2 semanas havia se passado e foi a pior da minha vida, as ameaças, invasões continuaram e nos deixavam cada vez mais nervosos. Não sabia, mas quem fazia aquilo e tentamos de tudo para parar, mas era inútil, pensávamos seriamente me mudar de casa.
- Tchau princesa – o pediatra de Serena disse ao entregar um pirulito.
- Bigadu tio – ela sorriu. Despedi com um sorriso e Niragi deu um aperto de mão.
- A minha bebezinha ta crescendo muito rápido – disse enquanto descíamos o elevador.
- Ela cabia no meu colo e hoje já está quase do meu tamanho – o pai disse e ela olhou brava.
- Eu caibo no seu colo papai – rimos e ele bagunçou seu cabelo.
- Mamãe faz ele parar – disse irritada e ele riu.
Ao chegarmos no estacionamento encontramos o carro cheio de riscos, a pintura do capô estava destruída, além de riscos havia um escrito: “você é meu”. Olhamos ao redor enquanto a peguei no colo, Niragi estava super nervoso e irritado.
- Papai? – ela chamou e ele nos abraçou.
- Deixa eu conferir o carro – disse olhando se não tinha nada alterado – pode vir.
O caminho foi na maior velocidade até em casa, Serena foi brincar e encontrei Niragi surtando no quarto.
- MERDA! – disse se controlando para não jogar nada no chão. O abracei e ele me beijou, era um beijo rápido, mas com amor e medo – não posso deixar isso acontecer – encostou nossas testas – amanhã vamos fazer o passaporte da Serena e comprar passagens enquanto o passaporte não sai vamos alugar uma casa.
- Para onde vamos? – questionei.
- Dinamarca – disse e eu sorri, eu gostava do país e a segurança era a melhor.
- Vai tudo ficar bem meu amor - acariciei seu rosto – vamos continuar juntos – ele me beijou com desejo. Eu precisava desse homem, eu não imaginava a minha vida sem ele, tanto eu quanto Serena éramos apaixonadas dele e ele era por nos duas, os três eram dependentes dos três. Éramos uma família e nada separaria a gente.
Nossa casa já era lotada de guarda costas, de noite então era ainda mais pq precisávamos dormir tranquilos, ou tentar. Acordei de madrugada com ninguém ao meu lado me fazendo assustei, me sentei e observei meu marido em pé apenas de cueca box observando a rua pela janela.
- Marido? – o chamei com sono.
- Oi esposa – respondeu em um tom meigo.
- Venha deitar – disse e ele fez. Quando seu corpo se deitou eu subi encima me deitando em seu peitoral – você precisa relaxar.
- Eu sei, mas não consigo com isso tudo – disse e eu levantei a cabeça para olhá-lo.
- Precisamos de você bem, meu amor e dormir bem faz parte disso – disse e ele me puxou para um beijo, senti sua língua com piercing dominar a minha, senti meu membro se enrijecer me fazendo rir sapeca com aquilo.
- Pais transam de madrugada? – perguntou rindo na minha bochecha e eu tirei a minha camisola exibindo meu corpo para ele que sorriu e abocanhou meus seios – desde quando você pisou naquela Praia eu sou apaixonado pelo seu corpo, mas depois que engravidou seu corpo ficou ainda mais gostoso – disse e começou a beijar e lambeu o bico do meu peito me causando prazer.
Na minha cabeça passa alguns flashs da Praia, da gente de conhecendo, troca de olhares e todas as nossas aventuras, as vezes eu tenho uma saudade daquela época, mas nada como estar em uma realidade que não tem a chance de morrer e ter uma filha linda. Sobre meu corpo e a gravidez, eu tentei engordar o menos possível pq eu sabia que para voltar iria ser difícil e apesar de estar apenas com 3 quilos a mais, meu corpo estava diferente, mas era um diferente bom, eu gostava do meu corpo e obviamente Niragi também.
Reprimi um gemido enquanto sua boca estava totalmente me meus seios, minhas mãos agarravam seu ombro, e uma das mãos dele desceu até a minha intimidade me estimulando, arfei com tudo aquilo até eu empurrar seu tronco para a cama e muito rapidamente tirar minha calcinha e seu membro para fora, quando eu estava quase sentando ele me para.
- Quer fazer outra Serena é? – disse rindo e eu neguei, sua mão foi para a mini cômoda ao lado da cama e pegou um preservativo, abriu com o dente e me entregou. Deslizei em seu membro e depois me sentei, gemi com aquilo. Inclinei meu tronco de um modo que estava colado ao dele, mas o meu quadril se movimentava em um ritmo moderado.
