Visto uma blusa preta com uma estampa de caveira e um shorts jeans curto. Calço meus tênis preto e coloco uma jaqueta jeans sem mangas, com estampa de caveira.
Saio com a minha moto indo direto para a faculdade. Entro no meio da multidão ali, a procura da Rosalya. Faço careta quando esbarro em algumas pessoas.
Atravesso aquela multidão rapidamente, tentando chegar na porta do departamento de artes. Soube que seria lá que estariam todos os resultados.
Porém vejo que o local ainda está fechado, então olho ao redor procurando por alguém conhecido. Ouvi meu nome sendo chamado e me virei.
- Alexy! E aí? - O mesmo chega até mim.
- Um pouco... nervoso. Estou tentando achar o Morgan, mas parece quase impossível no meio dessa maré humana. - Assinto.
- Você viu a Rosalya por aí? - O Alexy negou com a cabeça e eu suspirei.
Eu estava um pouco ansiosa para os resultados, mas estava fazendo de tudo para pensar em outras coisas, evitando pensamentos negativo.
- Também está nervosa? - Dou de ombros. - Querendo ou não... são cinco anos da nossas vidas que estão chegando ao fim... Cinco anos... - Ele suspirou. - Ah! Acho que estou vendo os cabelos e a jaqueta de couro do Morgan...
- Até mais! - Me despeço do mesmo e logo ele some no meio do tumulto.
- Maya! - Ouço a voz da Rosalya e vou ao seu encontro. - Finalmente te achei!
- E aí, Rosalya! - Toquei no seu ombro como cumprimento e percebi que a mesma estava tremendo. - Tudo bem? - Perguntei, cautelosamente.
- Eu... - A Rosa esfregava as mãos unas nas outras e pude ver o suor aparecendo em sua testa.
- Você quer um copo d'água? - Peguei em seus ombros novamente, a fazendo me encarar.
- Não, eu... Não vai dar certo para mim, Maya. - Consegui ouvir sua respiração profunda e seu coração acelerado. - Certeza. Eu perdi o meu ano e vou precisar recomeçar e... - A interrompo.
- Ei! - Chamei sua atenção. - Respire, Rosalya! Tenho certeza que vai dar tudo certo. - Tentei a reconfortar. Ela estava claramente tendo um ataque de pânico. - Vem, vamos sair daqui!
Peguei a mão da Rosalya e a conduzi para fora daquela multidão. Ela precisava de um lugar calmo e menos tumultuado para se acalmar.
Entramos na biblioteca, que estava mais vazia do que a maioria dos lugares aqui. Fiz a Rosa se sentar e fui buscar um copo d'água para ela.
- Aqui! Vai te fazer bem... - Me agachei, entregando o copo para ela.
- Eu tenho tanto medo e se... - Eu a interrompo.
- Vai dar tudo certo, Rosalya! - A mesma estava com a cabeça abaixada. - E... mesmo se não der, vai ser uma experiência a mais para você, não tem que se preocupar com isso. - Vejo as lágrimas formando em seus olhos e pego em sua mão. - Ei! - Chamei novamente sua atenção. - Você não está sozinha nessa, vai ficar tudo bem...
- Eu espero, é só que... - Ela respirou fundo. - Talvez dessa vez eu tenha um bebê para cuidar. - Arregalo os olhos levemente, com a surpresa.
- Você...? - Ela me deu um sorriso triste e tímido.
- Eu estou grávida... há algumas semanas. - Algumas lágrimas de emoção caíram de seu rosto. - Eu queria esperar a entrega dos diplomas para contar, mas... acabou escapando! - Sorrio para ela. - Eu e o Leigh não tínhamos exatamente planejado tentar de novo agora, mas... aconteceu. Eu tomei cuidado... Mas estou mesmo grávida.
- Eu... estou feliz por você! - Sorrio verdadeiramente para ela.
- Mas... você entende? É por isso que eu não posso perder esse ano... Não posso começar de novo... Eu... não posso. - Olhei profundamente em seus olhos.
