Capítulo 04- Isso é o significado do amor né?

225 13 2
                                    

- Por onde quer a que gente comece? – Kuina questionou.
- Pela qual vocês preferirem – Niragi disse.
- Ok, vou começar falando como saímos de Borderland – ela bebeu um gole de água e começou -  ficamos um bom tempo naquele negócio de só iria embora quem fosse sorteado, até que um dia a milicia começou a guardar as próprias cartas e saímos juntos de lá.
- Juntos como? – questionei.
- Juntamos cartas suficientes para que umas 30 pessoas saíssem juntas – Chishiya respondeu e eu fiquei chocada.
- Mas não era contra as regras? – questionei e eles deram de ombros.
- Cadê o resto do povo? – Niragi perguntou.
- Está falando de Arisu, Usagi, Matteo e todo o resto? – Chishiya disse e Niragi concordou – eles saíram junto com a gente e por medo de o jogo nos levar de novo eles saíram do Japão, é muito raro de termos notícias deles mas a cada seis meses eles mandam um presente e uma carta para nós – fizemos uma pausa – aliás, como foi a gravidez das gêmeas?
- Foi difícil, elas nasceram prematuras como você tinha dito na Praia mas deu tudo certo – sorri e Kuina olhou uma foto nossa na mesinha ao lado – se você for falar que elas são copias do Niragi, nem abra sua boca – disse rindo e eles gargalharam.
- Manterei ela fechada então – ele respondeu rindo.
- Olha, eu não sei o que tem de tão negativo elas parecerem comigo, eu sou muito bonito – Niragi disse e todos gritaram de tédio daquela fala.
- Ele não mudou... – Kuina lamentou e rimos – aliás, podem ir contando sobre você serem da máfia e a Ellie quase ser morta – exigiu e eu arregalei os olhos.
- Era você lá na hora?
- Obvio, como acha que chegamos aqui? – Chishiya disse simples e eu ri.
- Ok, aquela noite foi desastrosa mas deu tudo certo – disse e logo começamos a contar algo bem básico sobre a noite mas parece que a conversa se estendeu até meus sogros chegarem e eles presenciarem a reunião sobre a conversa da máfia.
Eles ficaram chocados com o fato de sermos mafiosos e se interessaram.
- Temos uma coisa a dizer sobre vocês dois – o pai de Niragi disse e eu me assustei – quem garante que vocês vão ficar do nosso lado? Vocês escutaram muita coisa importante que se cair em mãos erradas nos ferram.
Olhei para Niragi e olhamos para eles.
- Vocês tem emprego? – ele questionou e eles negaram – ótimo, agora vocês trabalham para a gente – sorriu e eu ri.
- Pera, o que vamos fazer exatamente? – Kuina perguntou.
- Mirar, bater, enganar, roubar... a gente ensina vocês – respondi e continuamos a noite até eles irem dormir no nosso quarto de hospedes.
Eu e Niragi cuidamos das crianças e logo já estávamos na cama.
- Amanhã temos jantar com a família Gwalter – Niragi disse deitando ao meu lado, passei as mãos no rosto pois eu nem lembrava.
- Eles virão aqui?
- Sim, mas agora é hora de a gente esquecer disso – ele tocou meu rosto e beijou meus lábios, eu ri – e lembrar de que você é a mulher mais gostosa desse mundo e que eu sou doido por você, além de cumprir a promessa que fiz hoje mais cedo – eu ri ao passo que os lábios dele estavam no meu pescoço.
Fechei os olhos que entregando para o momento e lembrei de sua fala de mais cedo.
“Se for uma vontade sua, pode ir mas saiba que seus peitos naturais são ótimos para mim, a noite eu prometo me perder nos seus peitos até fazer você gostar deles”
As mãos de Niragi foram para a minha camisola e a tirou de forma delicada, quando meu corpo estava totalmente a mostra para ele e sorriu e passeou a mão por ele, seus dedos passaram perto dos meus pontos.
- Prometo ser delicado, mas se você sentir dor me avisa por favor – falou beijando meus dedos e eu assenti.
Ele tirou sua box revelando seu membro para mim, estava petrificado, louco para estar dentro de mim. Enquanto ele abria a camisinha, eu o masturbei o fazendo revirar os olhos, eu o queria tanto dentro de mim que eu já estava molhada e pronta para recebe-lo apenas com aqueles beijos em meu pescoço. Nossos olhos se encontraram quando ele colocava o preservativo em si mesmo, as mãos dele desceram até a minha intimidade e se assustou por eu estar molhada.
Mesmo assim ele me masturbou um pouco com os dedos antes de se enterrar em mim e eu gemer alto, ele estava em um ritmo lendo por conta dos meus pontos, seu corpo não estava colado no meu pela mesma razão e isso me irritava.
A boca dele brincava com os meus seios, lambendo, chupando, me dando prazer. Ele parecia bem satisfeito com aquilo, como se o sonho da vida dele fosse perder seu rosto ali. Quando percebi havia vários chupões e marcas vermelhas neles que passavam a ideia de ter doído mas a melhor parte era que no processo eu nunca senti tanto prazer com os meus seios na minha vida igual hoje. Eu teria um grande trabalho para esconder mas eu não ligava. Era incrível a habilidade dele me foder e fazer coisas deliciosas com a boca.
- Niragi, você está muito longe – falei e ele me olhou.
- Você está com pontos, não quero te machucar – falou e aumentou a velocidade.
- Mas isso está me matando – disse manhosa e ele riu antes de me beijar com vontade me fazendo esquecer que aquilo me irritava e apenas pensar no prazer que as estocadas dele me proporcionavam.
O ritmo aumentou, eu não sentia dor nos pontos, eu estava ofegante e deseja ter mais dele, ergui meu quadril para ele que agarrou e trouxe para ele. O prazer era como um vício, eu precisava ter o máximo, me desmanchar em Niragi para relaxar, para me sentir bem.
- Por favor Niragi, eu preciso gozar em você – pedi ofegante.
- E eu preciso de você gozando em mim – disse no meu ouvido e em segundos eu cheguei ao meu ápice, gritando e apertando Niragi dentro de mim e afundando as unhas nas costas dele. Ele encaixou o rosto na curva do meu pescoço e continuou a meter em mim até ele gemer rouco avisando que estava gozando também.
Seu corpo se afastou de mim, ele retirou a camisinha de seu membro e a descartou antes deitar ao meu lado, deitei em seu peito e o beijei. Passei a mão na tatuagem do meio do peito dele, eu amava aquela e ele disse que fez pensando na gente. Era uma carta de copas (o coração) sendo atravessada por uma flecha, era no estilo oldschool. Ele disse que como copas era o meu naipe e a gente se apaixonou em um jogo de copas, aquela tatuagem era uma forma de me marcar nele.

