Capítulo 09- Para o Brasil.

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- Niragi? – acordo no meio da noite e não sinto ele na cama, ergo o olhar e vejo ele apenas de cueba box olhando a janela, o mesmo vira o rosto e sorri pequeno – o que foi?
- Não consegui dormir muito – ele se deita ao meu lado e me envolve em seus braços – toda essa história me faz querer agir logo – ele diz e eu acaricio seu rosto.
- Devo imaginar que você já pensou em um plano – falo e ele ri.
- Querida, eu dormi por 40 minutos depois que transamos e depois fiquei no computador e descobri que... – me sento rápido e ele toca meus ombros.
- O que? O que você descobriu? – questionei e ele sentou e suas mãos desceram até as minhas, entrelaçando os dedos.
- Thomas Saragoça é um mafioso brasileiro, o cara é bem visto e com uma carreira boa nesse ramo – ele diz e meus olhos brilham – vamos chegar até eles através dos negócios e os apunhalaremos pelas costas – completou e eu pulei nele.
Como eu amava aquele homem.
- Eu te amo – disse o beijando – você é o homem da minha vida.
- E você a mulher da minha vida – ele disse e nos deitou.
Parece que as próximas 24horas eu passei em um looping de escutar a voz do meu marido explicando o plano, ele contou para mim na cama, contou para o pai e contou para a máfia. Eu estava ansiosa demais, não conseguia me aguentar, ouvir o plano me fazia viajar nos meus pensamentos, me deixava calma e animada mas assim que acabava eu voltava a ficar nervosa em pensar no longo caminho a percorrer.
Agora eu estava na sala de reuniões, sozinha, apenas um prato de saladas com grão de bico me fazia companhia. Niragi conseguiu entrar em contato com Sagaroça, como mafioso, a fim de demonstrar interesse em negócios. A gente precisava que, antes de tudo, Saragoça aceitasse uma parceria e nos convidasse para um jantar/festa/encontro/ reunião. Qualquer coisa daria certo se ele aceitasse, pq caso não aceitasse, tudo iria por água abaixo. Meu estomago revira ao pensar nisso. Queria Niragi para me acalmar.
Há batidas na porta, viro meu rosto e vejo ele. Logo a máfia toda está ao meu lado. Olho para ele confusa.
- Meus parceiros e minha esposa... se preparem pois em dois dias desembarcaremos no Brasil, pois o Thomas aceitou uma parceria! – Niragi disse e ouve comemorações pequenas na sala, pequenas comparadas a minha, pois eu me levantei e corri gritando até Niragi onde eu pulei ele e o abracei.
- Você é incrível, Suguru – digo e ele ri, aperta minha bochecha e beija meus lábios.
- Agora, uma missão que você ama – ele sorri e entrega uma lista – organizar passaporte e documentos falsos para os integrantes necessários escalados para a missão e uma casa para nós e hotéis para os membros – ele diz e eu sorrio.
Eu realmente amava ficar com essa parte e iria ocupar demais minha cabeça.
- Kuina e Chishiya aceitaram entrar nessa loucura com a gente – ele continua – se você quiser deixar eles em casa por causa das crianças.
- SIM SIM SIM – digo feliz e abro a lista.
Além daquilo que ele me disse havia um pedido de um avião particular e vestidos e trajes para festas brasileiras. Iriam 50 pessoas da máfia mais, eu, Niragi, Sora, Isamu, Serena, Alice, Alicia, Kuina e Chishiya.
Sai da máfia e fomos para a casa ficar com as crianças e os próximos dois dias foram borrões de mim falsificando coisas, agendando quartos, pagando aluguéis, arrumar malas, pesquisar sobre festas brasileiras, comprar vestidos. E assim, mais uma vez, eu cheguei em casa toda cansada, eu não estava tão ansiosa e nem pensava no assunto de tanta coisa que fazia. Abro a porta e há silencio.
- Crianças? – falo e nada. Subo e não tem nada nos quartos, começo a tremer quando escuto gritos de diversão vindo do piso inferior da minha casa: academia do Niragi.
Nos últimos anos ele desenvolveu uma obsessão por treinar e todo dia fazia isso, seu corpo estava a cada dia mais musculoso. Abro a porta e vejo por uma fresta uma cena assustadora e fofa.
As gêmeas estavam com um pedaço de pano no tronco dela enquanto o pai delas os fazia de halter para executar uma elevação de ombro lateral. Ele afastava e aproximava os braços da lateral do corpo, as mãos seguravam os tecidos da meninas que gritavam de alegria conforme eram levantadas, Niragi estava sem camiseta, então seu suor passeava na sua pele tatuada, os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo frouxo, calça moletom solta nos quadris e a música de quem fazia crossfit gritava nos autos falantes. Sua expressão era de dor e cada vez que as meninas estavam no alto elas contavam.
