Capítulo 30- Essa pergunta é meio óbvia.

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ELLIE ON

Passamos o dia todo rondando Yokohama, nada de mais a não ser os cidadãos (pessoas que não faziam parte da Praia), quando anoiteceu na região havia 3 arenas de jogos.
-Maioria são cidadãos, não estou reconhecendo nenhum – disse a Niragi enquanto observávamos as pessoas entrarem.
- Vamos entrar em um jogo, vamos ver se tem algo de anormal – disse e entramos em outra arena. A arena era uma parte com uma mesa e celulares depois havia uma porta.
- Fim das inscrições! O jogo vai começar agora. Dificuldade: 3 de ouros. Jogo: Chave. Regra: Ache o mapa a partir das coordenadas na biblioteca e depois descubra qual é a chave que leva a área segura. Condição para zerar: Chegar a área segura no tempo estipulado! Tempo: 15 minutos.
A voz terminou e eu olhei para Niragi, pq nunca é um de espadas? Sempre dependo da inteligência de Niragi em jogos de ouros. Uma série de perguntas sobre diversas áreas do conhecimento foram feitas para cada um e cada pergunta de dava um número que correspondia a algum dos quesitos das coordenadas. Niragi obviamente tirou de letra e foi o primeiro a atravessar aquela porta, eu errei uma questão e o jogo me “congelou” por 1 minutos mas mesmo assim fui a segunda a entrar.
Atrás daquela porta havia uma biblioteca enorme com inúmeras fileiras cheias de estantes, a parte difícil do jogo estava em combinar aqueles números para ver se dava em uma coordenada que era uma fileira e o livro, sim o mapa estaria dentro do livro. Foi tão difícil, inúmeras tentativas, eu corria pelas fileiras e abria inúmeros livros e nada de mapa. Certo momento eu e Niragi estávamos na mesma coordenada, nos olhamos e procuramos a numeração do livro.
Alice no país das maravilhas
Tocamos a lombada do livro juntos, eu peguei e abri o livro tirando de lá um mapa.
- O MAPA! – gritei e todos os jogadores começaram a nos seguir.
Não sei dizer que caminho era aquele, era cheio de curvas mas as paredes eram igual fazendo você achar que estava sempre no mesmo lugar. Quando acabou, uma porta nos levou até uma área externa, a alguns metros havia uma bacia grande cheio de chaves e ao lado um container trancado por um cadeado.
- Devemos achar a chave – uma garota disse e começamos a pegar chaves e testar no cadeado. Eram milhares de chaves e nenhuma dava, a cada chave que não abria meu coração se apertava.
- Tempo: 4 minutos – a voz anunciou e o nosso ritmo aumentou.
A mesma garota que falou chaves abriu o cadeado, entramos no container e lá tinha um cadeado eletrônico para se abrir. Olhei para Niragi enquanto todos os jogadores gritavam falando que iriamos morrer, ele em um passe de magica abriu e nos revelou uma alavanca que zerava o jogo. Puxei a alavanca com pressa.
- Parabéns! Você zerou o jogo! – a voz disse e todos relaxaram.
Abracei Niragi e fechei os olhos, quando abri vi a menina conversando com outra enquanto olhavam para Niragi. As encarei e percebi que nelas havia um colar igual com numeração. 008 e 020.
As pessoas começaram a sair e nós também, no caminho até fora da arena as duas sempre nos olhavam.
- Tem alguma coisa errada – disse e Niragi me olhou – elas não param de olhar – apontei e quando Niragi as olhou, viu seus colares e as meninas começaram a andar depressa e não nos olhavam. Olhei para ele que parou de andar, as meninas já estavam fora do nosso campo de vista.
- O que tem no colar delas? – questionou.
- Uma numeração – disse e ele me olhou pedindo mais – 008 e 020 – falei e ele me encarou.
- Tem algo de errado Ellie, precisamos ir atrás delas – disse e nós começamos a correr.
As armas nas nossas costas dificultavam nossa corrida mas fomos na maior velocidade que podíamos até que vimos as garotas correrem para dentro de um barco. O lugar que era para ter uma ponta para se atravessar o rio, não tinha e era um rio longo impossibilitando passar por ali nadando. Observamos elas chegarem até a borda e correr para um local atras de um prédio, era superluminoso apenas do prédio provar nossa visão do local.
- Que porra tá acontecendo? – questionei ofegante. Niragi estava puto da vida – eu juro que se elas estiverem olhando pq te acharam gato, eu mato elas – disse brava e ele riu apesar do cansaço.
- Amanhã cedo vamos dar um jeito de chegar ao outr...- ele foi interrompido por uma barulho familiar e algo atingindo o chão perto do meu pé. Nós olhamos assustados e o som se repetiu – isso é... uma M24! – ele disse e quando som se repetiu minha ficha que M24 era uma sniper, saímos correndo e nos escondemos atras de um muro pela metade, realmente a cidade virava uma selva.
- Pelo o menos a essa é ruim de mira – disse e Niragi tentou espiar pelo buraco do muro. Vi sua expressão mudar, ele colocou a arma ali e fez uma série de disparos.
- Está muito longe – ele disse, os tiros do outro lado ocorreram mais uma vez – precisamos sair daqui – concordei e tentei engolir meu medo – vem! – falou me puxando.
Nós corremos até o apartamento que estávamos o mais rápido possível.
- Que merda tudo aquilo significa? – questionei assim que chegamos. Minha arma foi para cima da mesa.
- Não sei, mas aquele tiro poderia nos matar, a pessoa só não matou pq não quis – ele disse passando a mão no cabelo – não sei se ir amanhã lá é uma boa ideia.
- Mas a gente precisa – falei e ele me abraçou – eu sei que se as chances de morrer por um tiro de M24 são altas mas também não podemos esquecer isso – disse.
- Amanhã pensamos nisso – ele disse e juntou nossas testas – é um milagre estarmos vivos – me beijou.