- Você pode fazer tudo, Rosa. Olhe o ano que você acabou de passar. Você é mais forte do que imagina. - Eu afirmava com toda a confiança que tinha. - Você vai ganhar esse diploma. Pouco importa os obstáculos, você vai conseguir. - Ela me abraçou.
- Que sorte a minha ter você. - Sorri e logo ela se afastou de mim aos poucos.
- Vem, vamos ver se já liberaram os resultados... - A Rosalya apertou a minha mão, pude ver o medo e insegurança dela voltarem. - Eu não vou largar você, Rosa! Vamos passar por isso juntas. - Ela sorriu e nós nos levantamos.
Seguimos até o prédio de artes vendo que as portas já estavam abertas. Segurei a mão da Rosalya o tempo todo, a guiando no meio da multidão.
Ela estava extremamente nervosa, sua pele estava pálida e eu sentia ela tremer sobre meus dedos. A abracei de lado, para a tranquilizar um pouco.
Assim que alcançamos a lista de aprovados do curso de psicologia, começamos a procurar os nossos nomes juntas.
Sorri ladino e senti um peso enorme sair das minhas costas. A Rosalya pulou em mim, me dando um abraço apertado e eu pela emoção do momento, acabei retribuindo.
- A gente conseguiu! - Ela falou animada, pude ver as lágrimas voltarem aos seus olhos. - Parabéns!
- A qual é... chega de chorar! - Bati em suas costas levemente. - Vem, vamos sair daqui logo. Não aguento mais esse barulho insuportável...
Saímos do prédio, ambas felizes e aliviadas por termos sido aprovadas. Eu me sentia tão bem agora, finalmente tudo tinha acabado.
Todos esses anos estudando e aprendendo não foram em vão, eu consegui o que tanto queria, me formei no que amo e vou ser o que tanto quero.
Todas as dificuldades e problemas desses últimos anos pareciam fazer parte de um passado distante, a qual eu superei com muito sucesso.
- Vou na loja do Leigh... preciso vê-lo. - A Rosalya estava eufórica agora. - A gente conversa depois, poderíamos comemorar o nosso resultado. - Assinto.
- Pode ser legal... Você fala com o pessoal? - Foi a vez dela assentir, sorrindo. - Ok, também preciso fazer algumas ligações.
No mesmo momento escutei meu celular tocando e eu me afastei um pouco. Vi o contato da minha mãe na tela e atendi logo a sua ligação.
Ligação on
- E então, querida? Conseguiu? - Escutei a voz da minha mãe perguntando.
- Sim! Eu passei! - Não pude impedir o sorriso, orgulhosa de mim mesma. - Vocês vão mesmo vir na entrega dos diplomas?
- Óbvio... Seu pai não vai voltar tão cedo para o trabalho. - Trocamos mais algumas palavras antes de desligar.
Ligação off
Já estava me preparando para ligar para outra pessoa, quando ouvi a sua voz atrás de mim. Me virei, sorrindo ao encontrá-lo.
- E então? - O Castiel me perguntou e eu dei de ombros.
- Bom... - Suspirei, fingindo decepção. Ele me encarou atentamente. - Eu consegui! - Sorri novamente ao pronunciar essa frase. - E você? Como foi?
- Parabéns! Eu também consegui! - Ele sorriu para mim e eu pulei em seus braços, o beijando.
- Parabéns para você também! - Ele me abraçou e deu um beijo carinhoso em meus cabelos.
Me senti feliz em poder compartilhar com ele a minha alegria e alívio. Depois disso fomos em direção a um restaurante, aonde o pessoal se encontraria para comemorar.
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UMA DOCETE DIFERENTE
Teen Fiction* Fancic de amor doce(Castiete) Maya Dixon volta depois de 4 anos a sua antiga cidade para terminar o seu curso. Ela mudou muito tanto por fora quanto por dentro. Maya agora é mais bruta, confiante e desaforada, sempre andando na sua moto. Apesar de...