft.

- Não, Kim! Porque você insiste que liguemos para eles? - A Ambre falou irritada.

- Não somos nós que temos que fazer isso! É perigoso e... - O Castiel interrompeu as duas.

- Bem vindas... - Ele comentou, com a sombrancelha arqueada. A Ambre olhou para a mesa de centro.

- Sério, Castiel? Aperitivo? Será que eu estou com cara de quem quer fazer uma merda de lanchinho. - Ela exclamou, irritada. - Você achou que fosse um aniversário, é?! - O Castiel revirou os olhos.

- Oh... A boa e velha Ambre que todo mundo gosta está de volta. Amável, grata... está ótimo assim. - Ele disse sarcasticamente.

- Sério? Você acha mesmo que vamos querer comer amendoim? - O Castiel fez uma careta, ele estava claramente se irritando.

- Não, mas eu pensei que... Talvez você estivesse com fome! - Ele disse irritado, mas logo se acalmou. - Não te faria mal, você não acha? - A Ambre se sentou ao meu lado no sofá de um jeito raivoso.

Ela escondeu o rosto com as mãos e ficamos em silêncio por um tempo. Eu podia não ser amiga da Ambre, nem gostar de como ela tem descontado as coisas nas pessoas ultimamente.

Mas de qualquer forma, era compreensivo, eu agiria assim ou até pior se estivesse em seu lugar. Bati a mão em suas costas de maneira reconfortante.

- D... Desculpe... Eu... - Ela passou a mão pelos cabelos. - Será que podemos falar sobre o assunto principal? Minha cabeça vai explodir. - A Kim e o Castiel se ajuntaram a nós no sofá.

Todos permaneceram em silêncio antes de falarmos do assunto principal. Eu não faço a mínima ideia no que isso vai dar, mas tenho impressão que vai dar merda...

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