Capítulo 31- Talvez uma segunda Praia?

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- Agora coloca a farinha filha – falei e ela pegou o copo de medidas e jogou a farinha no recipiente. A farinha subiu por causa da velocidade e eu tossi – sua doidinha – falei e ela riu, toquei a farinha e passei em seu nariz.
- Ah mamãe – falou impressionada e gritou enquanto ria – agora você – tocou a farinha e fez o mesmo. Fingi surpresa e ela riu.
- O que as duas estão aprontando? – Niragi disse entrando na cozinha e encontrando eu e ela na pia, Serena estava em pé na cadeira para dar a sua altura.
- Bolo – disse simples e ele tocou meu ombro.
- De chocolate! – Serena disse animada e ele também se animou, era o bolo preferido deles.
- Não acredito – ele disse feliz – meu estomago até roncou aqui – rimos.
- Vamos mexer filha – disse e a ajudei a mexer a massa deixando ela homogênea. Despejamos na forma e Niragi colocou no forno. Enquanto eu lavava a louça que usei para fazer o bolo os dois comemoravam pela felicidade de comer o bolo preferido.
- A mamãe é a melhor mamãe do mundo – Niragi disse e eu sorri – pq ela faz bolo de chocolate – completou.
- Bolo de chocolate é bom! – disse animada e eu ri.  Me juntei a eles.
- Daqui a pouco temos reunião – Niragi me avisou, tínhamos muita coisa a contar sobre o que aconteceu sobre as buscas. Serena saiu correndo para fora – aonde você vai?
- OTON! – gritou correndo, rimos da fofura dela.
Me aproximei dele e acariciei seus cabelos, eu amava a forma como ele os prendia. Passei meus dedos pelos seus piercings e ele riu.
- Cadê o seu? – questionou sobre o meu vertical labret.
- Eu tirei quando você terminou comigo – disse simples.
- Pq?
- Sei lá, me lembrava você e eu queria te esquecer – disse e ele me puxou para seus lábios.
- A ideia de você me esquecer dói – falou me olhando profundamente.
- Eu sei, também me doía – acariciei seu rosto.
- Obrigada por me perdoar – disse fechando os olhos – você sempre foi a mulher da minha vida – sorri e me lembrei da carta dele.
- Nesse tempo eu descobri que você é um bom escritor – falei e ele riu – quer colocar em mim o piercing?
- Claro, pegue lá – sorriu e eu fui até o quarto. Quando voltei vi Serena sentada no chão dando mato para Oton e Niragi acariciando o bichinho. Ele me viu e lavou a mão – senta aqui – falou e eu me sentei na cadeira.
Respirei fundo quando a joia passou me dando uma leve ardência momentânea, ele fechou o piercing e sorriu.
- Muito gostosa – falou e beijou minha bochecha – olha a mamãe filha.
Serena me olhou e sorriu.
- Ta linda mamãe – disse e eu a apertei por causa de sua fofura.
O bolo assou, retirei ele e cortei pedaços para nós três. Eles devoraram dizendo que estava perfeito.
- Mais? – questionei.
- Sim mamãe – Serena disse e eu cortei mais um pedaço para ela.
- Cheguei gente linda! – Chishiya disse e logo olho para o bolo – eu quero – se sentou esperando eu servi-lo. Fiz e ele agradeceu – você que fez?
- Aham – respondi.
- Bom demais – falou mordendo mais um pedaço.
O cheiro atraiu mais pessoas do nosso grupo fazendo o bolo quase acabar.
- Cuida dela para mim? – pedi para Kuina – temos reunião.
- Claro – sorriu. Me despedi dela e quase todos que estavam ali foram para a reunião.

