Nós pagamos a entrada e procuramos um lugar para sentar. Não pude conter um sorriso um pouco debochado ao ver que tinha lugares vagos na frente.
- Ainda tem lugar livre lá na frente do carrinho. - Comentei e o mesmo revirou os olhos.
- Ó-ti-mo. - Ele disse pausadamente, sem nenhuma emoção na voz.
- Vem, vamos logo. - Mordi o lábio inferior para não rir dele. - É agora ou nunca. Está na hora de enfrentar os seus velhos demônios. - O puxei pelo pulso até os primeiros lugares do carrinho.
Ele olhava para os primeiros lugares como se fossem abominações na terra. Eu segurei sua mão com delicadeza, tentando diminuir a tensão que ele sentia.
- Eu não vou te abandonar! - Dessa vez eu falei sério. Ele apenas assentiu com a cabeça.
Ao nos sentarmos um garoto bem novo passou em todos os carrinhos para abaixar a trava de segurança e verificar se estávamos bem presos.
- Ótimo. Estão empregando crianças o dia inteiro, e elas devem dar um jeito para que ninguém morra. - O Castiel resmungou.
- Eles fazem isso o dia inteiro, Castiel. - Ele arqueiou a sombrancelha.
- Isso era para me deixar tranquilo? - Eu reviro os olhos, sem desmanchar meu sorriso.
- Re-la-xa, Castiel! - Ele suspirou e o carrinho sacudiu, começando a subir devagar.
- Se ficarmos nessa velocidade, vai ser fácil, na verdade. - Ele comentou rindo e chegamos no topo da primeira descida.
Sorri ao ver o tamanho do percurso e todos os loops que passaríamos. Já podiam sentir meu coração acelerar ansiando pela emoção.
Na hora que o Castiel viu a vista, ele apenas colocou sua mão em cima da minha, dando um leve aperto. Ele parecia estar beirando um ataque cardíaco.
- Tudo bem? - Ele fez careta.
- Ok, não conte a ninguém, mas eu nunca deveria ter vindo nesse negócio. - Eu ri baixo e entrelacei nossas mãos. - Está rindo da minha cara?
Na hora que eu ia responder o carrinho desceu em toda velocidade. O Castiel não gritou, mas senti sua mão apertar a minha com força.
Eu apenas ria de suas expressões, enquanto sentia êxtase pela velocidade. Meus cabelos voavam com o vento e senti minhas veias pulsarem pela excitação.
Finalmente terminamos o trajeto com um último loop enorme e o carrinho diminuiu a velocidade, até chegarmos no fim do percurso.
- Foi demais! - Eu exclamei animada - Vamos de novo? - O Castiel suspirou.
- Não fique brava comigo, mas, dessa vez, vou liberar o meu lugar. - Nós dois saímos do carrinho.
- Tudo bem... eu já estava ficando com fome. - Eu dei de ombros - Quase não te vi em pânico. - Comentei sarcasticamente.
- Você prometeu não contar para ninguém. - Eu ri.
- Relaxa, seu segredo está são e salvo comigo. Vou levar até o túmulo. - Eu brinquei e ele negou com a cabeça.
- Obrigado pelo seu apoio. - Ele me abraçou e beijou os meus lábios. Começamos a procurar os outros e fomos até a Barraquinha de comida.
Começamos a conversar entre a gente e esperamos a nossa vez chegar. Todos escolheram seus pedidos e a Rosalya fez questão em pagar.
- Cadê o Nathaniel? - Perguntei ao ver que ele não estava com a gente. - Ele foi embora? - Nós olhamos pela multidão, mas não o achamos.
- Não se preocupem. Ele foi embora. Vamos vê-lo de novo daqui a dois dias, quando ele terá cicatrizes novas nos rosto. - A Ambre disse tranquilamente.
Ela não parecia estar preocupada, mas eu tinha um pressentimento ruim, não sei porquê. Eu apenas ignorei, deve ser apenas uma paranoia em minha cabeça.
Nos sentamos em uma mesa e ficamos comendo, enquanto conversamos. Todos pareciam felizes e sinceramente eu estava me sentindo muito bem.
Enquanto isso no fundo tocava Firework da Katy Perry. Eu estava tão feliz, que me permiti cantoralar a música, enquanto comia.
- Boom, boom, boom. Even brighter than the moon, moon, moon. It's always been inside of you, you, you. And now it's time to let it through.
Era bom se divertir na companhia de seus amigos, sem ter nenhum problema para se preocupar. Todos estavam sorrindo, alegres... parecia tão natural!
Senti meu celular vibrar em meu bolso e me levantei discretamente para atendê-lo. Assim que me afastei, fiz uma careta ao ver que um número desconhecido me ligava.
Ligação on
- Oi?! - Atendi mesmo assim.
- Maya?! É a Kim... - Arqueio a sombrancelha, desde quando ela tem meu número?
- Kim? Porque me ligou? Aconteceu algumas coisa? - Eu estava com um mal pressentimento.
- Ele me suplicou para não ligar para ninguém, mas eu tinha que fazer alguma coisa...
- Quem você... - Ela me interrompeu.
- Nathaniel... ele não está bem. - Eu suspirei.
- Aonde vocês estão?
- Em minha academia. Venha sozinha, por favor. - Ela disse apenas isso, antes de desligar.
Ligação off
- Vou ao banheiro, já volto. - Dei uma desculpa ao grupo, antes de sair do parque.
Eu havia o prometido que o ajudaria com o que pudesse. E se tem algo que eu prezo é fidelidade, eu nunca deixava meus amigos na mão.
Imagina se a Sarah e o Arthur tivessem me deixado na mão quando eu precisei? Eu estaria ferrada. Eu não via mal em fazer o mesmo que fizeram por mim, ajudando alguém.
Assim que cheguei na academia chamei a Kim. Ela me respondeu na porta do vestiário e eu fui até ela. A mesma parecia um pouco desorientada.
- M-melhor eu disser antes de você entrar... Tem bastante sangue. - Eu arqueei a sombrancelha, confusa e ela respirou fundo - Ele levou uma facada.
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UMA DOCETE DIFERENTE
Teen Fiction* Fancic de amor doce(Castiete) Maya Dixon volta depois de 4 anos a sua antiga cidade para terminar o seu curso. Ela mudou muito tanto por fora quanto por dentro. Maya agora é mais bruta, confiante e desaforada, sempre andando na sua moto. Apesar de...