Ajeitei o macacão pantalona verde escuro, quase em um tom petróleo em meu corpo e abri a porta para os Gwalter. Cumprimentei eles e quando Julia parou na minha frente eu me lembrei do outro ser humano que estava na minha casa. Desfiz a cara de assustada e a abracei animada.
Estava eu, Niragi, Kuina, Chishiya, os pais de Niragi e agora estavam o Sr. e a Sra. Gwalter, vulgo eram pais da Julia e ela agora estava recém-casada com um neurocirurgião moreno, super musculoso e bonito.
- Perdão, qual é o seu nome? – disse quando apertei a mão dele.
- Adam, Adam Hafred – ele sorriu – você é a Ellie Suguru, certo?
- Isso mesmo – sorri e andei pela minha casa até meu marido que estava conversando com a Sra. Gwalter e a mãe dele sobre as meninas. Ele passou a mão pela minha cintura e eu olhei a sala.
Kuina e Julia estavam conversando com o marido dela e Chishiya conversava com o Sr. Suguru e o Sr. Gwalter. Era visível que ele e Julia trocavam olhares, como que eu nunca perguntei para ele sobre a namorada dele?
- Amor... Amor – senti ele cutucar meu braço e sai do transe, olhei para Niragi assustada – ta tudo bem? -olhei para o lado e discretamente o puxei até a cozinha, fingi estar mexendo em algo e me aproximei dele.
- Julia e Chishiya – falei e foi o suficiente para ele entender – mais tarde eu falo com eles, agora chame o povo para comer – falei.
- Ta bom – sorriu e me beijou. Alguém entrou na cozinha e eu olhei.
- Adoro empatar sua foda, filho – a mãe dele disse e eu ri. Niragi revirou os olhos e riu também – eu ajudo a Ellie a colocar a mesa, vá chamar o povo, to com fome.
- Seu pedido é uma ordem – falou e saiu.
Rimos e começamos a pegar os talheres, taças, pratos e tudo mais. Em alguns minutos estvam todos comendo e conversando.
- Agora que a máfia mudou a direção, com quem eu devo falar sobre os negócios? – Sr. Gwalter questionou limpando a boca com o pano.
- Com Niragi e Ellie – minha sogra respondeu e ele assentiu.
- Temos um cara, começou sendo empresário e quando o dinheiro subiu à cabeça ele começou a se meter com umas máfias duvidosas, mas visivelmente ele não entende nada desse mundo, só entrou para ostentar – ele fez uma pausa – ele está com umas ideias mal elaboradas que podem atrapalhar nossos objetivos então... – parei de escutar ali pois a cara que Kuina fez de: “ele também tem uma máfia?” me fez exigir muito controle para não rir.
A conversa entre ele e Niragi foi longe e era visível que ele estava disposto a impedir aquele cara.
- Eu e Ellie tomaremos as providencias – ele tocou minha mão e eu sorri. Gwalter sorriu e apontou para mim.
- Ela é boa, ela tem uma essência para esse tipo de coisa – sorriu – ela nasceu para cometer crimes profanos com você – completou.
- Nossa garota de ouro – meu sogro disse e eu estava começando a ficar tímida.
- Eu sei que sou um homem de sorte – Niragi beijou a minha mão e eu sorri.
- Vou ao banheiro – falei no ouvido de Niragi e pedi licença na mesa e sai. No caminho do banheiro encontrei Chishiya lá fora e fui atras dele – Chishiya?
Ele virou, me viu e sorriu.
- Estou tomando um ar – ele disse e toquei o ombro dele.
- Desculpa, eu havia me esquecido sobre Julia...
- Está tudo bem Ellie, as pessoas passam pela nossa vida e vão embora, cada um tem uma missão – ele segurou meu rosto – ela foi a única pessoa que amei verdadeiramente na minha vida e se ela está feliz hoje eu também estou, esse é o significado do amor né? – o abracei fortemente.
- Desculpa perguntar, na verdade não precisa responder se não quiser mas o que aconteceu com o seu namoro? – o encarei.
- Depois que vocês foram embora nos dois terminamos – ele fechou os olhos – pq eu tinha constantes pesadelos e sonhos com Julia e nosso filho, aliás, ela é mãe? – os olhos dele estavam tão esperançosos.
Neguei com culpa por aquela esperança.
- O bebê morreu na barriga dela quando ela voltou para cá – uma lágrima escorreu nos olhos dele e eu o abracei – eu sei que é difícil lidar com isso, mas sempre estarei aqui.
Ele beijou minha testa e sorriu, me afastei indo ao banheiro. Quando voltei a mesa, Chishiya já estava lá novamente, ele e Julia trocavam olhares mas tentei não olhar muito para eles e me manter entretida em uma conversa com a minha sogra. Após um tempo, servi a sobremesa e todos saíram da mesa se espalhando pela casa e rindo, recolhi os pratos da mesa e deixei na pia pois Niragi estava encarregado de lavar a louca e arrumar a cozinha, quando eu estava voltando a sala me esparrei com Julia.
- Perdão amiga – falei rindo do susto dela – como você tá?
Ela me abraçou.
- Ver ele foi como receber um soco no estomago, a quanto tempo você sabe dele? – questionou.
- A menos de uma semana, foi um erro ter vocês dois na mesma casa, perdão – disse a encarando.
- Eu estou tão confusa – me olhou – eu amo Adam mas o Chishiya, ele... ele é o grande amor da minha vida – seu olhar estava triste, a olhei com dó.
- Querida? Ju? – a voz grossa nos fez assustar e logo ele estava na porta da cozinha, sorri para ele e ela se virou sorrindo como se não estivesse quase chorando – fiquei preocupado.
- Não se preocupe, querido – sorriu e foi até ele – eu estava aqui conversando sobre assuntos femininos com a Ellie – ele acariciou o cabelo dela rindo.
Voltamos os três conversando amigavelmente até a sala, as pessoas não ficaram muito mais do que uma hora, então assim que todos foram embora, enquanto Niragi arrumava a casa eu cuidava das crianças. Kuina e Chishiya estavam dormindo em casa por alguns dias até a gente encontrar uma casa para eles perto de nós, eu avisei que amanhã a gente começaria a treinar eles e desde então eles estavam animados.

KUINA ON
- KUINA! DESLIGA O FOGÃO PARA MIM POR FAVOR! – Niragi me gritou do quarto das meninas e eu me levantei do sofá. Meu corpo doeu por causa dos treinos que eu estava tento ultimamente, mas eu estava feliz por ter reencontrado Ellie.
- PRONTO! – falei mas logo ele desceu as escada com as meninas todas arrumadas. Eu achava incrível como Ellie era quem cuidava das cuidava da máfia e ele da casa. Peguei Alicia no colo enquanto Niragi colocava almoço para elas.
Sentamos para comer e logo Ellie entrou com um sorriso no rosto e um monte de roupas em sacos de grife.
- Olá família – disse sorrindo e nós rimos. Ela abraçou as meninas e beijou Niragi – hoje a noite, as meninas vão para a casa da vovó enquanto nos – fez uma pausa e mostrou vestidos luxuosos e ternos exuberantes – vamos ao cassino!
Niragi afogou com a notícia.
- Calma papai, você não quer ir ao cassino? – Alice questionou toda fofa e rimos.
- O que vamos fazer no cassino? – questionou.
- Você vai ver quando chegar lá – disse pegando comida para ela.

the choiceOnde histórias criam vida. Descubra agora