- Pronta? – questionou depois que me vesti. Mordi o último pedaço do pão da café da manhã e sorri.
- Prontíssima – falei e arrumei meu colete a prova de balas, ele me estendeu a mão e saímos dali em direção ao lugar de ontem.
Nosso cuidado foi redobrado igual ao nosso armamento, não havia ninguém e muito menos algum com uma sniper, tentamos de toda forma ver o que tinha atras do prédio mas era impossível sair.
- 11:45 – Niragi me avisou da hora. As meio-dia iriamos partir de volta a Praia em uma longa jornada de 6 horas.
Voltamos ao apartamento, nos alimentamos e arrumamos as nossas coisas antes de sair. Começamos a andar com a consciência que iríamos chegar só à noite, eu estava brava por não saber o que tudo aquilo significava e com um pouco de ciúmes por elas
o olharem daquela forma.
- Minha gata – ele me chamou e eu o olhei, eu andava com passos firmes e olhando para o nada, acho que ele viu a minha expressão de raiva, mas quando ele me chamou acho que tudo sumiu.
- Oi – disse sorrindo fraco. Ele se aproximou de mim e segurou o meu rosto.
- Está brava? – perguntou e eu assenti, ele riu – por causa de não saber o que aquilo tudo é?
- E por causa daquelas garotas – disse e ele riu antes de me beijar. Ele era apenas meu, nenhuma vadia iria o roubar de mim novamente.
- Você se preocupa demais, ninguém se compara com você – ele disse e eu o puxei para mais um beijo. Nossa língua se entrelaçavam em um beijo intenso e lento – eu te amo te amo Ellie Suguru.
- Eu também te amo Niragi Suguru – falei em seu ouvido – agora precisamos voltar a andar, estou com saudades da nossa filha.
- Eu também – sorriu e começamos a andar – já imagino aquele pacotinho de gente vindo correndo até nós.
Sorri ao pensar naquilo.

