Passei o dia com meus pais e foi até divertido, mesmo eles me fazendo passar vergonha às vezes. Fazia tempo que não passávamos tempo juntos, e mesmo não admitindo eu senti saudade.
- Cuidado na volta! - Me despeço deles e eles me dão um abraço - Tá bom, tá bom! - Me afasto desconfortável.
- Se cuide, querida! - Posso ver as lágrimas brotando nos olhos de minha mãe - Vamos sentir muito a sua falta.
- Não esqueça de nos ligar. - Meu pai diz e eu assinto.
- Vê se não chora... não sei consolar velhos sentimentais! - Digo rindo e eles fazem careta.
- Vê se não sai caindo pelos corredores da faculdade! - Meu pai responde brincando e eu mostro a língua para ele.
- Até mais querida! - Minha mãe me dá mais um último abraço antes de ir.
***
- Por favor, se comporte! - O Arthur me avisa pela milésima vez desde que saímos de casa em um carro alugado por ele.
- Você fala como se eu fosse uma criança - Digo enquanto reviro os olhos e ele sorri debochado.
- Você pode não ser uma criança mas dá tanto trabalho quanto uma! - Eu lhe dou um soco no braço. - Ei! Eu estou dirigindo, Maya! - Ele diz rindo e eu ignoro seu comentário.
- Pode ficar tranquilo em relação ao Joe - Eu quebro o silêncio que reinava - Enquanto ele ficar no canto dele, nada vai acontecer - Digo dando de ombros.
Ele para em uma rua deserta fora da cidade e desço com ele do carro. Encaro o prédio em minha frente aonde o endereço nos indica. Suspiro antes de acompanhar o Arthur para dentro.
Tivemos que ser revistados e depois fomos acompanhando por dois homens que aparentemente tem o dobro do meu tamanho e cicatrizes de darem náuseas a qualquer um.
- Estava te esperando, Arthur! - Ele sorri cinicamente e só então repara em mim - Dixon? Não esperava você por aqui! - Ele sorri malicioso.
- Eu também preferia não encarar sua cara escrota, mas infelizmente as circunstâncias não permitem! - Sorrio cínica.
- Vai me disser que guarda rancor? - Ele pergunta falsamente - Isso já faz meses! - Eu reviro os olhos.
- Vamos direto ao assunto, Joe! - O Arthur se manifesta - Vamos resolver essa merda rápido!
***
- Pela última vez! - O Joe diz tranquilamente. - Eu quero meu dinheiro, não importa como ou o porque... quero o que é meu
- Infelizmente não será possível! - Ele diz sério. - É um preço absurdo para tão pouco tempo. - Joe respira fundo.
- Então não terei outra escolha! - Ele faz sinal para seus "capangas" que num piscar de olhos apontam suas armas para a gente.
Permaneço indiferente! Não era a primeira vez que apontavam uma arma, tanto para mim, quanto para o Arthur. Penso por um momento e sorrio convencida.
- Porquê não resolvemos isso de outra forma? - Joe me olha curioso - Uma aposta... eu e você! O que acha? - Aponto para mim e depois para ele.
- Que tipo de aposta? - Ele arqueia a sobrancelha e eu dou de ombros despreocupada.
- Uma corrida de motos! Me traga seu melhor piloto e que o melhor vença! - Sorrio falsamente e ele sorri debochado.
- E o que ganho com isso? - Eu dou de ombros.
- Se vencer pode fazer o que quiser conosco... E se eu vencer você esquece essa dívida ridícula - Ele faz uma careta pensativa. - Sem contar a glória e o dinheiro das apostas!
- Isso parece alguma tipo de tramoia para livrar seu maninho! - Eu fingo pouco caso.
- E eu achando que ele valia alguma coisa! - Resmungo baixo, mas com intenção dele escutar.
- Porquê deveria confiar em você, Dixon? Você poderia me passar a perna depois disso - Ele faz uma careta desconfiada - Que eu saiba todas as mulheres são traiçoeiras! - Contenho um sorriso de lado.
- Isso é algo que você nunca poderá ter certeza! Mas eu também não sei se posso confiar em você! Quem me garante que não vai nos matar mesmo assim? - Ele sorri cinicamente - Mas eu adoro um bom desafio!
- Isso é loucura! - Ouço Arthur resmungar, mas o ignoro.
- Vamos transformar isso em algo mais divertido, Joe! - Percebo suas barreiras caindo uma a uma. - A não ser que esteja com medo de perder para uma mulher! - Resmungo novamente baixo, mas com a intenção dele me escutar.
Ele me olha desconfiado e conto mentalmente até 3. Se tem algo que mexe com o ego de um homem é ser desafiado por uma mulher!
- Desafio aceito, Dixon! - Eu contenho meu sorriso e me faço de indiferente - Só vamos acertar os detalhes e vocês podem ir! - Lanço um sorriso discreto para Arthur que retribui.
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UMA DOCETE DIFERENTE
Teen Fiction* Fancic de amor doce(Castiete) Maya Dixon volta depois de 4 anos a sua antiga cidade para terminar o seu curso. Ela mudou muito tanto por fora quanto por dentro. Maya agora é mais bruta, confiante e desaforada, sempre andando na sua moto. Apesar de...