Capítulo 15- Está mentindo!

119 5 2
                                    

Tudo para, minha respiração, minha vida, meu mundo. Param e despencam.
- O QUE? – grito com lágrimas nos olhos.
- Ele está morto Sra. Suguru, ele foi metralhado e estamos brigando para os Saragoça nos dar o corpo dele para um enterro digno – ele diz e eu caio, ali na sala, meus pulmões estão apertados, não consigo respirar – Sra.? – um deles se abaixa até mim.
- Está mentindo! – falo e ele nega – Niragi nunca erra, ele não pode ter morrido!
- Sentimos muito, mas vimos ele morrer com os nossos próprios olhos – o outro diz e  eu me desmancho ali, choro, grito, me esperneio, soco o chão, faço de tudo para que aquela dor passasse.
- O que está acontecendo? – Chishiya questiona.
- Chishiya, leve as crianças daqui hoje, leve elas ainda dormindo – Isamu diz de forma robótica, seu olhar estava fixo na parede branca – rápido!
- Claro! Claro! – ele diz e sai. Me levanto e me junta ao sofá com eles e choramos por Niragi.
Nada daquilo parecia real, como isso foi acontecer? Era Niragi, ele sempre fazia as coisas bem-feitas, como ele pode ter pensado em invadir um local e não esperar tiros e nem disso, como ele se deixou levar tiros? Niragi não fazia isso, não deve ter sido ele, alguém deve ter o traído, ele não pode simplesmente ter feito algo que o fez ser baleado.
NÃO, NÃO, NÃO, NÃO!
Não pode ser, eu não conseguia acreditar. O meu Niragi estava morto e a culpa é totalmente minha, fiquei tão obcecada e doente pela verdade, fiquei viciada naqueles remédios que ele sentiu que era culpa dele e tinha que fazer algo para compensar. Mas ele não precisava fazer sozinho, eu queria ter ido, queria ter me colocado na frente dos tiros, queria ter ido no lugar dele.
Como eu vou para contar para as meninas? Com quem eu vou dividir essa tarefa de ser mãe? Como eu vou seguir minha vida sem ele? Como eu conto que não vai mais ter papai para ler quando for dormir? Como eu conto que nunca mais vão sair correndo e abraçar ele na porta de casa? Como eu faço isso? COMO?!
Como eu posso simplesmente me acostumar com o fato que eu vou acordar e dormir sem ele? Que não vou mais me aquecer no corpo dele, que não vou mais abraça-lo, não vou poder beija-lo, não terei mais a sua voz para me acalmar, não terei seus lábios nos meus, não terei suas mãos em mim, não terei o amor dele, não terei a risada dele, não o terei mais.
A culpa me consome. Eu deveria ter impedido ele ir, o ter segurado, devia ter lhe pedido desculpas, ter dito que o amava. Queria o tocar pela última vez, queria ter falado o quanto que eu o amava mas ele se foi e última coisa que fiz para ele foi decepciona-lo.
Meu peito dói demais. Dói a ponto de eu ficar o dia todo no quarto chorando e me tremendo. Sou engolida pela tristeza e pela vingança. Me levanto e visto minha roupa preta e vou até o galpão da máfia, Sora e Isamu estavam lá desde mais cedo para dar a notícia. Isso não iria ficar assim, haveria vingança e eu iria acabar com toda essa palhaçada da Stephanie.
Entro naquele galpão super decidida apesar do meu rosto estar inchado de chorar e minha voz falhando.
- Pessoal! – digo chamando a atenção deles – aqueles ratos tiraram Suguru de nós, tiraram o nosso líder, o nosso bem mais preciosos e está desonrando ele com essa demora para nos entregar o corpo dele, e isso só demostra o quão imundo eles são! Então com isso, venho nos convocar a guerra! Eles passaram dos limites e agora é nossa vez, então amanhã bem ao meio-dia vamos invadir aquela casa de merda, vamos metralhar quem entrar no nosso caminhos, vamos recuperar nossa dignidade, vamos nos despedir de Suguru, vamos atras da verdade e vamos acabar com aqueles ratos. POR SUGURU! – completo e meu peito dói por falar auto demais, pela tristeza e pela raiva
- POR SUGURU! POR SUGURU! POR SUGURU! POR SUGURU! – eles gritavam e erguiam os punhos em sinal de luta, desabo no choro feliz e triste. Feliz por ser apoiada e triste pq se ele estivesse aqui nada disso seria necessário.
Ligo para Chishiya e pergunto das meninas e elas estavam dormindo pois ficaram o dia todo na Praia e agora estavam em um hotel. Meu coração se acalmou ao ver elas e doeu ao mesmo tempo ao pensar que aquela noticia as destruiria.
Volto para a casa sozinha, Sora e Isamu estavam montando o necessário para amanhã, tiro meus acessórios e minhas roupas e vou direto para um banho. A água passa por todo meu corpo, dos meus cabelos até as ponta dos dedos dos pés e nada parecia levar essa dor embora, era insuportável. Acredito que esse foi o banho mais longo da minha vida, eu tive que lavar os cabelos e a cada dois segundos eu parava para chorar por 15 minutos então...
Saio do banheiro enrolada na minha toalha e volto para o quarto, olho para a cama e acho que vou desmaiar, acho que estou ficando louca ou morri também. Ele se levanta e vem sorrindo até mim com os braços abertos, pronto para um abraço. Me tremo toda, não é real Ellie, você ta vendo coisa e vai procurar um psiquiatra amanhã à tarde. Porém ele se aproxima mais e quando penso que quando ele me tocar eu vou morrer, meus braços são mais espertos e minha mão atinge o rosto dele com tudo, o barulho é alto.
- Que isso, amor? – ele diz com a mão no rosto.
- Que porra de assombração é essa? – digo brava.
- Não sou assombração, estou vivo – ele diz.
- Niragi tem um irmão gêmeo? Pq se tiver ele nunca me contou e se você for gêmeo e estiver querendo graça comigo vou te matar com as minhas próprias mãos, respeite seu irmão que o corpo nem esfriou e já ta sendo talarico!
- Caramba Ellie, eu não morri – ele diz e me toca, o toque é real – eu forjei minha morte para conseguir informações  -completa e eu fico parada onde estou e ele ri.
- Você não morreu? – ele nega rindo – NIRAGI! – bato nele e ele continua a rir, estou irritada, me sinto uma trouxa e ele me abraça.
Esse abraço... pensei que nunca mais sentiria mas eles estão aqui e de repente seus lábios estão nos meus, retribuo o beijo e deslizo minha língua na dele, o beijo se intensifica até eu parar e encaixar minha cabeça no ombro dele.