Nos sentamos esperando Chapeleiro. Cada dupla deu um resumo do que aconteceu e basicamente em maioria deles a cidade estava abandonada, umas duas duplas falaram que havia uma arena de jogos para cidadãos e não havia nada de suspeito.
- Sr. e Sra. Suguru – Chapeleiro chamou e nos levantamos.
- Nas ruas de Yokohama são normais, nada de suspeito e abandonada – Niragi começou a falar – as arenas de jogos são para as maiorias dos cidadãos mas no jogo que eu e Ellie jogamos havia duas garotas com colares iguais com numeração – ele disse e todos os olharam chocados – quando percebemos começamos a perseguir elas até um rio e lá as perdemos de vista.
- Elas travessaram o rio com um barco, não tem formas de passar por lá – eu disse – aliás, até tem mas se você conseguir ir até lá sem tomar um tiro é sorte, e é quilômetros até chegar na parte que dá – todos estavam chocados – falando em tiros, eu e Niragi recebemos tiro de M24, não conseguimos acertar e nem ver o atirador pela distância.
- O lugar que saia uma iluminação estava atras de um prédio, não da para ver nada o que acontece lá – Niragi disse – perguntamos a um cidadão e ele disse que há pessoas com os colares enumerados mas que não se tem notícia alguma sobre o que acontece do outro lado do rio.
- Precisamos ir lá – Aguni disse.
- Com certeza – Chapeleiro disse – mas precisamos pensar em tudo, como atravessar, armas e tudo – completou.
- O que vocês acham que pode ter lá? – Ann questionou.
- Talvez uma segunda Praia? – sugeri – eu não reconheci as garotas mas elas nos reconheceram.
- Quero mapas e tudo para organizar nossa ida até lá – Chapeleiro ordenou e logo eu e Niragi estávamos localizando e descrevendo o local.
Organizamos tudo, quantos iriam, carros, armamentos e etc. Em 3 dias iriamos lá acabar com aquela palhaçada.
- Fim da reunião! – ele disse e todos saíram.
Abracei Niragi, eu estava com tanto medo daquilo. A reunião demorou mais do que o esperado, então estava quase no horário dos jogos.
- Vou ir jogar – falei saindo de seu abraço – cuida se Serena, ok?
- Ok – falou me olhando. O beijei e sai.
Fui em direção a milicia para pegar a arma e depois fui ao encontro das pessoas que iriam jogar.
- Elliezinha – Last Boss se aproximou, sorri – já jogamos juntos?
- Só na primeira vez – sorri.
- Então essa vai ser a nossa segunda vez – falou e fomos jogar.

Acordei no meio da noite com o barulho da chuva batendo na janela, olhei por cima do ombro e vi Niragi dormindo com o braço em volta da minha cintura, cheguei perto dele e encostei a cabeça em seu peito. Ele começou a acariciar meu braço e beijou minha cabeça.
- Você está bem? - perguntou com a voz sonolenta.
- Estou meu amor- disse sorrindo admirando-o pelo fato de ele ser todo meu.
Beijei sua na bochecha e ele respirou profundamente com o sorriso leve enquanto está meio adormecido, adormeci me sentindo segura em seus braços ao som da chuva pacífica e dos batimentos cardíacos. Adormeci sabendo que finalmente estamos felizes e ninguém podia nos tirar essa felicidade. Ele me amava e eu o amava. Daríamos a vida um pelo outro e por Serena.

No outro dia, sai de meu escritório com Serena segurando minha mão em direção onde Niragi estava. Saímos das dependências da Praia já que Niragi estava com a milicia treinando tiro com snipers.
- Oi papai – eu disse me aproximando dele que tomou um susto.
- Oi mamãe – respondeu e me beijou, logo em seguida ele pegou Serena no colo para beija-la.
- Como eles estão? – questionei como uma boa líder.
- Eles são bons, chefe – me olhou – que pessoa que tem aulas comigo e não é bom?
Ri e fui até o ouvido dele citar nomes.
- Eu deveria remarcar as aulas? – questionei.
- Obviamente, chefe – falou e eu a olhei maliciosa. “chefe”. Isso me causava borboletas no estomago e ele sabia disso.
Ele colou nossos lábios por um momento e depois voltou a treinar o pessoal. Ficamos lá assistindo, até a hora que Chishiya chamou Serena para brincar e eu descido tomar um banho de banheira para relaxar.

