UMA DOCETE DIFERENTE

3 anos atrás

- Você é insana... - O Arthur reclamava enquanto dirigia - Isso é perigoso, Maya. Você pode... - Eu o interrompo.

- Eu já participei de corridas antes, Arthur! - Reviro os olhos - Aquele idiota não tem chance.

- Ele tem recursos, Maya! Dinheiro, homens, veículos e até armas! - Dou de ombros indiferente.

- Ele vai usar recursos, mas eu vou usar estratégia! - Ele dá um meio sorriso - Tudo que preciso é coragem e esperteza... qualidades que tenho de sobra! - Sorrio convencida.

- Não precisa fazer isso... - Eu o interrompo novamente.

- Você fez a mesma coisa comigo uma vez... lembra? - Ele assente - É o mínimo que posso fazer! - Ele suspira - Não se preocupe, sei o que faço!

Eu sabia que o Joe ia aceitar minha proposta. Ele se acha por ter recursos, mas nada disso importa se ele não usar a inteligência.

Há anos atrás aconteceu uma situação bem parecida comigo e o Arthur me ajudou exatamente da mesma maneira.

Não faço isso só por gratidão, mas também porque eu amo o Arthur ( mesmo não demonstrando sempre) e não quero perdê-lo.

3 anos atrás

Eu estou sentada nessa cadeira faz meia hora, enquanto apenas escuto o Arthur tentando chegar a um acordo com um idiota de outra gangue.

Porquê eu havia apostado um dinheiro que não tenho? Porque eu fui tão ignorante ao em pensar que nada aconteceria? Tudo isso mudou quando o idiota apontou uma arma para minha cabeça.

Mas o Arthur interferiu e agora estamos aqui, tentando me livrar dessa merda de dívida! Sou tirada dos meus desvaneios ao ouvir algum tipo de trato entre os dois.

- Uma corrida... eu contra você! - Eu arregalo os olhos ao ouvir o desafio do Arthur - Se eu vencer, você livra a Maya dessa dívida!

- Porquê eu aceitaria isso? - O Arthur dá de ombros indiferente.

- Diversão, mulheres, apostas e adrenalina! - Ele diz persuadivo - A não ser que esteja com medo de perder para o melhor piloto da cidade - O Idiota a nossa frente ri.

- Eu tenho mais vitórias do que seus anos de vida, Arthur! - Ele diz debochado - Mas voltando ao assunto... o que eu ganharia se vencesse?

O Arthur me olha por um momento, como se pedisse minha permissão, me fazendo revirar os olhos. Eu confio no Arthur, ele sabe o que está fazendo, né?

- Se vencer... pode fazer o que quiser comigo! - Encaro o homem em minha frente - Vou ser toda sua.

- O que quiser? - Ele me olha de cima a baixo, sorrindo maliciosamente e eu assinto sem deixar de encará-lo. - Desafio aceito!

***

- Como fez isso? - O Arthur me olha confuso - Você praticamente o persuadiu! - Ele sorri.

- Duas coisas, Maya! - Ele conta nos dedos - Confiança e indiferença! - Eu espero ele continuar - Nunca abaixe a cabeça, nem tenha dúvida no que diz... isso quebra o orgulho de qualquer um! - Eu assinto - Mas sempre demonstre indiferença, mesmo se sua vida depende disso... Isso prende ainda mais a atenção do oponente.

- Não sei como você consegue fazer tudo isso! - Ele segura meus ombros e me encara sério - Tudo que eu queria era socar aquele idiota!

- No fundo eu estava sentindo a mesma coisa, Maya! Mas nunca mostre seus sentimentos ao inimigo, independente de quanto medo ou raiva estiver sentindo... Seus sentimentos expressão fraqueza para eles e seus medos os motivam ainda mais!

Atualmente

- Onde está me levando, Rosa? - Ela não me responde apenas continua me puxando - Porquê estamos no dormitório masculino no meio da noite? - Ela respira fundo.

- Vamos até o quarto do Hyun e do Morgan! - Ela diz simplesmente isso.

- Se você pretende me matar para vender meus órgãos, saiba que não vai funcionar... Eles são podres por dentro! - Ela revira os olhos.

- Desde quando você é dramática assim? - Dou de ombros.

- Só acontece quando estou cansada ou muito entediada! - Ela para em frente a uma porta e bate.

Assim que entramos, encontro o Alexy, Morgan, Priya e Hyun sentados no chão, sorrindo enquanto me encaram!

- Quê isso? Um culto satânico? - Eles riem. - Ou então realmente estão querendo vender meus órgãos?

- Programamos um tipo de estudo em grupo! - A Rosalya sorri - Já que esse é o último ano, unimos o útil ao agradável.

- O que acha? - Faço careta e nego com a cabeça. Não gosto de passar tempo demais rodeado de pessoas!

Eles insistem tanto que acabo me rendendo. Eu precisava mesmo atualizar meu TCC! Ficamos estudando e nos divertindo até meia noite.

Escuto alguém bater e encaramos a porta confusos. O Morgan se levanta e atende a porta, abrindo até a metade e nos dando uma visão do visitante.

- Nathaniel? O que está fazendo aqui? - Pergunto meio surpresa mas continuo séria.

- Você disse que queria falar comigo... eu vim assim que pude - Eu reviro os olhos e vejo a Priya bufar.

- Eu poderia soca-lo, ele merece... - Ela resmunga e todos olham para ela de olhos arregalados.

- Vamos logo! - Eu levanto e sigo o Nathaniel até para fora do campus, para termos mais privacidade.

- Qual é seu problema? - Ele pergunta sério. - Estávamos bem e agora está me tratando como todos os outros! - Eu respiro fundo para não perder a paciência.

- Se você não tivesse culpa no cartório, eu não estaria brava. - Ele me olha confuso - Eu vi você, Nathaniel! - Ele arregalou os olhos - Eu vi você falando com aquele nojento... sabia que até a Nina ele violentou?

- O que? - Ele parece extremamente surpreso e um pouco culpado.

- Aquele crápula que me assediou e que você estava falando outro dia... - Esclareço. - Ele também assedia garotinhas, idiota!

- Merda! - Ele se vira na direção oposta, me dando as costas - É melhor vocês denunciá-lo!

- O que vai fazer? - Pergunto indiferente.

- Me desculpe! Eu tenho que resolver uma merda! - Ele diz e depois vai embora de vez.

Cara complicado, em!