- 12!... 13!... 14!... 15!
E então ele as deixou no chão e respirou para controlar a respiração.
- Parabéns papai! – Alice disse e ele sorriu cansado.
- Venha Serena – ele disse e ela ficou de costas para ele na frente dele. Ele a pegou nas axilas como se ela fosse o Simba de “rei leão”, ri com aquilo mas logo vi que se tratava de uma elevação frontal.
Serena subia e descia dando risada de alegrias enquanto o pai sofria para levantar.
- Bora pai! Não desiste! – ela disse e ele estava urrando de dor – 3! 2! 1! – disse e bateu palmas quando foi ao chão.
Niragi estava derrotado. Ele foi a parede e pegou o celular, ele gravou tudo, obvio! Ele ama ser pai e adora registrar os momentos.
- Vamos lá meninas, papai vai fazer flexão e vocês serão o peso – disse secando as costas e se posicionando – subam – disse e as três sentaram certinho nas costas dele – tudo firma aí?
- SIM!
Então ele começou a fazer, pensei que ele não passaria da terceira repetição pelo peso mas ele estava fazendo muitas, como se elas tivessem o peso de uma pena. O suor descia pela testa dele e atingia o chão, eu estava impressionada com a sua força que só fui reparar que já havia acabado quando as meninas saltaram das costas dele e vieram até mim.
- Oi, oi minhas meninas – as abracei saindo do feitiço causada pelos músculos do meu marido.
Elas começaram a falar que o pai delas era forte enquanto ele veio até mim, cansado, ofegante, suado e com uma garrafinha de água nas mãos. Ele depositou um beijo rápido em meus lábios e respondeu as meninas.
- Gostaram? – questionou e ela concordaram alegres e animadas – e você mamãe? Gostou do treino do papai? – ele perguntou me olhando.
- Ah claro, eu amei o conceito de você fazer suas filhas de peso – digo rindo e ando pela academia parando no aparelho que ele faz barra fixa.
- Inovador né? Pq aqui além de treinar e ficar grandão, você faz a felicidade da criança – ele disse e eu rio jogando a cabeça para trás.
- Foi muito legal, mamãe – as gêmeas disseram enquanto eu secava o corpo do meu marido pelo espelho, ele viu e me olhou, na verdade me comeu com os olhos.
Rio e mordo os lábios antes de dar um pulo e minhas mãos alcançarem a barra, assim que faço minha blusa que era cropped sobe até os meus seios, quase os exibindo. Niragi pisca várias vezes seguidas.
- Meninas, vão no quarto do papai e da mamãe e tomem banho de banheira – ele disse e elas vibraram, ele olhou para Serena.
- Você nunca deixa a gente ir, o que tem hoje? – ela questionou.
- Vocês foram muito uteis no meu treino então é tipo uma recompensa – ele diz sorrindo e ela sorri – cuida delas né?
- Claro pai – ela sorri e sai com as irmãs, Niragi fecha a porta e eu faço algumas repetições na barra fixa antes de me cansar e ficar pendurada na barra pelos braços.
- Niragi, vem aqui – chamo e ele bebe um gole de água antes de vir e ficar na minha frente, sorrio e passo minhas pernas no tronco dele e solto um pouco meu peso.
- Quer ajuda no treino de braço? – questionou me segurando pela bunda.
Ri e tirei as mãos da barra e coloquei no rosto dele, segurando seu rosto para mim, desci meu lábios até a orelha dele.
- Quero ajuda para tirar esse jeans – falei e em dois segundos eu estava no chão e minha boca estava na dele em um beijo intenso, minhas mãos passeavam por aquele amontoado de músculos, desci pela barriga dele marcada e suada e ri.
- Tirar esse jeans vai ser um prazer Sra. Suguru – ele disse me beijando de novo mas as mãos dele foram para os botões da calça, quando ele se desfez deles, ele parou o beijo e desceu o corpo e os dedos a minha calça, exibindo minha calcinha a ele.
Logo sua boca estava passeando pelas minhas coxas e virilhas, eu gemia e meus ossos falhavam me fazendo segurar em Niragi para não cair. Ele viu que eu estava de salto e começou a tirar para deslizar o jeans para fora do meu corpo. Quando fez isso ele levantou e me olhou, ambos os olhares imploravam para ter o corpo do outro, dessa forma ele tirou sua calça e eu minha calcinha e a blusa.
