Nosso apartamento!

57 7 0
                                    

Aquele um ano e meio foi uma loucura total, mas também uma das melhores coisas que já me aconteceu. Conheci lugares e pessoas novas, adquirindo experiências incríveis.

E mesmo com seus ensaios, shows, entrevistas e reuniões, o Castiel fazia de tudo para termos um tempo apenas pra gente.

As vezes saíamos para conhecer a cidade ali, indo em monumentos, atrações, restaurantes locais e até em eventos culturais.

Quando estávamos muito cansados ou sem vontade de sair, apenas aproveitavamos a presença um do outro, nos divertindo como podíamos.

Filmes, sonecas, conversas aleatórias, guerras de travesseiros, beijos... entre muitas outras coisas que sempre surgiam para fazermos no hotel.

Eu fiz como prometi aos meus amigos, me mantive em contato com cada um deles, sem me afastar de nenhum dessa vez. E fiz o possível para não me meter em confusão.

No final deu tudo certo, tirando uma ou outra coisa, eu poderia considerar a viagem perfeita. Até aprendi uma nova língua... espanhol.

Eu havia achado as palavras e pronúncias muito bonitas e interessantes, então tive vontade de aprender. O Castiel também gostou e se juntou a mim para aprendermos.

Quanto aos shows do Castiel, eles alçaram repercussões internacionais, trazendo muito mais fãs e fama ao grupo de rock.

O Cassy sempre ficava ansioso antes de subir no palco, mas eu fazia de tudo para o reconfortar um pouco. Distraía ele com conversas, risadas e as vezes até fazia uma massagem para relaxa-lo.

A música sempre o moveu e eu fico feliz por tê-lo visto realizar seu sonho de moleque. Através de suas composições eu podia ver o seu lado sensível.

Aquele mesmo lado que aparece quando estamos sozinhos, em olhares e palavras carinhosas. Ele até escreveu algumas músicas para mim!

E depois de cada um de seus show eu sempre o abraçava forte, com um sorriso e dizia o quanto estava orgulhosa dele. Seus olhos brilhavam e ele me beijava, feliz da vida.

Nosso relacionamento e sentimentos se fortaleceram ainda mais, aumentando nossa cumplicidade e entendimento sobre o outro.

Apesar da experiência maravilhosa que passei na turnê, era bom finalmente retornarmos para nossa cidade e também nosso lar.

- Desse jeito vamos terminar ao anoitecer... - O Castiel disse apenas para me provocar.

Estávamos carregando caixas com nossas coisas pro apartamento, enquanto ele levava duas enormes eu levava somente uma e segurava a coleira do Panqueca na outra mão.

Havia outras caixas como essas, porém o Castiel contratou alguns caras para levarem ao apartamento com um caminhão.

- Você bem que podia ser gentil e levar a minha caixa para mim... - Sorrio fingindo docilidade.

- Quanta preguiça, sendo que a maioria das caixas tem as suas coisas... - Eu dou de ombros.

- Não é preguiça, é esperteza... - Sorrio, divertida. - Eu até estava pensando em te recompensar depois... - Ele arqueiou a sombrancelha.

- Que tipo de recompensa? - Aproximo meu rosto do seu, para sussurrar em seu ouvido.

- Assim que chegarmos em casa, eu... - Cochicho tudo que pretendo com um sorriso malicioso nos lábios.

- Uau! - Um sorriso chocado e divertido aparece em seu rosto. - Quanta dedicação apenas para não levar uma caixa... - Rio.

Sinto o Panqueca puxar com força a coleira, me impulsionando para frente. Ele agora já é um adulto, tem o dobro do seu tamanho e força de antes.

Apesar disso, sua animação e alegria ainda é de um filhote. Eu e o Castiel criamos um carinho especial por nossa bolas de pelos durante esse tempo em que estivemos juntos na turnê.

- Panqueca! - Faço careta, repreendendo nosso cachorro.

- É um cabeça dura. - O Castiel ri, se referindo ao Panqueca.

- É como dissem... - Sorrio ladino. - Tão dono, tão cachor... - O Castiel me interrompeu.

- Cuidado com o que fala... você pode acabar debaixo do chuveiro assim que entramos em nosso apartamento. - Sorrio abertamente.

Agora que voltamos de sua turnê, dividiriamos todos os dias o mesmo apartamento. Ficava feliz em ouvi-lo falar: Nosso apartamento!

- Gosto de como soa... Nosso apartamento! - Ele sorri.

- Vamos. Nosso apartamento está esperando... - Ele entrelaça nossas mãos.

- Vamos! Mal posso esperar para ter minha moto novamente! - Ele ri, me fazendo sorrir ladino.

Essa cidade é o nosso lar, cheia de lembranças e pessoas importantes para nós. Finalmente estamos em casa, felizes e o mais importante... juntos!

UMA DOCETE DIFERENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora