Capítulo 12- Num jogo...de sobrevivência

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NIRAGI ON

Eu estava amando o Brasil, o clima, as festas, as comidas, eu estava até pensando em ser um destino que viria mais vezes. As vezes até pensava em comprar uma casa aqui para quando viessemos mas não queria apenas para o Rio de Janeiro, minhas pesquisas no Google me fizeram adicionar vários lugares do Brasil na minhas lista de viagens.
Essa parada toda dos pais da Ellie estava me deixando preocupado, ela visivelmente não estava bem e eu entendia pois deve ser tão agonizante viver acreditando que seus pais estavam mortos e numa tarde ver eles na sua frente chorando em um tumulo falso. Ela sorria e brincava durante o dia mas a noite era visível que ela ficava quieta, as vezes chorava, a ansiedade a devorava por dentro a ponto de ela ficar sentada olhando para um ponto fixo e tremendo, sua garganta se fechava como se ela estivesse desesperada.
Acreditava que nossa vinda ao Brasil a deixaria mais animada para executar o plano mas eu entendia ela estar ansiosa, afinal o plano estava em ação. Eu a amava e queria ver ela bem, então eu estava me esforçando muito para me aproximar do Saragoça mas eu juro que se nada desse certo eu apelaria para as armas.
Ela estava linda na balada, estava meio aérea mas acredito que fosse por ela ter brincado demais com as meninas hoje. Peguei um drink para nós e voltei para onde ela estava.
- Obrigado – ela disse sorrindo e me beijou. Como eu amava aqueles lábios.
- Você está tão linda – falei no ouvido dela e segurei sua cintura. Ela levantou o olhar, ela é a pessoa mais doce que passou na minha vida, e levou as suas mãos ao meu cabelo antes de me puxar para um beijo.
O beijo foi se intensificando, nossas bebidas se misturando, eu passeava minhas mãos pelo corpo dela todo aproveitando as fendas da sua saia para passar minha mão na bunda dela, ela estava com uma calcinha minúscula. Mordi os lábios dela e a olhei.
- Acho que a gente precisa ir lá no meio dançar – ela disse acabando com a bebida em poucos goles, a olhei chocado pois ela não fazia isso mas fiz o mesmo e segui ela.
Tocava umas músicas com umas batidas bem legais, dava vontade até de viver. Chishiya estava escutando hoje cedo músicas assim, acho que era funk, ou algo do tipo, mas não importa o nome, só importa que Ellie sabia dançar e estava fazendo algo muito diferente com a bunda dela no meu pau. Me soltei e comecei a dançar com ela, complementando os movimentos dela, ela estava tão solta e feliz.
Peguei mais bebidas e assim seguimos a noite toda, bebidas, danças, mãos bobas, beijos e Ellie um pouco alterada, os olhos dela estavam diferentes mas o importante era ela estar se divertindo. Fizemos várias “amizades” naquela pista de dança e ela estava amando estar dançando certo e bem, eu apenas imitava alguns movimentos de uns meninos e estava tudo bem, eu poderia dar um tiro na testa de quem falasse que não estivesse bem. Ellie estava com as mãos no joelhos jogando a bunda no ritmo da música com duas outras mulheres enquanto eu via aquilo, sorrindo obvio, com meu drink e o dela na mão, a música acabou e ela sorriu feliz, ela estava até suada de tanto dançar.
Ela se aproximou rindo, pegou o drink e tomou tudo e jogou seus braços no meu pescoço. Segurou meus cabelos e me beijou, um beijo intenso, com vontade, como se fosse preencher algo, agarrei sua bunda e correspondia o beijo na mesma intensidade. Seu coração estava acelerado, acho que o meu também depois que ela simplesmente enfiou a mão por debaixo da minha camisa e arranhou meu abdômen.
- Quer ir para outro lugar? – questionei no ouvido dela e ela concordou juntando nossos lábios. Saímos daquela balada correndo, entramos no carro e assim que fechamos as portas nós voltamos a nos beijar, ela começou a puxar a minha camiseta a fim de tirar e eu apenas me afastei para ela tirar – Ellie, precisamos achar um motel – falei enquanto ela beijava meu pescoço e alisava meu membro sob a roupa.
- Não vai dar tempo Niragi, preciso de você agora – falou subindo no meu colo. Não tive tempo de reação apenas afastei meu banco para ela subir. As mãos dela foram para o meu pescoço, ela estava tão quente, os lábios pareciam ter imãs pq eu não conseguia parar de beija-la.
Com ela no meu colo, uma perna em cada lado do meu corpo, eu passei as mãos pelas costas dela enquanto as mãos dela caçavam meu botão da calça e quando ela achou tirou meu membro já duro e puxou sua calcinha de lado, sentando em mim. Sua cabeça foi para trás e ela gemeu.
- Porra! Precisava tanto disso – disse e juntou nossos lábios, ela começou a me cavalgar com tanta vontade que me fazia ignorar o fato que estávamos em um carro em frente a uma balada e tinha várias pessoas na rua.
Olhei para ela que estava pulando em meu membro e puxei para cima a blusa dela e seus seios saltaram na minha cara com seus movimentos.
- Krl Ellie – falei fascinado e os abocanhei, passei minha língua pelos bicos e ela gemeu alto. Eu estava no auge do meu prazer e ela também, que por sinal parecia muito envolvida naquele momento, como se planejasse uma vida toda para estar ali – diminua a velocidade Ellie senão não vou aguentar por muito tempo.
- Estou quase lá – disse me beijando – goza comigo – completou e eu a agarrei enquanto ela continuou e em segundos eu explodi dentro dela – gosto quando você me preenche assim – disse gemendo e na hora seus olhos reviraram e ela gritou gozando.
Ela parou de cavalgar mas não havia se levantado do meu membro, logo os líquidos misturados estavam escorrendo da intimidade dela para a minha. Encostei nossas testas, suados e sem folego, e ela sorriu satisfeita.
- Você... foi bom demais hoje... isso – falei suspirando, ela riu, se levantou e foi até o porta luvas pegando alguns lenços para a gente se limpar – vamos transar no carro mais vezes – falei depois que nos limpamos.
- Foi tão bom assim? – ela questionou rindo.
- Ta brincando? Foi demais – respondi e ela riu – vamos para a casa ou você quer dançar mais?
- Casa – respondeu plena – vamos para a casa, para as nossas meninas – sorrimos e assim fizemos.

ELLIE ON

Acordei com uma dor de cabeça enorme e meu corpo parecia que estava quebrado. Acho que ter misturado o remédio com as bebidas foi demais mas eu curti a noite, eu estava singelamente feliz, como se eu estivesse fora da minha realidade.
Olho no celular e são 10:30, me assusto e olho as mensagens.
𝘕𝘐𝘙𝘈𝘎𝘐
𝘉𝘰𝘮 𝘥𝘪𝘢, 𝘮𝘦𝘶 𝘢𝘮𝘰𝘳. 𝘛𝘰𝘮𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮 𝘳𝘦𝘮é𝘥𝘪𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘤𝘢𝘣𝘦ç𝘢 𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘦𝘷𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘳 𝘥𝘰𝘦𝘯𝘥𝘰, 𝘴𝘦 𝘤𝘶𝘪𝘥𝘦 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳. 𝘋𝘦𝘪𝘹𝘦𝘪 𝘢𝘴 𝘮𝘦𝘯𝘪𝘯𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘮ã𝘦, 𝘒𝘶𝘪𝘯𝘢 𝘦 𝘊𝘩𝘪𝘴𝘩𝘪𝘺𝘢, 𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘦𝘴𝘵ã𝘰 𝘯𝘢 𝘱𝘳𝘢𝘪𝘢 𝘦 𝘦𝘶 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘳𝘦𝘶𝘯𝘪ã𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘚𝘢𝘳𝘢𝘨𝘰ç𝘢.

𝘚𝘖𝘙𝘈
𝘐𝘮𝘢𝘨𝘦𝘮
𝘐𝘮𝘢𝘨𝘦𝘮
𝘈𝘴 𝘮𝘦𝘯𝘪𝘯𝘢𝘴 𝘢𝘮𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘵𝘪𝘱𝘰 𝘥𝘦 𝘤𝘩𝘶𝘳𝘳𝘢𝘴𝘤𝘰 𝘥𝘢𝘲𝘶𝘪.

Ok, aparentemente tudo normal. Meu celular vibra com uma ligação e logo atendo sem nem saber quem é pois nem o celular teve tempo para me mostrar.
- Alo? – atendo.
- Alo? Desde quando você me atende com alo? – era a voz de Niragi rindo.
- É que eu estava com o celular na mão e atendi rápido – ri – acabei de acordar, que hora você saiu?
- As 8:30, tentei te acordar mas não deu – rimos – você está bem? – sua voz estava doce.
- Uhum e você? – questionei.
- Estou quase vomitando arco-íris de tanta felicidade – rimos e eu questionei o pq – pq finalmente consegui fechar negócio com o Saragoça e ao meio-dia temos um almoço de comemoração com eles – ele disse.
- Mas e o plano?
- Calma paixão, eu fechei negócio e é agora que vamos começar – ele disse e eu suspirei – eu sei que é torturante para você mas vai dar tudo certo, eu prometo ta?
- Tudo bem – ri anasalado.
- Vou buscar as meninas na Praia e aí nos arrumamos elas e vamos, o que acha? – sugeriu.
-Perfeito – falei simples.
- Até daqui a pouco, te amo – ele disse fofo.
- Também te amo – falei e ele desligou.
Era meio obvio que sairíamos de casa atrasados, tipo uns 20 minutos, mas pelo menos minhas filhas estavam lindas. As gêmeas com vestidos leves floridos, Alice de vermelho e Alicia de rosa, e allstars brancos e Serena com um shorts rasgadinha, tênis cano alto preto e uma blusa roxa que dava um nó, ela mesmo que escolheu. Niragi estava de terno e eu com um vestido branco curto no estilo de uma camisa social, decotado e marcava a cintura em razão de um nó que se dava ali, coloquei uma sandália de salto médio que amarrava no tornozelo, branca também, e acessórios de ouro nas orelhas, pescoço e pulso.
Fomos ao Satyricon, sim eu tive que dar um google para ver onde estaríamos nos enfiando e puta merda, que lugar lindo e provavelmente caro.
- Peço perdão pelo atraso – Niragi disse quando chegamos.
- Ah sem problemas, chegamos faz 5 minutos também – Saragoça e Stephanie se levantaram para nos cumprimentar e nessa hora percebi que Lara também estava junto.
- Oi! – Alice disse surpresa e abraçou Lara que ficou paralisada com a surpresa.
- Pensei que nunca mais ver vocês – ela finalmente disse surpresa e as abraçou.
Meu coração se apertou, ela é a minha irmã e ela é tia delas. Será que um dia eu explicaria isso para elas e elas brincariam juntas?
A cena delas estava linda, acho que o restaurante todo parou para ver, mas eu ergui o olhar e vi Thomas e Stephanie olhando chocados. Será que depois que viemos embora eles haviam brigado com ela? Os ameaçado? Pq estavam assustados? Será que Lara sabe de tudo e morrem de medo dela abrir a boca? Será que Lara sabe quem eu sou? Será que o acontecimento do cemitério nunca foi imaginado por eles? Pq tipo, eles fizeram um plano e tanto para esconder três pessoas e eu juro que esconder pessoas, ainda mais vivas, dá um trabalho do caramba e não pensaram que poderia ter a possibilidade de alguém descobrir, tipo não criaram uma plano para se tudo desse errado mesmo após anos?
Se bem que olhando para a cara deles, acho que não tinham não e estão fazendo isso na base do improviso. A comida que pedimos veio e começamos a comer, Niragi e Thomas conversavam sobre os negócios enquanto eu e Stephanie conversávamos sobre tudo como se fossemos amigas de longa data, o que era verdade, mas nessa versão ela não mentia sobre a minha família.
Eu tinha raiva dela, vontade de bater nela até ela contar tudo. É obvio que eu tinha tomado os remédios e os efeitos não estão sendo bons, tenho sono as vezes no meio da conversa, vontade de mandar ela calar a boca, sair dali, as vezes ignorar elas. Meus sentimentos estavam variando muito e eu não conseguia controlar, mas apesar de tudo eu sentia uma tremedeira e uma ansiedade subindo pela garganta o tempo todo.
- Como vocês se conheceram? – Thomas questionou.
- Num jogo... – Niragi disse simples e Stephanie engasgou com o vinho mas não fez barulho na verdade nem dava para reparar mas eu a olhei.
- Que jogo? Tipo de futebol? – ele questionou.
- Num jogo... de sobrevivência – disse e ele me olhou confuso – tipo naqueles lugares que se joga, realidade virtual – menti e vi Stephanie se recompor.
- AAH! – ambos falaram em uníssono – Suguru disse que sempre trabalhou na máfia, mas e você? O que fazia antes?
- Tentei ser puta por um dia mas não foi para mim, o dinheiro era ótimo mas a dignidade era mais valioso – disse simples e ele concordou sorrindo enquanto ela me olhou sério, sorri para Niragi.
- Foi ele quem te ensinou a atirar e tudo mais? – ele estava mega curioso, Niragi estava ficando bravo.
- Ela já sabia bastante coisa, eu só aprimorei – ele disse orgulhoso e eu sorri para ele.
Seguimos o almoço falando sobre o tema família, eu juro que eu só estava esperando as câmeras aparecerem falando que era tudo pegadinha mas não, era de verdade. Quando nos despedi e estamos no estacionamento Thomas começou a falar olhando para mim.
- Querida, pegue para mim o convite por favor – pediu estendendo a chave a ela. Ela pegou a chave  e foi, o carro estava a 4 metros da gente.
Olhei para Niragi sem entender.
- Daqui dois dias vamos fazer um jantar beneficente em casa, terá bingo e todo dinheiro será convertido para instituições de crianças órfãs, gostaríamos que vocês fossem – ele sorriu e Stephanie chegou com os convites e ela me entregou – aqui diz tudo.
- Obrigado pelo convite – sorri e nos despedimos. Esperamos eles saírem com o carro do estacionamento e acenamos – a gente vai nessa bagaça?
- Óbvio – Niragi disse e eu o olhei.
- Ta bom, temos dois dias – falei e entramos no carro.

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