Diploma!

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Os dias passaram de forma monótona, sem nada de mais acontecendo até o dia da entrega dos diplomas. Eles havia providenciado o parque especialmente para aquela ocasião.

Andei na companhia da Sarah, Arthur e meus pais, procurando lugares vagos. Cumprimentei algumas pessoas enquanto andava.

Nos sentamos nessa ordem: Meu pai, minha mãe, eu, o Arthur e a Sarah. Conversamos aleatoriamente até começar a cerimônia.

- Você está nervosa? - O Arthur perguntou em forma de sussurro e eu o encarei.

- De todos esses anos, receber um diploma é de longe a coisa mais fácil que já tive que fazer, porque estaria nervosa? - Ele ri, dando de ombros.

Todos se silenciaram quando o diretor começou a falar, parabenizando cada um de nós e chamando o orador do ano para discursar.

A Priya havia sido escolhida para isso, todos ouviram atentamente suas palavras emocionantes, tenho a impressão que até vi algumas pessoas chorando.

Finalmente eles começaram a chamar os nossos nomes, um por um fomos pegar nossos diplomas. Na minha vez consegui ver meus pais tirando fotos e meus amigos batendo palmas e sorrindo para mim.

Eu sorri ladino, recebendo em minhas mão o meu tão sonhado diploma. Voltei para a minha família, recebendo um abraço de cada um deles e me sentei novamente em meu lugar.

As pessoas continuaram a receber os seus diplomas, mas eu não ouvia mais. Estava perdida em meus pensamentos totalmente no tédio.

- Por essa eu não esperava... - Saio de meus desvaneios ao ouvir o Arthur comentando algo.

- O que? - Olho na direção que ele está olhando, vendo o Nathaniel recebendo o seu diploma. - Peraí... não sabia que ele tinha passado de ano.

Que eu saiba ele passou mais tempo matando aula do que estudando, sem contar que ele estava ocupado resolvendo aquele assunto todo com a rede e tal.

- Pelo que a Ambre me disse, ele faltou em 70% das aulas, acho que nem ela sabia desse detalhe. - Procurei a Ambre com o olhar.

Ela estava encarando o seu irmão de boca aberta, totalmente chocada com o que estava vendo. Apesar de tudo ela parecia feliz por ele.

- Eu agradeço a presença de cada um de vocês hoje... - Depois de um tempo, enfim a entrega dos diplomas chega ao fim. - Para comemorar a vitória de vocês, terá um show nessa noite no Snake Room com o grupo Crowstorm... - Ele falou mais algumas palavras antes de finalizar.

Andei sendo parabenizada e retribuindo igualmente por quem eu passava. A Sarah saiu alguns minutos para ver o Hyun e eu fui até a Ambre e o Nathaniel.

Eu estava curiosa para saber como o Nathaniel havia passado de ano sem nem mesmo estudar. Vi a Ambre abraçando seu irmão, feliz da vida.

- E então? Como ele conseguiu esse prodígio? - Pergunto ao me aproximar deles.

- Oi para você também, Maya! - O Nathaniel falou com sarcasmo, me fazendo revirar os olhos. - E respondendo sua pergunta, eu procurei a alguns dias o diretor com minha monografia e consegui convencê-lo a me dar a oportunidade de fazer uma recuperação.

- E mesmo sem estudar mais da metade do ano você conseguiu? - Perguntei de sombrancelha arqueada.

- Apesar de não ter tido tanto tempo e ter passado de raspão, eu ainda recebia a matéria online e lia durante a noite. - Ele deu de ombros. - A leitura me fascinava, então eu lia todos os dias.

- O destino sempre nos surpreende, não é mesmo? - Pergunto, rindo. - Bom, vou deixar vocês, já matei minha curiosidade. - Saio dali, voltando para minha família.

Eles estavam com a Rosalya, não vi por perto nem o Arthur, nem a Sarah. Me aproximei sorrindo e parabenizando a minha amiga.

- Eu reconheci sua amiga, ela estudou com você no ensino médio, não é? - Minha mãe me perguntou.

- Sim, nós nos reencontramos no início desse ano. - Continuamos conversando naturalmente.

No final eu e meus pais saímos de lá juntos, eles iam voltar para a outra cidade essa noite, então aproveitamos um pouco de tempo juntos.

Andamos em direção a um restaurante aqui perto, rindo das piadas sem graças do meu pai e implicando uns com os outros.

Passei por uma rua vendo o Castiel conversando com algumas pessoas, não pareciam ser fãs, acho que fazem parte da equipe dele.

- Mas... não é o seu namorado? - Assenti com a cabeça para minha mãe, enquanto andávamos em sua direção.

- E aí, tudo bem? - Ele sorriu abertamente ao me ver.

- Oi! Eu saí um pouco mais cedo da entrega dos diplomas. Preciso começar a preparar o evento de hoje à noite. - Ele acenou com a cabeça para os meu pais. - Prazer em revê-los...

- O prazer é nosso. Pelo que eu entendi, você vai animar a noite de hoje. - Meu pai se manifestou.

- Sim, a faculdade fez o pedido. Faremos isso como voluntários essa noite. Ficamos felizes com isso. - Tive a impressão de ver a assistente do Castiel se debatendo contra alguma coisa.

- AU! - Sorri ao ver o Panqueca escapando dos braços da mulher e correndo que nem um maluco em minha direção.

- Meu garoto! - Ele pulou em meu colo e comecei a fazer um carinho atrás da sua orelha.

- O que é isso? - Meu pai perguntou de sombrancelha arqueada.

- Panqueca. - O Castiel disse com um sorriso, acariciando a cabeça da bola de pelos em meu colo.

- É um presente que dei ao Castiel. - Dei de ombros. - Ele ficou na dúvida, mas agora ele adora o cachorro. - O Panqueca abanou o rabo alegremente. Até parecia que ele sabia que estávamos falando dele.

- Hmmm... - O Castiel revirou os olhos, um pouco sem graça.

- Ele é uma graça. - Minha mãe disse sorrindo. Vi o segurança do Castiel tossir e acenar para ele.

- Bom, eu tenho que ir. A gente se vê hoje a noite? - Eu assinto, com um sorriso. - Tenham um bom dia. - O Castiel se afastou com o Panqueca e sua equipe.

- Aquilo era um guarda costas? - Assinto, indiferente.

- Considerando todas as fotos dele que vemos nos jornais de fofocas, não me espanta. - Minha mãe comentou, me fazendo arqueiar a sombrancelha. - Que foi? Nas férias eu preciso me mater ocupada. - Rio.

- Você não existe. - Continuamos caminhando normalmente.

Fomos em um restaurante espanhol, enquanto comíamos, conversávamos sobre meus futuros estágios. Eles fizeram questão de falar que estaria ao meu lado independente de minhas escolhas.

Me mantive indiferente ao falar do meu primeiro estágio. Eu não estava mesmo animada para isso, não era algo tão grande e significativo.

Mas cada experiência vale a pena ser vivida. Meus pais pagaram a minha conta como forma de comemorar o meu diploma. E depois passamos o resto da tarde juntos.

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