Você ama o Castiel?

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1 semana depois.

Os dias passaram rápido e logo as aulas voltaram ao normal. Eu passei boa parte do meu tempo com o Castiel, aproveitando que ele estava de férias.

Eu tenho me sentido bem melhor nesses últimos dias, depois daquele dia que dormi na casa do Castiel eu não tive mais pesadelos com o Peter.

Na verdade eu mal pensava no Peter mais, meus pensamentos estavam sendo ocupados pelo Castiel. Eu me sentia bem mais leve e feliz ultimamente.

- Arthur? - Chamei a atenção do mesmo - Que tal darmos uma treinada juntos? Faz tempo que a gente não faz isso... - Eu comento.

- Claro, você sempre está super ocupada ultimamente, sempre andando com o namorado e tal... - Eu apenas sorrio, dando de ombros. - Viu... até de bom humor, você está...

- Você vai querer treinar ou não? - Eu reviro os olhos e ele sorri, assentindo. - Ótimo... - Fui até o quarto apenas para colocar alguma roupa mais leve.

Eu e o Arthur treinamos em casa mesmo... fazia um bom tempo que não fazíamos isso. Era ele que havia me ensinado a me defender.

Ficamos praticando alguns golpes e relembrando momentos icônicos nossos. Às vezes que eu batia nos lugares errados, ou quando eu acertava bem mais forte do que deveria.

Lembramos de nossas piadas internas e zoações, em meio aos golpes soltavamos provocações e nos exibiamos. Treinamos até cansar e sentamos no chão, olhando para o teto.

Era bom sentir nossa cumplicidade pairando no ar, naturalmente. Nós sempre nos tratamos como irmãos, então ele é sim meu irmão mais velho.

- Está pensando no quê? - Ele bebe um gole de sua água.

- No como nos aproximamos... - Dei de ombros, também bebendo um gole de água.

- Eu e a Sarah ficamos te visitando e te puxando para fora de casa quando te conhecemos. - Ele comentou.

- Meus pais ficaram super confusos ao ver dois completos estranhos nos visitando várias vezes no mês. - Rio.

Mesmo depois de eu sair da casa deles, a Sarah e o Arthur ficaram me visitando e me influenciando a sair de casa. Eles viam o como eu estava mal e queriam me ajudar.

Se não fosse pela insistência deles, acho que teria entrado em depressão. No início eu e o Arthur não éramos tão próximos assim, só trocávamos algumas palavras um com o outro.

Só quando a Sarah sugeriu que ele me desse aulas de auto defesa, que nos começamos a passar mais tempo juntos.

Acabamos nos conhecendo melhor e nos aproximando, depois disso ele me ensinou primeiros socorros e como pilotar uma moto. Trocávamos piadas e até dávamos conselhos um para o outro.

- Eu nem te dei parabéns por hoje, né? - Ele lembrou, me fazendo revirar os olhos.

Ele pôs sua mão no bolso e tirou de lá uma pulseira de couro e me estendeu. Peguei a pulseira a analisando e coloquei em meu braço.

- Legal... - Eu comento. - Valeu, Arthur... - Lhe dei um abraço breve, o mesmo me olhou de olhos arregalados.

- Desde quando você dá abraços assim tão fácil? - Ele sorri - Tá com febre? - Eu reviro os olhos, sem desmanchar o sorriso. - Mas agora é sério, você parece mais feliz ultimamente...

- E daí? - Arqueio a sombrancelha e ele apenas dá de ombros. Ficamos sentados em silêncio por um tempo. - O que foi? - Percebi o Arthur me encarando atentamente.

- Maya? Eu vou ser direto e quero que você seja sincera... - Arqueio a sombrancelha. - Você ama o Castiel? - Sem querer cuspo a água que estava em minha boca.

- Que? - Perguntei, surpresa. Por essa eu não esperava. - Por quê essa pergunta agora? - Ele deu de ombros.

- Sei lá... toda vez que a gente fala sobre ele seus olhos brilham de um jeito diferente... - Faço careta. Desde quando? - Você até dá um sorriso apaixonado e às vezes até cora... tenho que admitir que não é algo que se veja todos os dias. - Fico quieta.

Eu nunca havia parado para pensar nisso, eu sabia que estava apaixonada pelo Castiel, mas nunca achei que pudesse ser tão forte assim.

Mas será que eu amo ele? É verdade que me sinto estranha às vezes e que ele me faz muito bem. Faço coisas com ele que nem com o Peter eu costumava fazer.

Fiquei pensativa por alguns minutos até ser tirada dos meus desvaneios pela campanhia tocando. Me levanto com preguiça e vou até a porta.

- Querida... - Arregalo os olhos, surpresa. - Feliz aniversário... - Meus pais pulam em mim, me abraçando apertado.

- Eu... - Eles se afastaram e sorriram - O que vocês fazem aqui? - Me recompôs.

- Viemos fazer uma visita... seu pai teve um trabalho na cidade vizinha, então decidimos vir vê-la em seu aniversário. - Minha mãe me abraçou de novo.

- Nós só estamos de passagem, amanhã mesmo vamos embora. - Assinto.

- Vocês vão entrar? Podemos conversar melhor lá dentro. - Abro espaço para eles entrarem em minha casa.

Ao entrarmos na sala, o Arthur já havia saído. Eu e meus pais ficamos conversando um pouco apenas colocando alguns assuntos em dia.

- Peraí... você está nos dizendo que entrou em um relacionamento sério? - Meu pai perguntou surpreso. - Quem é?

- Faz uns dois meses na verdade. - Dou de ombros. - Mas não vou falar para vocês quem é o sortudo. - Sorrio, divertida.

- Vai deixar seus pais na curiosidade? - Minha mãe fingiu incredulidade e mágoa.

- Quem sabe eu não fale algum dia, mas não hoje! - Eu não queria falar para eles, não agora.

- Mas... - Meu pai tenta argumentar, mas recebe uma cotovelada leve de minha mãe.

- Deixe a menina, Philippe. Ela já é adulta e vai nos contar quando estiver pronta. - Ele suspirou, derrotado. - O que importa é você estar feliz, querida. - Sorrio.

- O que acha de sairmos hoje? - Eu ofereci. - Já que vocês vão embora amanhã. - Eles me olharam surpresos.

- Você... querendo sair com seus velhos pais? - Meu pai perguntou, incrédulo e eu dei de ombros. - Está doente? - Apenas reviro os olhos.

Realmente eu não saio mais com meus pais desde os meus 18 anos. Mas eu queria sair e me divertir um pouco, relembrar os velhos tempos.

- Não falem como se fosse uma coisa impossível de acontecer... Só quero me divertir um pouco. - Eles sorriem.

- Na verdade, eu marquei uma reserva num restaurante da cidade para hoje a noite. - Meu pai comentou. - Já que é seu aniversário e vamos embora amanhã, pensamos que seria legal. - Assinto com a cabeça.

Eles me passaram todas as informações que eu precisava e foram embora para o hotel. Enquanto eu fui para o quarto tomar um banho e escolher minha roupa para a noite.

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