Capítulo 47

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Para a minha completa e total infelicidade, o dia da festa da empresa havia chegado

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Para a minha completa e total infelicidade, o dia da festa da empresa havia chegado.

Passei metade da tarde prestando serviços comunitários — cortando grama, e limpando estantes da biblioteca — na mesma escola em que eu já havia estado semanas antes, onde conheci Dustin. Não vi Angel nem ao acordar, nem antes de sair, por motivos óbvios, que é a escola. Também não não veria assim que chegasse, uma vez que ela e Maria iriam sair para fazer coisas de mulheres, então, provavelmente eu só a veria na festa.

O clima entre nós estava estranho desde a noite no jardim dois dias atrás, onde, aparentemente, uma coisa estranha e diferente aconteceu. Eu sabia que ela havia notado no momento em que seu olhar encontrou o meu em meio aquela penumbra; sabia que ela havia sentido. Eu senti. E fiquei apavorado. Porque... o sexo naquele jardim foi diferente, não fodemos, não transamos como o de costume. Eu senti aquela vibração dentro de mim e aquela sensação intensa que chegava a doer, e eu percebi que havíamos feito amor. Embora eu nunca o tivesse feito antes, eu sabia o que aquilo significava. Angel sabia o que significava. E eu só conseguia pensar que... Eu estava ferrado. 

Mas não tocamos no assunto, de qualquer jeito.

Eu estava exausto, poderia muito bem me ajoelhar e agradecer aos céus quando fui liberado para casa, no entanto, esbarrei com Dustin na saída da escola. Uma coisa levou à outra e, tudo que posso dizer é que, no momento estou prestes a entrar na casa de um garotinho de 9 anos cujo eu mal conheço, e estou certo de que serei expulso a pauladas quando sua mãe colocar os olhos em mim — isso antes mesmo dela descobrir que estou prestando serviços comunitários, o que farei o possível para não acontecer.

— Mãe! — O garoto gritou ao entrar em casa, atirando a mochila no chão enquanto se desfazia dos tênis e gesticulava para eu entrar.

Fiz o que ele pediu, fechando a porta atrás de mim conforme uma mulher saía do que imagino ser a cozinha. Ela devia ter um metro e setenta de altura, era magra e esbelta, e seus cabelos tão negros quanto os de Dustin. A pele pálida e os olhos cinzas também era iguais aos do menino, e sendo sincero, ele era a cópia dela.

A mulher parou subitamente ao me ver, enxugando as mãos no pano de prato que segurava. Ela olhou de mim para Dustin, confusa e... imagino que assustada por ter um estranho em sua casa. Eu não me atrevi a dar nenhum passo, meu instinto de sobrevivência me dizia para não me mexer.

— Mãe, esse aqui é meu amigo, Phillip, que eu te falei, lembra? Ele trabalha lá na escola — Disse animado, indo até a mulher.

— Ah — sorriu — Sou Vivien, é um prazer — Só quando ela veio até mim, eu me permiti respirar.

Apertei sua mão assim que ela estendeu, e sorri aliviado por não ser atingido por um vaso. Ou algo do tipo.

— Dustin falou muito de você. Não parava de tagarelar que você não apareceu mais na escola e ele queria te ver. — Emiti um riso frouxo enquanto olhava pro garoto com as bochechas coradas — E ele me disse o que fez por ele na saída da escola. Obrigada. — Assenti meio sem jeito.

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