Alguns dias tinham se passado e o que eu fiz foi tentar conseguir um emprego, coisa que não era fácil pois eu tinha que ganhar um pouco mais do que o pouco ofertava para pagar a dívida do hospital. Nesses dias eu chorei muito por causa de Niragi, eu recusava acreditar que única fez que eu provei do amor mais puro e intenso era mentira, não era mentira, não era coisa da minha cabeça, eu conseguia sentir. Muitas vezes eu pensei em me drogar novamente para ter uma overdose, afinal foi por ela que eu cheguei lá, mas o bebê incerto e uma certa coisa que me dizia que ele estava nesse mundo me impedia. No primeiro dia que sai para procurar emprego, eu realmente procurei e voltei exausta em causa, tanto fisicamente quanto mentalmente, não ter ele comigo doía tanto. No segundo dia eu procurei e depois de uns 3 não serem para mim eu me sentei em um lugar qualquer e chorei e desde então eu estou todos os dias correndo por Tóquio e indo a lugares que costumávamos ir e nunca achava ele, eu surtava pra nunca achar nada.
Qualquer pessoa que me visse naquela situação iria dizer que eu estava louca e obcecada por chorar e gritar o nome dele em qualquer lugar mas a verdade era que eu sentia falta dele e tudo que vivemos, do amor, das risadas, dos beijos, de dirigir sem rumo pela cidade a noite, de brincar de lutinha, das brigas sem motivo, de como eu me sentia e mulher mais empoderada do mundo, de como eu amava nossa intimidade a ponto dele se abrir e me mostrar todo seu passado e seus sentimentos, a forma como ele me confortava e me mimava, de dormir no peito dele e acordar com seus olhos negros me olhando seguido de um sorriso maravilhoso. No ápice do meu desespero lembro que eu nunca tinha ido a Praia nesse mundo, era longe mas nada que um taxi não resolvesse, então era isso que eu iria fazer, na verdade já tinha feito. Pago o moço e saio do carro que logo me deixa sozinha lá.
Nos portões não tinha nada, a piscina estava vazia e envolta dela não havia pessoas e sim folhas secas. Vou entrando e era igualzinha so que sem ninguém, ao passo que vou passando pelos ugares a lembrança retorna me fazendo rir e chorar. Meu escritório era apenas uma sala vazia, mas o nosso quarto havia a cama. Me jogo na maca e inspiro a fim de sentir o nosso cheiro, mas a única coisa que sinto é pó, a cada coisa e lugar que eu fazia ou ia afim de achar alguma prova que foi tudo real e que falhava, eu sentia como se fosse um tiro no peito, doía pois eu estava me afastando de tudo e tudo se encaminhava para ser apenas um sonho. Grito e choro ao inspirar novamente e não sentir o cheiro dele. E u espero que você também esteja me procurando Niragi.
Saio de lá e volto para casa, me jogo no sofá e choro. Sou interrompida por Stephanie.
- O que foi? - ela diz preocupada.
- Você precisa acreditar em mim - digo soluçando e segurando a mão dela, ela revira os olhos pois não suportava a minha história.
- Ellie, quer marcar um psicólogo? - ela diz meiga.
- Não quero - digo balançando a cabeça com as lagrimas caindo - eu quero achar ele.
- Ele não existe.
- Existe Stephanie! Eu consigo sentir isso - digo brava. Ela respira fundo.
- Ok, me acha uma foto ou qualquer coisa que esse tal de Niragi existe, que eu te ajudo - ela diz olhando em meus olhos e entra no banho.
Minha cabeça explode de esperança e eu corro para a frente do computador, tinha que ter algo.
NIRAGI ON
Os últimos dias não tinham sido fáceis, era muita coisa para mim, saber quem eram meus pais - mafiosos que escondiam os negócios por trás de uma boate cheia de strippers -, não achar Ellie em lugar nenhum era difícil. Eu precisava dela e tudo que ela me proporcionava. Ganhei um emprego junto de meu pai, então os dias eram tranquilos, o que me dava chance de pensar e chorar por ela o dia todo, minha mãe dizia que eu precisava sair e aproveitar, mas a minha vontade era zero. Porém aqui estou, na boate do meu pai com alguns amigos bebendo e tinha muitas garotas dançando e outras se oferendo para nos as nenhuma dela se comparava a minha garota.
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the choice
FanfictionSinto uma dor enorme em meu peito, ergo os olhos e só consigo pensar em uma coisa: - Filha da puta, eu confiei tanto em vc. Eu realmente pensei que nossa relação tinha mudado, como eu fui idiota. Naquele momento me passa um flashback de tudo que vi...