- Ah Niragi – digo passando a mão por seus braços – não faça mais isso, eu chorei tanto.
- Eu sei, desculpa – segura meu rosto e nosso olhar está fixo no olhar um do outro – mas descobri que realmente seus pais estão lá dentro – meu coração quase para e ele ri.
- Me conte o que você fez – peço e ele segura meu rosto.
- Fingi que você me bateu num ataque de loucura e que precisava de ajuda – falou e eu fiquei chocada – tomei uns remédios para parecer grogue, fiz uns machucados falsos e outros eu pedi para o povo me socar mesmo – rimos – eu fiquei lá dentro e a noite eu andei por tudo e descobri quase tudo lá.
Sorrio e ele me beija, com vontade, com saudade e eu retribuo.
- Fico muito feliz que tenha feito uma missão para me honrar, mas vamos ter de mudar objetivo – ele sorri – a missão ainda vai existir.
- Niragi – ele me olha – eu te amo – sorrimos.
- Eu te amo muito mais, meu amor – diz e então me beija.
Minhas mãos voam para seus cabelos negros o trazendo para mim e as mãos dele se livraram da minha toalha, ele riu quando me puxou para o corpo dele, estávamos colado um no outro. Puxei a blusa dele para cima e ele se livra dela rápido, sua calça também seguiu o mesmo destino que a blusa: um canto qualquer do quarto.
A boca dele partiu para o meu pescoço me causando arrepios e depois para os meus peitos onde ele os chupou e lambeu com vontade, como se ele pedisse a vida toda por isso. Minhas mãos estavam no cabelo dele, puxando e segurando forte. Comecei a empurrado para a parede quando as costas dele se apoiaram lá eu me ajoelhei e o olhei enquanto eu subia e descia minha mão pelo seu membro ereto, ele sorriu mordendo os lábios e inclinou a cabeça para trás.
- Ei – me chamou a atenção – você está bem?
- Sim – sorri – não tomei nada hoje e prometo não tomar nada e te contar as coisas – completo e ele acaricia meu rosto com o polegar – mas podemos falar depois? Só quero você agora – falei e coloquei seu membro na minha boca e ele gemeu.
- Como quiser, meu amor – falou com a voz rouca.
Em nenhum momento eu parei de olhar para ele quanto minha boca o engolia por inteiro da ponta até a base em um ritmo rápido e cada vez mais rápido, eu estava louca para sentir seu gosto na minha língua. Niragi segurou meus cabelos e me deixou trabalhar nele, sua boca ficava entreaberta liberando os gemidos que eu causava nele, ele se contorcia na parede e eu adorava vê-lo daquele jeito. Seu membro estava nos meus lábios, abri eles um pouco e o empurrei para o fundo da minha garganta e na mesma hora senti Niragi me dar sinais de que tinha chegado ao meu ápice, sorri com os olhos e ele gemeu rouco enquanto minha boca recebia seu líquido. Me afastei e sorri limpando o canto da minha boca e ele sorriu.
- Sua vez, princesa – ele disse me puxando até eu ficar em pé e me pressionou contra a parede e o seu corpo, seus lábios foram de encontro com os meus, lento e quente, enquanto as mãos dele afastaram as minhas pernas em busca da minha intimidade e quando a achou logo começou a massagear meu clitóris e eu gemi alto.
- Está bem molhada para você, Sr. Suguru? – falei separando nosso lábios e ele riu safado e começou a fazer uma trilha de beijos. Pescoço. Seios. Barriga. Virilha. E finalmente lá.
Niragi estava de joelhos, seu rosto enterrado no meio das minhas pernas me lambendo da melhor forma possível, seu piercing sinalizada toda vez que ele passava a língua em meu clitóris. Seus dedos me preencheram e começaram a se mexer dentro de mim enquanto sua língua trabalhava do lado de fora. Minhas pernas tremeram com o prazer e eu não conseguia manter a minha boca fechava, eu grita o nome dele e gemia, os cabelos dele estavam nas minhas mãos e parece quanto mais eu puxava mais prazer eu recebia.
Quando eu comecei a sentir meu corpo ficando fraco e algo em mim começar a subir Niragi se afastou de minha intimidade, retirou os dedos e se levantou. Tudo parecia cair, eu estava quase lá e eu estava tão necessitada daquilo.
- Niragi, pq? – questionei brava e ele riu antes de me virar de costas para ele, meus peitos pressionavam a parede. Ele ergueu meu quadril para ele e os segurou com uma mão enquanto a outra mirava seu membro na minha entrada, quando chegou se empurrou para dentro de mim, me preenchendo – KRL! – gemi e ele tirou meus cabelos do meu rosto e pescoço, deixando tudo de um lado só.
Com o meu pescoço a mostra para ele, o mesmo se aproveitou e passou seus lábios e língua por ali enquanto seu quadril batia contra o meu rapidamente, eu gemia seu nome enquanto ele arfava. Minhas mãos estavam apoiadas na parede até Niragi pegar meus braços e os prenderam na minha costa, agora com uma mão ele prendia meus punhos contra a minha pele e a outra ele segurava o meu quadril quando ele não estava distribuindo tapas em minha bunda, sorri em aprovação.
- Pensou mesmo que eu me deixaria morrer sabendo que a coisa que mais amo na vida é ver você toda cheia de prazer? Achou mesmo que eu iria deixar você ficar com outro homem? Deixar outro te dar prazer? – falou no meu ouvido.
- Sempre achei que fosse fingimento sua morte – respondo – então trate de me foder bem Niragi, desperdicei horas chorando por você – completo e ele junta nossos lábios ao passo que ele aumenta a velocidade.
- Eu faria muitas coisas para te ver gritar por causa do meu pau em você – diz e com isso meu corpo fica leve, algo começa a queimar dentro de mim e minhas pernas falham, minha intimidade aperta Niragi dentro de mim e meu de desfaço. Niragi me segura enquanto eu ainda estou gemendo com o prazer.
Ele ri e me pega pela cintura me levando para a cama onde eu me deito e abro as pernas para ele.
- Cansou ou quer mais? – questiono sorrindo.
- Eu nunca me cansaria de você – falou e subiu em mim, abracei o quadril dele com as pernas e logo seu membro estava em mim de novo.
- Então pode se banquetear – falei e ele começou a estocar de forma intensa enquanto nossos lábios não se desgrudavam.

