+18 | violência explicita, drogas ilícitas, conteúdo sexual, conteúdo sensível.
Phillip Tucker é o tipo de cara que não acredita no amor; ou talvez tenha desistido dele.
Após um dos acontecimentos mais traumáticos da sua vida, Phillip se vê no fund...
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Eu só posso ter enlouquecido!
Com o que eu tava na cabeça? Ela é um anjo! Caralho, eu acabei de beijar um anjo!
Merda, Phillip!
Apressei os passos para fora do provador, ignorando os olhares confusos de algumas atendentes e, me coloquei ao lado de Vincent que logo percebeu meu desconforto — como o mesmo sempre notou, não sei porque me aproximei logo dele —. Tentei o máximo me manter normal, encarando um ponto fixo que não era o seu rosto, mas senti seu olhar queimando sobre mim.
— Vai me dizer o que houve ou vai ficar fazendo a egípcia? — Ele se pronunciou, impaciente.
Bufei enquanto passava as mãos agressivamente pelos cabelos, deixando-os emaranhados. Engoli em seco, tentando desviar o olhar do provador o qual eu acabara de sair.
— Como assim? — Perguntei depois de um tempo, na tentativa falha de disfarçar a situação.
— Você aí todo nervoso — Ele me analisou — Aconteceu alguma coisa?
— Não — respondi rapidamente, forçando um sorriso.
Nathaniel apareceu antes de Vincent continuar a insistência e eu agradeci mentalmente por isso. Tentei me distrair, e fiquei aliviado quando vi Leah indo até o caixa com Angel; não aguentava mais estar ali.
[...]
No caminho de volta para casa, Angel se sentou no colo de Matt. Mantive uma distância considerável deles, deixando Leah entre nós; mas foi difícil esconder meu descontentamento com aquela cena.
Angel ria baixinho com algo que Matt lhe falava no ouvido, enquanto a segurava com as mãos apertando suas coxas; revirei os olhos para aquilo, desviando minha atenção para a vista na janela.
Tentei não pensar no que aconteceu a pouco na loja, mas minha mente me traía fodidamente sempre que eu fechava os olhos.
As imagens de Angel em meus braços se materializaram em minha cabeça; minhas mãos em volta de seu corpo, apertando sua cintura enquanto meus lábios grudaram nos seus ferozmente, — aquilo estava me matando, e eu não tinha ideia do porquê —.
Espremi os olhos, afastando os pensamentos, ignorando o fato de que eu a beijei, e de que eu queria novamente.
Merda!
Por que caralhos eu fiz isso?!
Meus pensamentos foram interrompidos com o carro sendo estacionado em frente a minha casa. Sem hesitar, saltei do mesmo, entrando pela porta da frente sem olhar para trás; mas ao me direcionar até às escadas, senti o perfume dela, indicando que ela estava atrás de mim.
Não olhei para trás, não me virei nem sequer um pouquinho; porque eu sabia que se isso acontecesse, eu iria perder o controle.
