Obanai Iguro

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Não achei quem pediu, mas espero que goste
Palavras: 724

Sentei-me calmamente, esperei alguém sentir minha falta. Eles viriam me buscar, eles têm que vir. As lágrimas caíam, olhei para meu reflexo. Uma hashira sentada, na droga de uma pedra. Eu pedi ajuda, ninguém havia respondido. Eu vou morrer aqui, vou ter minha cabeça cortada, e meu corpo devorado. Sozinha, como sempre foi.

Meses antes

Todos estávamos chocados pela morte do Rengoku. Quando a morte dele foi anunciada, todos sabíamos. Ele foi o primeiro, o dia em que todos seríamos mortos estava próximo. Todos procuraram substitutos, procuramos alguém para passar, o nosso legado e respirações para frente. E quem puder e quiser irá se aposentar.

Quando eu recebi essa missão, eu sabia que seria a minha última missão. Eu implorei para qualquer Hashira, eu pedi para que fossem comigo, ninguém aceitou. Então fui para casa, e arrumei minhas coisas. Minha visão embaçou, e então percebi que estava chorando. Eu sou fraca, não vou conseguir voltar viva.

— Todos esses anos de treino, todo esse tempo, e eu vou morrer — sussurrei, minha voz estava presa, no fundo da minha garganta.

— Está tudo bem? — uma voz fina, me perguntou.

— Eu estou bem, e você vai ficar bem Kim — disse, tentando me convencer e convencê-la.

Abracei a Kim, adotei ela no caminho de volta de uma missão. Ela estava com fome, e quase morta. Trouxe ela, e ensinava o básico para ela de esgrima. Ela era minha pupila, ensinava ela a sobreviver sozinha. Quando mais velha, ensinaria a ela minha respiração, ela ia carregar meu legado. Eu não poderia cuidar dela, não se morre-se.

Durante anos, eu escrevi como dominar cada forma, cada truque. Coloquei todos em uma bolsa, com roupas e dei para a Kim. E carreguei ela até a única pessoa que confiava. Bati na porta, e assim que o Obanai abriu a porta. Eu estava chorando, e Kim agarrada a minha perna.

— Obanai podemos conversar? — perguntei tentando me acalmar.

Ele nos deixou entrar, e me levou a um quarto separado da Kim.

— Não vou ter ajuda, se eu não voltar viva, cuide dela — pedi, me segurando para não chorar — ela é tudo que eu tenho.

— S/n você vai voltar viva, mas até lá eu cuido da Kim — ele me acalmou — além do mais não podemos perder, mais um Hashira.

— Obrigada — soltei um suspiro.

Por mais que gostasse do Obanai. A Kim é como uma filha para mim, eu daria minha vida por ela. Pensar que hoje é o último dia, que irei ver ela. Mas tenho que partir na minha missão. Abracei ela, e lhe dei um beijo na cabeça.

— Vai ficar tudo bem Kim, eu volto logo — abracei ela.

— Quando você voltar, eu vou fazer um bolo para você — ela declarou.

— E eu vou comer ele sozinha — disse, dando uma última risada.

Fui embora, um dos nossos hashiras mais fortes, morreu. Os onis devem estar concentrados nisso.

Momento atual

Eu demorei meses, tanto tempo para chegar aqui. Eu matei muitos onis. Mas fui pega, só me resta esperar pela morte, minha espada se foi. Quebrada no meio. E agora estou morta também. Consegui distrair o oni, mas não vai demorar muito para ele me rastrear

— Desculpe Kim, eu não vou voltar — disse, chorando.

Escutei um barulho nos arbustos, o oni com certeza. Ele não tem que ser discreto, ele sabe que estou morta. Me virei e vi, o rosto do oni, e no segundo seguinte ele estava vindo na minha direção, ele era velho, e se alimentou por muito tempo. Não uma lua superior, mas tão poderosa quanto. E com certeza muito mais velho que eles. Obanai surgiu, e eu desmaiei.

No segundo seguinte, a batalha havia terminado, a cabeça do oni cortada. E o Obanai machucado, me arrastei para ele. E o abracei. Eu estava tremendo.

— Por que? Por que veio me salvar? — perguntei, o segurando.

— Uma pessoa que salva uma garotinha como a Kim, não merece morrer aqui — ele disse, tremendo também — ao menos não morrer sozinha, quando você desmaiou, pensei que tinha morrido.

Comecei a rir, estava tão nervosa. Minha vida, eu nunca teria conseguido, não teria voltado para Kim.

— Obrigada, obrigada — choraminguei.

— Eu sei, agora podemos voltar? — ele perguntou.

— Sim, se Kim fizer o bolo, posso até te dar um pedaço — brinquei, sorrindo.

— Obrigada? — ele riu.

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