Nos olhamos por instantes antes dele me puxar pelo quadril a ele e me beijar, estávamos ali, pele com pele, a dele suada e a minha quente, sua mão explorava minha bunda e meus seios enquanto a minha as costas e os cabelos dele. Não queríamos parar aquilo nem por um segundo, a boca dele parecia um item crucial para eu continuar viva,  se ele afastasse do meu corpo eu morreria.
Ele tirou a boca dele dos meus lábios e fez o caminho até minha intimidade onde ele, sem cerimônia alguma, começou a me chupar com desejo, a língua dele me explorava e arrancava gemidos de mim. Minhas mãos puxaram o cabelo dele e me segurava para continuar ali, em pé, com ele ajoelhado com o rosto no meio das minhas pernas.
- Sempre imaginei te foder com os braços presos no Cross over – ele disse quando parou e voltou aos meus lábios.
- Então realize suas vontades, marido – disse lambendo o pescoço dele, eu estava desesperada para ter aquele homem – faça o que quiser, mas apenas me foda, é tudo que eu te peço – falei e ele segurou meu pescoço e me guiou através de passos para trás até minhas costas sentirem o metal do aparelho.
Ele se abaixou e pegou a tornozeleira em forma de puxador que eu usava para treinar bunda e me olhou.
- Estenda os pulsos – pediu e eu fiz, ele passou a tornozeleira por eles e me prendeu na polia do Cross, o peso estava alto então era impossível abaixar as mãos. Um sorriso surgiu no rosto dele.
- Era assim que você me imaginava aqui? – questionei o olhando e ele me analisou, se aproximou, tocou meu corpo – o que você fazia comigo? Eu gemia seu nome aqui? eu gozava amarrada aqui? vai me comer por trás? – falei essas coisas super sujas e ele enlouqueceu, seu sorriso ficou perverso e com um movimento rápido eu estava no colo dele, nas mãos dele, com as pernas no quadril dele e assim, seu membro me invadiu me tirando um grito de prazer.
- Não vou responder como eu imaginava você delirando no meu pau enquanto estava presa aí, vou fazer você ficar pior – ele disse antes de começar a me foder.
Suas mãos agarravam minha bunda, ele controlava meu corpo, eu estava presa na barra e o quadril dele mergulhava em uma velocidade frenética no meu, seu pau ia fundo e forte. Rápido. Rápido. Rápido, cada vez mais e eu gritava, gemia, pedia mais por ele.
- Porra Niragi, estou gozando! – disse mordendo a ponta de uma orelha dele e joguei minha cabeça para trás deixando todo aquele prazer me tomar enquanto seu ritmo estava rápido, ele fodia tão bem.
Seus lábios grudaram no meu e meu corpo estava suspenso no ar, apenas uma mão dele me segurava pela cintura, eu estava pressionada entre o metal da máquina e o corpo dele, apenas o quadril ele se movimentava, longe e perto, longe e vazio, perto e forte.
- Vou foder e gozar antes de te tirar daqui – ele disse segurando meu rosto – mas eu juro que não vai demorar, eu não resisto a você toda abertinha e molhada para mim, ainda mais presa – completou e eu revirei os olhos de prazer.
Minha boca estava na dele de novo e as estocadas aumentaram até ele morder meu ombro e gritar.
- Vou gozar, meu amor – e assim ele se desmanchou em mim, ele tremia pelo prazer e pelo treino, sua respiração estava ofegante. Ele saiu de mim e encostou nossas testas. Meus braços ainda estvam presos.
- Acho que transar na academia é um caminho sem volta – disse e ele riu.
- É? Pq? – questionou me olhando.
- Pq eu já estou pensando na próxima vez – falei e ele me beijou depois de rir safado. Ele olhou no fundo dos meus olhos e desprendeu meus braços da polia, me colocou no chão e tirou a tornozeleira dos meus pulsos – muito obrigada cavalheiro, por libertar essa donzela – ele riu e segurou meu pescoço, os lábios dele estavam nas minhas orelhas.
- Não tem de que, donzela que grita palavrões sujos quando está gostando de ser fodida pelo cavalheiro – disse e me beijou.
Eu ri e comecei a me vestir.
- Acho que podemos tomar um banho também – ele disse enquanto saiamos da academia.
Tomamos banho e quando descemos encontramos as meninas, sorrimos.
- Como foi o banho de banheira? – questionei.
- Muito bom – Alice disse e Serena bufou.
- Um saco – a olhei assustada – elas não me deram paz, ficaram jogando água em mim – disse brava e nós rimos.
- Amanhã meninas, iremos viajar então nada de dormirem tarde, ok? – Niragi disse as olhando. Todas concordaram.
- Aonde vamos? – Serena quis saber.
- Para o Brasil – respondi sorrindo e todas ficaram com os olhinhos brilhando.

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