Enchi a banheira com a água em uma temperatura agradável, coloquei um sabonete líquido que não fazia um exagero de espuma e seu cheio era uma delícia. Entrei e relaxei todos os meus músculos, eu não podia ficar muito tempo ali mas eu poderia relaxar por alguns minutos. Minha mente estava fora de Borderland, ela viajou para as minhas memorias mais felizes com a minha filha, com meu marido e com todos que me faziam bem. Sentir que tudo estava bem e em seu devido lugar era incrível, como se tudo fosse dar em um final feliz, eu sei que em geral era mesmo mas se parar pra pensar em certas pessoas do meu grupo de amigos era injusto falar aquilo.
Por exemplo, Chishiya perdeu o filho e namorada, era visível que ele não estava bem e a cada dia superava o luto, ele estava feliz mas acredito que se Julia estivesse com ele e com o bebê ele estaria ainda mais. Karube, vive de cara fechada depois que voltei com Niragi além de que na maioria das vezes está bêbado, eu me culpava as vezes mas o que eu podia fazer? Ele que se iludiu, nunca dei expectativas a ele.
O maior mistério da minha vida era saber se Kuina e Ann se gostavam, já vi e atrapalhei a pegação das duas e sempre havia uma tensão com elas duas, acredito que as duas ficavam mas nada sério, não que eu não torcesse para as duas namorassem, elas realmente combinavam. Chota e Last Boss eram exemplos de que não se precisa de parceiro para ser feliz, nunca vi os dois com alguém e sempre estavam felizes. Eu sorria toda vez que lembrava que Usagi e Arisu iam ter um bebe, Arisu era muito inexperiente nisso e acho que ele estava desesperado com isso mas não deixava de ser um momento muito feliz para todos, eu iria amar o bebe e ajudar eles com tudo que precisarem. As vezes eu fico pensando em ter mais um filho ou filha pq ser mãe cansa mas é uma sensação incrível, mas penso que agora é a melhor fase do crescimento de Serena e eu amava viver cada segundo e não queria perder então eu afastava a ideia de engravidar já.
Ouvi alguém entrar no banheiro e abri os olhos vendo Niragi com a arma nos ombros, ele a colocou apoiada na porta e se agachou na banheira. Sorri quando ele tocou meu rosto antes de me beijar.
- Vou jogar daqui a pouco – falou me olhando. Seus olhos brilhavam.
- Volta inteiro – falei simples - quero você hoje – completei e ele me olhou malicioso.
- Ah é? – disse e eu concordei mordendo o lábio inferior – aonde você vai me querer? – questionou e sua mão adentrou a água tocando minha barriga.
- Na nossa cama vai ter a Serena então... – não completei a frase pois seus dedos tocaram a minha intimidade.
- Você pode escolher o lugar que quer ser fodida hoje – falou me masturbando – o chão do quarto, em outro quarto, na balada, banheiro, lá fora – falou e a cada lugar uma flash passou pela minha cabeça, já havíamos transado em todos os lugares possíveis.
As mãos dele me massageavam e depois me penetrou lentamente algumas vezes. Gemidos começaram a sair de meus lábios e meu corpo a se mexer por conta do prazer, os dedos dele foram rápido em minha intimidade me fazendo gritar e delirar de prazer.
- Me fode Niragi – pedi e ele aumentou a velocidade dos dedos dele, mas não era os dedos dele que eu queria ali. Eu garrava o braço dele que não estava na água e implorava para ele me tirar dali para transarmos. Eu estava quase chegando ao meu ápice quando ele parou.
- Depois que eu voltar do jogo eu continuo – falou e eu joguei agua nele que riu.
- Odeio quando faz isso! – falei brava e ele me beijou antes de sair.
Tive que acabar de me satisfazer, mas ele pagaria uma preço alto por me fazer aquilo.
Sai do banheiro e me vesti com um jeans preto básico e um top preto também, encontrei Serena com o povo e fiquei lá até o jogo acabar.
Olhei no relógio, 15 minutos que todos tinha chegado e não vi sombra do meu marido. Ele morreu? Não, ele tinha uma arma como ele morreria? Será que estavam trazendo o corpo? Só de pensar na imagem do corpo de Niragi deitado no mármore frio no esmo lugar que o corpo de Chapeleiro ficou me arrepio.
Comecei a procura-lo e Tatta veio correndo desesperado até mim.
- Ellie, é para você – me entregou um papel – deixaram aqui na Praia.
- Obrigada – forcei um sorriso. Eu estava tremendo.

Você chegou tão perto de nós na última vez que saiu de Tóquio, mas tão perto que me fez lembrar que seu miliciano seria útil para mim, mas acho que você não vai ligar dele sumir né? Vocês nem se amam mais depois do que fiz.
Hahaha, beijos querida.

                              L.

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