- Me pegue se conseguir – falei escapando de seus braços. Tínhamos parado para comer e após aquilo ele veio na intensão de me beijar. Ele me olhou desacreditado e começou a correr atras de mim.
Niragi me agarrou pelo braço e tentou me beijar mas eu corri novamente, agora ele que estava se recusando me beijar pois o segurei e ele não me beijou.
- Eu sei jogar esse jogo Elliezinha- falou e começamos a correr atras do outro, toda vez que estávamos no braço um do outro algum se recusava a beijar.
Quando ele me segurou suas mãos foram para o meu rosto de forma delicada, fingi que iria beija-lo para correr, dei alguns passou e logo ele me segurou com forma e me prensou na parede, senti sua respiração no meu rosto e logo nossas bocas se colaram.
Era um beijo rápido e com necessidade, eu juro que nada me impediria de transar ali mesmo com ele, exceto por um cidadão que apareceu na rua nos assustando e mirando a arma para ele.
- POR FAVOR, NÃO! – implorou ficando de joelhos, me aproximei dele com a arma baixa – POR FAVOR!
- Não vou te matar – avisei mas ele olhou para Niragi que ainda estava com a mira certa nele – abaixe a arma Niragi – ordenei e ele fez e se aproximou de mim – quero saber se você sabe sobre algum grupo de pessoas que se reúnem em algum lugar para juntar cartas – disse ao cara.
- Eles andam com um colar com uma numeração – Niragi disse e o cara o olhou.
- Já vi vários deles mas nunca soube de nada – ele disse – eles vivem do outro lado do rio e é impossível passar para lá – completou.
- Só isso? – perguntei e ele confirmou.
- Certeza? – Niragi disse apontando a arma para a cabeça dele, ele entrou em desespero.
- EU JURO! – falou e Niragi tirou a arma da cabeça dele.
- Vaza daqui – ordenou e ele correu de nós. Nos olhamos e eu sorri.
- Você fica sexy sendo todo mal, mirando uma arma para alguém – disse a ele que sorriu e me agarrou.
- Alguns chamam de psicopata ou assassino mas você acha sexy – disse com atenção e arqueou as sobrancelhas.
- Talvez eu seja casada e apaixonada por um assassino, um criminoso – falei e mordi seus lábios – e a melhor parte é que eu não me arrependo – completei e ele colou nossos lábios, passei minha mão pelo corpo dele e senti seu membro ereto – no meio da rua Suguru, que feio – disse e ele riu.
- O justo seria a senhora dar um jeito nisso, caminhar excitado é um saco – ele disse e eu gargalhei.
- Quem sabe na Praia – disse e começamos a andar pelas próximas horas até os portões da Praia.
Fomos recebidos pelos membros excetivos e milicia tirando nossas bolsas e armas, meus ombros doíam.
- MAMAE! PAPAI! – Serena veio gritando e me abraçou. A apertei forte matando a minha saudade.
- Meu amor, que saudades – disse a beijando, ela sorriu e depois foi para Niragi.
- Minha menina – a abraçou - papai quase morreu de saudades – falou e ela se assustou.
Começamos a entrar e encontrar nossos amigos. Abracei todos e agradeci por cuidarem dela.
- Tio Chishiya cuidou bem de você? – Niragi perguntou.
- Sim! Eu e tia Kuina fizemos penteados no cabelo dele – disse e nos gargalhamos.
- O que mais você fez? – perguntei.
- Pintei meus livros, brinquei de pega-pega, maquiei tio Chota e mimi com a tia Kuina – falou animada e eu sorri – cuidei do Oton também mamãe.
- Que legal filha – sorri.
- Vocês precisam de um banho, pode ir lá que eu cuido dela – Ann disse e Serena segurou a mão dela.
- Muito obrigada – agradeci e fomos para o quarto.
No quarto, eu arrumei as coisas enquanto Niragi tomava banho e depois eu fui ao encontro dele. Ele estava com os olhos fechados enxaguando seu cabelo, era uma cena maravilhosa, seu corpo definido e todo tatuado, seu rosto relaxado e cheio de piercings. Me aproximei tocando seu ombro e ele abriu os olhos.
- Ficou um tempo apreciando? – questionou e eu ri.
- Fez esse favor de me deixar ver? – disse e ele concordou – que bondoso Sr. Suguru – completei e ele me beijou, desci para seu membro o masturbando – você quer?
- Essa pergunta é meio obvia Sra. Suguru – falou e eu me ajoelhei fazendo ele delirar.

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