Yugi Tsukasa

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A pedido de yunna8779 espero que goste
Palavras: 837

Minhas mãos tremiam, o simples ato de segurar uma xícara, se transforma em algo extremamente complicado. Todas as visões daquele mundo sobrenatural, que se erguia naquela escola. Aquilo me assombrava. Tentei me acalmar, não seria de nenhuma serventia, se estivesse à beira de um colapso.

— S/n! Se acalme — Yashiro ordenava.

Nem me lembro como cheguei aqui. Sentada em um banheiro, provavelmente o antigo, a falta de pessoas aponta isso. Comecei a ter recordações, de momentos antes. Havia me deparado com um espírito, a aura dele era tão pesada que fiquei inconsciente.

— Agora me explica, porque te achei no chão de um dos corredores? — ela perguntou, exigindo uma resposta.

— Eu vi algo, era muito pesado pra mim. Não estou familiarizada, com espíritos de uma aura tão escura — expliquei, bebendo o conteúdo da xícara — a algum tempo venho visto espíritos, se eu ignorar, eles me deixam em paz.

— S/n, se importa de falar isso para meu amigo? Ele também é um espírito — ela perguntou, com cautela — ele pode te ajudar, qualquer que seja o espírito, que você desmaiou apenas de ver. Ele vai dar um jeito.

Concordei com a cabeça. Tomei um pouco mais do líquido da caneca, parecia chocolate quente, só que com muita mais canela do que deveria, não me incomodei. Yashiro chamou, um espírito. Enquanto eu me levantava do chão, ainda me pergunto, como ela me arrastou até aqui? Fiquei em pé, por falta de acento.

Logo um espírito, não tão escuro, mas também não tão claro. Equilíbrio. Yashiro, trocou algumas palavras rápidas com ele. E então ele voltou-se para mim.

— Como é o espírito que você viu? Pode ser um boato modificado — ele perguntou, e em seguida explicou algo óbvio para mim.

— Não era um boato, por mais corrompidos que sejam. Eles ainda têm resquícios de bondade — expliquei um pouco insegura — enfim, esse era quase totalmente escuro. Existiam resquícios de bondade pequenos, talvez amor ou afeição por pessoas diversas. Mas esse espírito cometeu coisas que estão além de minha imaginação.

— Entendo, vou procurar alguém que se encaixe nisso. Se tiver outra 'visão' me contate — ele disse, ironizando a parte sobre minhas visões.

— Não acredita em mim? — perguntei ofendida.

— Acredito, mas parece um pouco de loucura — ele admitiu, dando uma risada.

Repousei a caneca em uma das pias, e sai. Não teria contado algo tão íntimo como minhas visões. Para um fantasma, incrédulo sobre sua espécie.

— Espere S/n! — Yashiro, pediu — desculpa sobre ele, mas ele fará o melhor que pode.

— Agradeço a hospitalidade — agradeci, rapidamente — mas não contei um dos meus relatos, mais estranhos e amedrontadores que passei. Para ter a história, debochada por um fantasma.

E sai pelo corredor. Depois de que ela havia me perdido de vista. Aproveitei que estávamos na área menos visitada. E entrei em um armário de vassouras. Me permiti desabar, minhas mãos tremiam, talvez mais do que antes. Lágrimas escorriam, como cascatas, apenas por lembrar daquele ser. Minha cabeça girava, de acordo com as lembranças.

E assim se passaram os dias, até completar uma semana. Uma semana de profundo terror e medo, a sensação do meu estômago embrulhando quando vi aquilo, era o suficiente para me jogar, em outra crise de choro. Quando minha mente entrava em seus devaneios, eles sempre me lembravam para aquela lembrança. Apenas a sensação, de talvez encontrar aquilo nos corredores, era suficiente para me deixar em pânico.

Adentrei o corredor com toda a coragem, que me restava. Mas tinha que enfrentar meus medos, se queria sobreviver a aquele ano. Encontrei uma versão de Hanako. A aura dele me deixava confusa. O garoto parecia em cada detalhe, exceto pelas roupas. E o adesivo no canto do rosto, o dele era preto.

— Finalmente encontrei, você deve ser a médium que estávamos necessitando — ele falou alegremente. Ele se curvou em uma reverência curta.

— Por que deveria dar a você, e quem quer que seja os outros, a honra de meus dons? — perguntei de forma confiante — além do mais você não é um fantasma? Deveria ver os mesmos espíritos que eu.

— Bom se você aceitar trabalhar comigo, e minha... — ele parou, procurando palavras — assistente! Aquele espírito que assombra seus pesadelos. Nunca terá de vê-lo de novo, isso posso te garantir.

— Aceito o trabalho! — aceitei, sem pensar.

— Sobre o resto, você é uma médium muito mais poderosa do que acha. Com um ajuda para fortalecer, esse dom. Você conseguirá colocar medo, em até o fantasma mais forte da escola — ele explicou — é claro que isso envolve, seu possível dom com exorcismo.

Aquilo poderia ser o fim de meu inferno, o fim de ter medo de espíritos. Além do mais, não tenho o que perder, apenas ficar longe. Do ser que assombra meus pensamentos, apenas isso por si só, parecia o paraíso. Ou apenas um paraíso temporário.

Me surpreendendo. Ele pegou meu braço, e me arrastou com ele. A cena deveria ser engraçada, por conta da diferença de altura. Me acalmei, pela primeira vez em uma semana

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