Narração do Castiel.
No final da noite todos nós saímos da casa da Rosalya e cada um foi para o seu lado. No final só sobrou eu e a Maya, eu preferi a acompanhar, nunca se sabe.
- Vou te acompanhar até sua casa. - Eu disse.
- Poderíamos aproveitar a noite juntos. - Ela deu de ombros e eu arqueei a sombrancelha. - Talvez passar a noite...
Ok... eu não estava gostando dessa ideia. Eu sabia que se fossemos para minha casa íamos acabar perdendo o controle. E eu não queria aquilo.
Não que eu não a desejasse, ao contrário, eu era louco para tê-la, mas ainda tinha receio nisso.
Eu não estava acostumado a estar num relacionamento faz anos, antes eu só passava uma noite, eu não queria agir errado com a Maya.
Sem contar que se passarmos dessa etapa vamos estar ainda mais ligados um no outro, o que significa que tudo vai ser ainda mais difícil no dia D.
- Eu... Podemos conversar pelo caminho, mas eu vou apenas te acompanhar essa noite. - Ela pareceu perceber o quanto eu estava tenso
- Você está bem, Castiel? Não precisa ficar assim... eu só sugeri, eu entendo que você não queira. - Ela fingiu indiferença.
- Não me leve a mal... - Eu acariciei seu rosto com a ponta dos meus dedos - Eu... morro de vontade de... Porra - Eu suspiro, incapaz de terminar a frase. - Mas você sabe que se formos em minha casa vamos acabar perdendo o controle. - Ela riu, divertida.
- Isso seria um problema? Nós já passamos dessa fase. - Sim, mas era uma situação diferente.
- Eu sei... - E eu havia adorado! Pensei mentalmente. - Mas quando isso aconteceu... nós não estávamos juntos. - Eu sabia que quanto mais eu falava, mais piorava a situação.
- Ok. Qual o problema com você, Castiel? Você está tenso... - Ela cruzou os braços e apenas me observou atentamente.
- Nada, deixe para lá, eu vou te acompanhar até a sua casa. - Eu tomei a dianteira, tentando fugir desse assunto.
Narração da Maya
Eu não estava entendendo o Castiel, ele parecia totalmente estranho com isso, quase como se estivesse com medo de algo.
Assim que o alcancei segurei o seu pulso e o mesmo me olhou, sem paciência. Agora eu tinha certeza, ele estava tentando fugir.
- Qual o problema? - Ele bufou e eu lhe dei um beijo no rosto, afim de acalmá-lo um pouco. - Eu sei que você não está acostumado, mas não precisa ter medo de se abrir... pelo menos não comigo. - Ele suspirou.
- Nesses últimos anos as únicas vezes que eu ultrapassei essa etapa com uma garota foram em noites sem dia seguinte. Não sei... uma parte de mim pensa que, se decidirmos passar a noite juntos, isso vai deteriorar nossa relação. - Ele suspirou.
- Mas... - Ele me interrompeu
- Sim, eu sei, nós JÁ ultrapassamos essa etapa, mas não é a mesma coisa. Se ultrapassarmos essa etapa, não tem mais volta. Isso só vai nos ligar ainda mais... eu... - Naquele momento eu apenas via a parte vulnerável dele.
Senti a necessidade de pegar em sua mão, como demonstração de apoio e carinho. Naquele momento eu só queria que ele fosse sincero e soubesse que eu o entendia.
Ele não queria se apegar, ele achava que se evitasse isso, iria doer menos no dia que nos separarmos. Mas eu sabia que aquilo não mudaria nada.
A gente já está tão próximo e tão apegado um ao outro, quando ele tiver que ir embora vai doer de qualquer forma, tanto em mim, quanto nele.
- Você está colocando barreiras para tentar controlar o que sente. - Eu afirmei, o compreendendo. Eu também havia feito isso no início. - Eu sei. Sei que você está pensando na turnê com o seu grupo e que você se recusa a criar laços. Porque... - Ele me interrompe.
- Porquê nós dois vamos sofrer. - Suspirei. O pior era saber que ele tinha razão nisso.
- Mas, querendo ou não, já estamos ligados um no outro. A prova disso é, nós não conseguimos ficar mais de uma semana sem se ver, que começamos a ficar carentes da atenção um do outro. - Por mais que eu não admitisse em voz alta. Eu também gostava de passar todo meu tempo com ele. - Então não é nos privando de momentos juntos que você vai impedir o inevitável. - Ele respirou fundo e me deu um sorriso triste.
- Você tem razão. E de qualquer maneira... eu já perdi o controle com você. - Ele me abraçou e foi em direção do portão do parque.
Com a minha cabeça apoiada nas barras do portão, ele beijou meus cabelos, meu pescoço, meu queixo e meus lábios com ardor. De repente começou a ficar quente aqui.
- Mas hoje eu vou apenas de acompanhar - Ele se afastou de meus lábios e encostou sua cabeça em meu ombro. - Quem sabe a gente se vê nessa semana.
Não vou mentir dizendo que não estava com vontade dele, mas eu entendia que ele precisava de um tempo e estava disposta a ser compreensiva.
Mas o que eu não aceitava era não vê-lo nas minhas férias. Se eu não podia matar meus desejos, pelo menos queria a companhia e os beijos dele.
- Eu vou cobrar, em... - Ele nega, rindo com a cabeça e me acompanha até meu apartamento.
Quarta-feira
Um parque de diversões estaria de passagem na cidade hoje e o pessoal decidiu ir se divertir lá. Confesso que até eu estou ansiando por isso, chegava a ser chato a minha animação.
Desde criança eu sempre fui apaixonada por parques e confesso que ainda sou. Eles sempre tem uns brinquedos ou jogos legais.
Tipo... A Montanha Russa. Eu sempre amei esse brinquedo e até hoje ele é o meu preferido. Eu estava morrendo de vontade de ir nela.
Vesti uma blusa preta caída em meus ombros com mangas compridas até o pulso. Coloco uma meia calça preta transparente, principalmente por ser uma noite fria.
Visto um macaquinho preto com um símbolo estampado e calço minhas botas, também pretas. Passo um perfume e faço uma trança de lado em meu cabelo.
Saio do quarto me encontrando com a Sarah e o Arthur na sala. Eu os tinha convencido a irem comigo, mesmo que eles não fossem na Montanha Russa.
- Tudo isso só para ir na Montanha Russa? - Ignorei o comentário do Arthur, nada estragaria minha animação hoje. - Você tá parecendo uma criança de tão animada.
- Vamos logo. - Eu saí os puxando, para que eles se apressassem. - Hoje eu estou de bom humor e não vou deixar que nada mude isso. - Saí na dianteira deles e fomos até aonde estava o parque de diversões.
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UMA DOCETE DIFERENTE
Teen Fiction* Fancic de amor doce(Castiete) Maya Dixon volta depois de 4 anos a sua antiga cidade para terminar o seu curso. Ela mudou muito tanto por fora quanto por dentro. Maya agora é mais bruta, confiante e desaforada, sempre andando na sua moto. Apesar de...