UMA DOCETE DIFERENTE

Eu fico feliz por você!

Eu e o Castiel andamos até meu apartamento em silêncio, não era um silêncio desagradável, nem confortável, era apenas um silêncio necessário.

Era como se ambos colocassem sua cabeça no lugar. E pensar que eu havia saído para desestressar... Acho que o destino simplesmente olha para minha cara e ri.

- Castiel? - O chamei e ele me encarou - Quando você viu a Ambre, você disse "ela recomeçou". Há quanto tempo você sabia disso?

- Teve uma época que era impossível localizar o Nathaniel. Então fui eu que cuidei dela... Ela parecia bem mais consciente do perigo naquela época... Fazia bastante tempo que eu não a via nesse estado. - Ele balançou a cabeça em negação, como se tentasse espantar esses pensamentos - Vamos falar de outra coisa.

- Você viu a nova fofoca sobre a gente? - Ele arqueiou a sobrancelha, confuso. - Postaram aquela foto nossa no cinema.

- Ah... eu vi uma coisa desse tipo por aí - Ele suspira e depois me encara - Você acha que deveríamos ser mais discretos?

- Por quê? Tem medo que descubram que o roqueiro ruivo tem um coração apaixonado? - Eu brinco.

- Não tenho vergonha de mostrar o que sinto por você, Maya. - Ele sorri - Só imagino que isso deve ter incomodar... eu sei como é difícil ser exposto assim.

- Eu não me importo... Sei que vou ter que me acostumar e que eles vão descobrir de qualquer maneira. - Dou de ombros - Que se dane o que eles pensam sobre isso.

- Essa é a minha garota! - Ele rodeia seus braços em volta da minha cintura e me dá um selinho.

- Você vai estar disponível nesse fim de semana? A gente podia sair para relaxar de alguma forma! - Eu sugiro ao enrolar meus braços em seu pescoço.

Eu precisava desesperadamente de um momento relaxante, longe de todo drama que é a minha vida. Não tava nem aí se estava grudenta demais, só queria extravasar.

- Desculpe, esse fim de semana eu vou estar ocupado com a banda. - Ele suspirou - Talvez daqui a duas semanas... - Foi minha vez de suspirar.

- Tudo bem... - Dou de ombros - Só não se esquece de mim, se não eu prometo que vou arrancar a sua orelha. - Eu brinquei e ele riu.

- Boa noite, Maya. - Ele me deu mais um selinho, antes de sair.

***

Já era sábado e eu estava na casa da Rosalya a visitando. Conversamos sobre vários assuntos, principalmente como ela tem se sentido ao voltar para aula.

- Mas me fale... você tem alguma novidade? - Eu penso por um momento. Na verdade eu tenho uma.

- Só uma... Eu estou namorando. - Ela arregalou os olhos levemente.

- Sério? Eu conheço? - Ela perguntou animada e eu dou de ombros.

- Humm... Me deixe pensar... Sim, é possível que você saiba quem é. - Fingo uma expressão pensativa - Ele está numa banda. E ele... - Ela me interrompe.

- Não! - Ela arregalou os olhos, surpresa - Vocês voltaram? - Eu dou de ombros, indiferente. - De qualquer maneira, para começo de conversa, eu sempre achei que vocês nunca deveriam ter terminado. - Ela sorriu.

- O que posso dizer? A vida é uma loucura. - Ela ri. - E aquele idiota consegue mexer comigo. - Eu revirei os olhos, fingindo tédio.

- Eu fico feliz por você! - Continuamos falando sobre o assunto. - Eu queria te perguntar uma coisa...

- O quê? - Ela parecia um pouco sem graça.

- É que... Eu e o Leigh vamos voltar para ver a casa da praia amanhã. Eu preciso ir. Até o momento eu não estava me sentindo preparada para isso. Acho que associei a casa ao... bebê. Eu já estava imaginando nós três chegando na casa. - Eu peguei em sua mão, como sinal de reconforto - Mas agora me sinto pronta de certa forma... Você não gostaria de vir com a gente?

- Vocês não preferem estar à sós? - Eu arqueei a sobrancelha.

- Eu gostaria que você fosse com a gente e assim evitar esse clima de "cerimônia". Eu queria chamar o Alexy também, mas sei que ele tem planos para amanhã. Eu preciso fazer isso amanhã, não posso esperar mais...

Eu entendi mais ou menos o que ela queria dizer. Ela queria quebrar alguma barreira, como se aquilo fosse a ajudar a superar mais rápido.

Mas ela não queria fazer sozinha, ela precisa de apoio e eu preciso extravasar de alguma forma. Então porque não juntar o útil ao agradável?

- Posso fazer isso, Rosalya. - Ela sorri.

- Obrigada. Isso é muito importante para mim. - Eu dei um meio sorriso para ela - Você pode chamar o Castiel, se você quiser!

- Ele não vai estar disponível nesse fim de semana - Suspiro. - Quem sabe na próxima? - Dou de ombros, fingindo indiferença. Eu realmente queria sair com ele e ter um momento relaxante a sós.

- O mais importante é você estar lá. - Ela me abraçou e logo após eu fui embora.

***

Vesti um cropped vermelho de alça e um shorts curto jeans e coloquei um cinto preto. Calcei uma sandália, passei um perfume discreto e fiz um coque bagunçado em meu cabelo.

Peguei algumas pulseiras minhas e pendurei um óculos de sol em minha blusa. Peguei minha bolsa, com celular, carteira e documentos. E saí de casa até o a loja do Leigh.

A Rosalya havia me pedido para nos encontrarmos lá e então iríamos no carro do Leigh até a praia. A mesma sorriu e me cumprimentou quando me viu.

- O Leigh vai dar as últimas instruções para os vendedores e já vamos. Ele acabou de receber uma nova entrega de roupas para o verão... - Eu assinto.

Assim que o Leigh saiu da loja ele me cumprimentou e deu um beijo na testa da Rosa. Logo em seguida entramos no carro a caminho da praia.