Acordo de madrugada, o espaço na minha cama está vazio e lá fora o mundo parece estar se destruindo. Há uma chuva intensa e Niragi não está aqui, meu corpo está quente e a cama também me sinalizando que ele estava aqui até agora pouco. Saio da cama e me enrolo no roupão e começo a procurar pela casa mas não tem ninguém, minhas filhas não estão, meus amigos não estão, meus sogros não estão e nem meu marido.
- Niragi? – chamo e o único som que me volta é a da chuva, olho pela janela e vejo o qual intensa está.
Vejo que a porta da varanda está entreaberta. Niragi estava lá fora? Naquela chuva? O  celular e a arma dele está aqui então ele não pode ter feito uma missão sozinho. Não penso suas vezes e vou atras dele, há muito vento também mas nessa altura eu não ligava, dou alguns passos e estou na chuva, estou me molhando com os pingos frenéticos e estou quase sendo derrubada pelo vento.
- Niragi? – grito e tento ver algo mas só vejo água e vento.
- Ellie... – uma voz fala e eu me giro procurando a direção de onde veio – como isso aconteceu? Você é uma boa menina
- NRAGI! CADÊ VOCÊ? – grito e dou passos para frente e meus pés se enterram numa poça de água e pronto, agora estou no chão, minha cabeça dói. Levo a mão onde está doendo e quando olho há sangue, muito sangue, tanto sangue que começo a sentir escorrer pelo meu pescoço, pelas minhas costas – Niragi! – grito mas tudo fica lendo, escuro e me desmorono, ali no chão com a chuva.

Abro os olhos e a clareza do local quase me mata.
- Ah meu Deus, estava na hora já! – alguém me fala e minha visão não me deixa ver quem é mas reconheço a voz.
- Que? – falo.
- Que digo eu sua doida! Você simplesmente desmaia tomando banho e fica 2 dias sem acordar! Ta doida? – a pessoa diz e eu forço os olhos e vejo em é. Minha mãe.
- Mãe? – falo e escuto o equipamento começar a fazer barulho, meu coração.
- Ellie? Pelo amor de Deus, uma enfermeira! Minha filha está tendo um ataque cardíaco!
Tudo fica escuro.

the choiceOnde histórias criam vida. Descubra agora