Alternávamos entre gemidos do ouvido um do outro e beijos lentos que terminavam com mordidas no lábio do outro, aquilo nos excitava ainda mais. Minha bunda era apertada fortemente pelas mãos enormes dele que as vezes deixava um tapa no local, eu estava louca de prazer que a tal ponto esquecia que não podia gemer alto em razão dos muitos seguranças que estavam no corredor, mas as vezes escapavam uns bem obscenos.
- Ellie Suguru – ele repreendeu e tampou a minha boca por um momento.
- Desculpa se eu não consigo resistir a você – disse e ele me estapeou me fazendo dar um gritinho. Aumentei a velocidade até sentir meu corpo ficar leve, quando tive o orgasmo meu ritmo diminuiu tanto que quase parou, mas eu ainda gemia.
- Continua, estou quase lá – disse no meu ouvido e eu voltei a cavalgá-lo até ele gozar – porra, você é sensacional Sra. Suguru– disse me beijando antes de irmos nos lavar.
Encarei o painel que chamava a senha para retirar o passaporte e ao ver que havia apenas uma pessoa na minha frente, desbloqueei o celular para ver as horas: 14:44. Já se fazia uma hora q que estava ali, Olhei para Serena que estava jogando no Ipad e acariciei seus fios. Um tempo havia se passado desde o último episódio, mas as ameaças eram quase diárias, não aguentávamos mais então eu estava agora retirando o passaporte de Serena pois irmos embora de Tóquio. Niragi estava arrumando os últimos detalhes da casa na Dinamarca enquanto ele nos deixou no shopping para retirar o passaporte as passagens.
- Você está bem? – pergunto e minha filha me olha com medo, assustada. Meu coração se parte.
- Xim mamãe – sorri e volta a jogar enquanto eu a admirava. Cenas vem a minha cabeça me fazendo quase chorar.
FLASHBACK ON
Niragi não tinha ido trabalhar aquele dia, então depois de voltarmos da sorveteria decidimos ficar no jardim deitados na grama admirando as nuvens. Fazia algum tempo que a manutenção não era feita, mas ainda estava agradável de ir lá, para ser sincera eu gostava bem mais das flores e plantas crescendo ao natural. Minha menina corria envolta dos arbustos e eu ria até que escutamos uma barulho de timer. Olhei para Niragi desesperada e logo ele soube como agir pq eu estava congelada.
- Filha, não se mexa – ele disse e ela apenas ficou quietinha. Ele se aproximou e logo tirou do bolso um canivete e começou e cortar os matos excedentes nos revelando que havia um bomba ali.
- AI MEU DEUS – gritei em desespero.
- MAMÃE – ela chorou e tentou sair de lá, mas Niragi a impediu.
- Fica aí, papai vai resolver – então ele começou a tentar desarmar a bomba, eu nem sabia que ele sabia fazer isso. Nossa filha chorava me deixando mais desesperada ainda.
- Niragi... 20 segundos – falei e ele se desesperou.
- Só vou conseguir fazer que ela não exploda quando eu tirar ela de dentro dos fios, mas ela vai explodir – disse simples – filha, agarra apenas os braços no pescoço do papai – disse e ela fez assim ele saiu correndo com ela e me puxou pelo braço. Meu coração estava a mil, nos corríamos e nunca parecia estar a uma distância boa.
Até que escutamos a bomba dar os últimos avisos, Niragi me puxou para baixo até o chão, Serena foi para o meu colo quando ele se abaixou nos abraçando e protegendo. A explosão foi enorme fazendo eu e Serena gritarmos, abrimos os olhos e vimos o nosso jardim totalmente destruídos.
- Você está bem? – questionei o abraçando – se machucou?
- Não meu amor – disse depositando um beijo em meus lábios, o choro de Serena continuou até abraçarmos ela – calma minha princesa – ele acariciava os cabelos dela.
- Já passou meu anjo – a beijei e entramos na casa a fim de tomarmos um banho para acalmar.
FLASHBACK OFF
Retirei o passaporte dela e logo mandei uma fotinha dela sorrindo com ele em mãos para Niragi que quase morreu de fofura.
- Mamãe quelo sorvete – ela pediu carinhosamente e eu fui comprar com ela ao meu lado – quelo de morango – disse e quando entreguei ela sorriu e me agradeceu. Ela era muito educada.
- Vamos lá pegar as passagens? – disse estendendo minha mão a qual ela pegou e andou comigo até a agência. É obvio que lá ela chamou a atenção de todos coma a sua simpatia e animação, ela adorava conversar e as pessoas achavam fofo a forma que ela falava, eu também a admirava e babava nela pq afinal era a minha filha, ela era muito linda e fofa.
Os olhos eram iguais o de Niragi, um de meus apelidos a ela era jabuticabinha por causa disso, seus cabelos era da cor do pai, mas o liso ondulado era totalmente meu, ela era considerada alta pela idade, mais uma vez puxou a Niragi. Eu a amava tanto.
- Diga tchau filha – disse quando eu estava com tudo que precisava.
- Tchauu!! – disse animada fazendo todos se despedirem. Na mesma hora meu celular vibra com uma mensagem de Niragi avisando que ele estava vindo no buscar.
Saio da agência e ela ainda conversava comigo sobre as pessoas da loja, eu ria com as falas quando olhei de relance e vi alguém repetindo meus passos, continuo a andar e após um tempo olho se a pessoa estava lá e ela estava. Entro em uma loja de roupas infantis e fico lá por dois minutos antes de voltar a andar, meu coração estava a mil enquanto minha filha estava andando superanimada. Olho para atrás e vejo a mesma pessoa com um moletom branco de capuz me seguindo, aperto o passo e ligo para Niragi.
- Amor, tem alguém nos seguindo - disse com a voz e mãos trêmulas, mas eu não podia relaxar eu tinha uma filha para cuidar.
- Corre - ele disse.
- Correr? - respondi e após a confirmação desliguei e corri. Corri. Corri e corri.
Serena não entendia nada, apenas corria como se fosse uma brincadeira. Eu apenas parei de correr quando eu entrei igual uma louca no carro que teve que parar rapidamente, bati a porta e respirei tentando me acalmar, Niragi acalmou Serena e a mandou sentar na cadeirinha.
- Como a pessoa era? – ele questionou tocando minha coxa.
- Moletom e capuz branco – disse ofegante – não vi mais nada – o abracei antes dele arrancar com o carro até em carro.
Niragi fez ela dormir para que conseguíssemos arrumar as malas pois o nosso voo era amanhã as 16 horas. Fizemos as malas enfiando o máximo de coisas possível, os moveis e utensílios de casa seria uma parte levando de manhã e uma parte durante o voo.
Pq era tão difícil eu ele sermos felizes? Era isso que eu me perguntava enquanto encarava os voos, até que olho o horário e percebo que daria tempo e ir ao banheiro, afinal seria mais de seis horas de viagem.
- Vamos no banheiro? – perguntei para os dois e os dois concordaram. No banheiro coloco frauda em Serena pq apenar dela ter quase 3 anos, a duração da viagem me preocupava.
- Onde o papai está? – ela perguntou enquanto eu arrumava as roupas dela.
- No banheiro – falei e sorri.
- Pq vamos embora da nossa casa? – disse e meu coração se apertou.
- É só por um tempo, ok? – ela assentiu sorrindo.
- Quem vai ceder a passagem ou quem vai ficar? – uma voz não estranha saiu de uma cabine me fazendo assustar.
- Julia? – disse assustada pq ela nunca mais apareceu.
- Isso mesmo vadia, se despeça dele e escolha se vai embora com o outro ou vai ficar aqui – disse me ameaçando e Serena olhava com medo.
- Chame seu pai – falei e ela saiu correndo.
- Não vai adiantar nada sua puta – me acertou um tapa no rosto, ela estava furiosa. Quando a olhei com todos meus fios de cabelos no meu rosto, ela me olhava brava, sai correndo do banheiro me esquivando de algumas mulheres e quando estava fora do banheiro vi a pior cena da minha vida. O mesmo cara do capuz apontava uma arma para a cabeça de Niragi.
- Vou atirar merda! – aquela voz, ela não me era estranha.
- PAPAI! – Serena gritou e pulou no pai quando a mão foi no gatilho. Eu gritei junto intensificando o agudo daquele barulho e assim tudo se apagou.
- EITA PORRA – Julia disse e saiu do corredor que dava acesso aos banheiros.
- Caiu a merda na energia bem na hora h! – xingou e quando ele tirou o capuz eu e Niragi ficamos mega surpresos, abraçamos nossa filha.
- Você? – Niragi estava super bravo, me entregou Serena e o encarou – Que merda é essa Chishiya? – os dois se olhavam com ódio.
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the choice
FanfictionSinto uma dor enorme em meu peito, ergo os olhos e só consigo pensar em uma coisa: - Filha da puta, eu confiei tanto em vc. Eu realmente pensei que nossa relação tinha mudado, como eu fui idiota. Naquele momento me passa um flashback de tudo que vi...